René muda no meio, e Ricardinho dançou

O técnico do Bahia decidiu abrir mão de uma das máximas do futebol: “time que se ganha, não se mexe”. Mesmo quebrando o tabu de não vencer em casa, com o triunfo de 3 a 1 sobre o Figueirense, em Pituaçu, René Simões muda radicalmente o tricolor baiano para pegar o São Paulo, com uma nova formação tática e um novo setor de meio-campo, determinado a surpreender o adversário paulista em casa, em pleno Estádio do Morumbi, no jogo desta noite, válido pela 13ª Rodada da Série A, mantendo sua fama de maior visitante indigesto nesta fase do Campeonato Brasileiro.
Prestigiado pelo último resultado, que levou o Bahia para o 13º lugar na tabela de classificação, com direito a vaga na Copa Sul-Americana de 2012, e valorizado pela proposta para voltar a trabalhar na Arábia Saudita, René Simões aproveitou o veto do Departamento Médico no meia Carlos Alberto, que se recupera de uma virose, para montar o esquema tático que lhe agrada, da sua preferência, com três jogadores de marcação, para encarar o São Paulo no Estádio do Morumbi.
Sem Carlos Alberto, e com o argumento de que prefere poupar Ricardinho para os jogos do tricolor em casa, no Estádio do Parque de Pituaçu, - domingo o tricolor enfrenta o Atlético de Goiás em Salvador - o treinador afastou do time o melhor jogador do Bahia no triunfo sobre o Figueirense. René Simões preferiu optar pela volta de Lulinha, que estava suspenso, deixando Ricardinho como opção no banco de reservas contra o São Paulo.
O time tem ainda a efetivação de Fabinho e a volta de Diones, ao lado de Fahel, o único do meio que ficou, mas mantém a base da defesa, e o ataque com Reinaldo, ex-jogador do São Paulo, ao lado de Jóbson, o artilheiro da equipe no Brasileiro, com quatro gols.
A favor do treinador, o fato dele não ter divulgado oficialmente a escalação do time do Bahia. De repente, tudo não passa de especulações, de um jogo de palavras, antes da bola rolar, para distrair as atenções do adversário, e o tricolor baiano entra no Morumbi puxado pelo capitão Ricardinho.
“Domingo, quinta, domingo, quinta e outro domingo. Temos de parar, levar essa sequência de jogo em consideração na montagem da equipe, e ver o que for melhor para o Bahia”, explicou o técnico do Bahia, René Simões.
Campeão baiano contra pentacampeão mundial
O campeão mundial aqui, no jogo desta noite, pode ser o São Paulo, e, particularmente, o meia Rivaldo. Mas o campeão baiano não é o Bahia, mas o meia Diones, campeão Estadual deste ano pelo Bahia de Feira, que volta ao time do técnico René Simões para jogar pela primeira vez no Estádio do Morumbi, contra um ídolo.
“Com certeza, Rivaldo. Vi ele jogando três Copas do Mundo, sempre admirei seu futebol, e hoje terei a honra de jogar contra um ídolo de infância”. Mas nem tudo será marcação, garante o meia campeão baiano pelo Bahia de Feira, hoje jogando pelo Bahia de Salvador, lembrando o jogo contra o Vasco no Rio de Janeiro, para negar qualquer tipo de marcação especial aos meias do São Paulo.
“Não tem essa de marcação individual. Nós temos que nos preocupar em jogar também, senão vai acontecer o que aconteceu contra o Vasco, quando a gente só se preocupou em marcar”.
Diones não confirmou um posicionamento defensivo do Bahia, com três volantes, contra o São Paulo. O jogador disse que é meia, gosta de sair para apoiar o ataque, marcou três gols pelo Bahia de Feira, e pelo que treinamos, temos reais condições de surpreender o São Paulo em pleno Estádio do Morumbi.
E o Morumbí? “Só via jogos no Morumbi pela TV. Agora vou ter a oportunidade de atuar lá. Mas isso não vai me intimidar, não. Jogueicontra o Fluminense, no Engenhão, e fiz uma grande partida.
Autor postado em 04/08/2011
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