Capoeira é celebrada por milhares de jovens em Lauro de Freitas

Mais de 2500 alunos da rede municipal de ensino de Lauro de Freitas participaram do batizado de capoeira realizado neste sábado, no Ginásio de Esportes da Unime, marcando o encerramento do 5º Encontro Nacional de Capoeira. Os jovens, entre quatro e 20 anos de idade, fazem parte do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil(Peti), das oficinas oferecidas pela Divisão de Projetos da Secretaria de Educação de Lauro De Freitas (Divipac), do Programa Segundo Tempo e da Associação de Capoeira Filhos da Bahia (Acalfi). A confraternização, que traduziu a força da matriz africana na cultura local, contou ainda com apresentação de maculelê e de samba de roda. Iniciado no dia 20 com caminhada que reuniu mais de mil capoeiristas, o 5º Encontro Nacional de Capoeira congregou mestres, contramestre e alunos da Bahia, de São Paulo, do Ceará, de Sergipe, de Pernambuco e da Paraíba, e de países como Portugal, França, Holanda e Alemanha. Foram realizadas palestras sobre capoeira Regional e Angola e, na sexta-feira, a consultora da ONU Hayde Caruzo falou sobre Segurança Cidadã, na sede da Associação de Capoeira Filhos da Bahia, em Itinga. O Encontro antecipou a comemoração ao Dia da Capoeira, 22 de setembro. A Acalfi organizou o evento com apoio das secretarias municipais de Educação (Semed), Cultura (Secult), e de Trabalho Esporte e Lazer (Setrel).
Segundo o presidente da entidade, Mestre Sérgio, esta foi a maior edição do evento, que cresce a cada ano. “Do dia 20 para cá foi muito choro. Nunca fui tão feliz como estou sendo neste momento. É um abalo, mas de felicidade, de amor, de carinho”. A associação nasceu em 1973 e hoje realiza trabalho sociocultural com cerca de 3 mil jovens de Itinga. “Fico muito feliz. Os jovens poderiam estar na rua e estão hoje aqui. Por isto que a capoeira merece destaque maior. E, graças também ao apoio da prefeitura, Lauro de Freitas saiu na frente mais uma vez”.
Uma das tradições mais fortes do município, a capoeira faz parte do calendário letivo das escolas municipais desde 2005. É também a atividade mais importante do Divipac, com mais de 400 alunos, segundo a coordenadora Roseli Silveira. “Sua essência não tem explicação. Os alunos que praticam se dão melhor na escola. Eles têm disciplina, sabem escutar. A hierarquia na capoeira é obedecida não por imposição, mas pelo respeito”. De acordo com ela, as aulas são abertas às comunidades, atendendo mesmo os jovens que não estão matriculados nas escolas municipais. “Quem conhece se apaixona. Só não jogo porque o corpo não responde mais” – brinca Silveira.
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Autor postado em 29/08/2011
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