Júnior diz que é jogo de vida, ou morte para o Bahia

o Fazendão todos batem na mesma tecla de que o Bahia tem um grupo equilibrado, com bons jogadores e fechado com o técnico René Simões. Mas a equipe não consegue engrenar na Série A do Campeonato Brasileiro, seguindo entre os últimos colocados na tabela de classificação e já conhecido pelas outras equipes como o “rei dos empates”. Hoje, contra o Palmeiras, às 21h, no Estádio do Canindé, o grupo tricolor promete colocar o coração na ponta da chuteira para tentar trazer os três pontos na bagagem.
Apesar de todo discurso de “paz e amor”, sabe-se que a coisa não é bem como pregam. Prova disso é que na semana passada o atacante Jóbson e o meia Carlos Alberto chegaram a discutir, mas a diretoria se apressou em apagar o princípio de incêndio. Ontem, alguns jogadores se recusaram a falar com a imprensa antes do embarque para a capital paulista, dando novos sinais de que o grupo está sob pressão.
Titular no jogo de hoje, o atacante Júnior admitiu que o duelo é de “vida ou morte”, só não citou que na verdade quem está na corda bamba é o técnico René Simões. É para ele que o jogo é de vida ou morte, porque o grupo não deseja sua saída, mas como no futebol tudo funciona de outra maneira, os seus comandados pretendem vencer para não deixar o treinador em maus lençóis, fazendo o Bahia voltar a Salvador com a corda no pescoço para a partida diante do Santos, domingo, em Pituaçu.
“Não podemos dar bobeira. É jogo de vida ou morte. Perdemos quatro pontos em jogos contra o Avaí e Vasco, em que estávamos na frente do marcador”, ressaltou Júnior, que ainda admitiu estar com “saudade de brocar”. O atacante também comemorou a oportunidade de mostrar novamente o seu trabalho. “O importante é que o René se mostrou satisfeito com meu trabalho naquele dia e vou tentar repetir e até melhorar”, garantiu.
O certo é que o jogo de hoje é decisivo para traçar os rumos do Bahia na competição, principalmente neste momento em que se aproxima o segundo turno. Mesmo que o Bahia perca não entra na zona de rebaixamento, já que tem quatro pontos de vantagem para o Z-4. Entretanto, uma derrota hoje, somada a um mau resultado domingo pode fazer com que o treinador dê adeus ao tricolor, mesmo que essa não seja, ainda, uma posição oficial da diretoria.
Ordem no Palmeiras é ter cautela
O Palmeiras não vence há quatro jogos e, por isso mesmo, pretende partir para cima do Bahia, para conseguir um triunfo, evitar uma crise e não se afastar do grupo dos quatro melhores da Série A do Campeonato Brasileiro. Entretanto, a ordem é ter cautela, já que a equipe tem oito jogadores pendurados e não quer perdê-los para os clássicos paulistas que estão por vir nas próximas rodadas.
A lista de jogadores pendurados do Palmeiras é extensa: Cicinho, Thiago Heleno, Maurício Ramos, Henrique, Gerley, João Vitor, Valdivia e Patrik. Às vésperas de dois clássicos decisivos que fecham o primeiro turno do Campeonato Brasileiro, contra São Paulo e Corinthians, o time entra com orientações especiais para o duelo contra o Bahia. O cuidado será redobrado para que nenhum jogador fique fora dos duelos regionais.
Diante do “perigo”, o volante Marcos Assunção admitiu a preocupação. “Os cartões são uma preocupação, claro. Eu vim de suspensão depois de 15 rodadas jogando, para quem é do meio-campo está bom. Mas temos de tomar cuidado porque só temos jogos importantes pela frente”, afirmou
Autor postado em 18/08/2011
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