René por um fio no Bahia
O Bahia entra numa semana de decisões às vésperas da última rodada, a 19ª da primeira fase da Série A do Campeonato Brasileiro. A 6ª derrota do tricolor acirrou a rejeição da torcida ao técnico René Simões, que, se não bastassem os problemas do time dentro de campo, terá que decidir o futuro do atacante Jóbson, junto ao Departamento de Futebol, às vésperas de um jogo extremamente difícil, contra o Ceará, domingo, em Fortaleza.
O gestor de Futebol do Bahia, Paulo Angioni, e o presidente Marcelo Guimarães Filho não falam em mudanças no comando técnico do Bahia, mesmo com a torcida cantando em coro a saída do treinador. Mas o início da semana deve ser voltado para a definição de posição, como o futuro do atacante Jóbson, que não jogou ontem contra o Santos, mas, para uma grande maioria da torcida, quem terminou sendo punido foi o clube baiano.
“Se ele estivesse em campo, faríamos pelo menos uns três da dezena de gols desperdiçados, perdidos pelos jogadores do Bahia”, questionou o torcedor Luiz Alberto Conceição, funcionário público, na saída do Estádio de Pituaçu.
Pela posição dos dirigentes, e até mesmo os protestos de alguns jogadores do tricolor, tudo indica que a permanecia de Jóbson no Bahia está seriamente questionada. A última do artilheiro foi se atrasar para o início da concentração, na última sexta-feira. Ele deveria se apresentar às 22h e só apareceu por volta das 3h da madrugada de sábado.
De imediato, o Bahia divulgou nota em seu site oficial – esporteclubebahia. com.br - informando que Jóbson estava de fora da partida contra o Santos, disputada ontem no Estádio de Pituaçu, que o jogador estaria causando um "mal-estar" e que a medida é uma tentativa de educar o atacante, embora altamente questionada por parte da torcida, que considerou a ausência do atleta como um dos motivos da derrota contra o Santos.
Na coletiva à imprensa, ontem, em Pituaçu, o técnico René Simões lembrou que a contratação de Jóbson era um contrato de risco e que esta não foi a primeira vez que ele aprontou, desde quando chegou ao Bahia, no dia 4 de maio. "A gente tem tomado medidas que achamos que fossem corrigir esse problema, mas não corrigiram. Me dói muito, porque eu tenho um carinho muito especial por ele. É um jogador que nós, desde o início, assumimos o risco. Mas, espero que essa medida dê resultado e que todos entendam isso", disse o treinador, apesar de não admitir que o jogador passou dos limites.
Autor postado em 22/08/2011
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