Artigo esportes - de Marinaldo Mira
Uma partida de futebol se vence no detalhe. A frase de um saudoso dirigente resume a derrota do Vitória, neste sábado (23.06) por 4x3 para o Goiás, depois de abrir uma vantagem de 3x0, com 19 minutos de jogo.
Ao que parece, o treinador e os jogadores acreditavam que a partida estava ganha, mesmo depois de o adversário fazer o primeiro gol. O primeiro tempo termina com o placar de 3x1 para os baianos, com a equipe verde tomando uma sonora vaia da torcida.
O vexame foi positivo por um lado, mostrou que o rubro-negro não tem laterais, precisa de mais um goleiro, pois Renan e Douglas não passam confiança e estão falhando em bolas fáceis. A defesa tem sofrido muitos gols pelo alto, E, quando o time joga sem Uelliton e Michel, sempre perde.
No mais, Paulo César Carpegiani não tem perfil para treinar o clube. A torcida não gosta dele e já coloca as ‘barbas de molho”. Não seria melhor ter ficado com o ‘interino’ Ricardo Silva?, questionam os torcedores.
O atacante Neto Baiano, com a fama de artilheiro do Brasil, fez a sua parte, marcou mais dois, chega a 37 gols. Mas os dois gols são só detalhes de uma partida desastrosa, um vexame daqueles de envergonhar a torcida.
A equipe baiana parecia confiar nos três pontos, como favas contadas, e, voltou para o segundo tempo sonolenta, anestesiada ou coisa parecida. O Goiás protagonizou uma virada espetacular, marcando quatro vezes, venceu e transformou a derrota parcial em um triunfo espetacular, apesar de, ter recebido a ajuda da arbitragem com a marcação de uma penalidade inexistente. O resto é choradeira.
A partida teve de tudo: muita confusão, golaços, e emoções. Marquinhos abriu o placar para o Vitória, e Neto Baiano fez dois no primeiro tempo. A virada goiana começou com David, ainda na etapa inicial. Na fase final, Ricardo Goulart, Renan Oliveira e Rafael Toloi garantiram o placar histórico para o Goiás.
As mudanças feitas pelo treinador Enderson, ainda no primeiro tempo, Ramon e Iarley, titulares durante toda a temporada, entraram nas vagas de Egídio e Júnior Viçosa. A equipe verde ficou mais agressiva, recuperou a posse de bola, passou a atacar mais. Aos 31 minutos, David arriscou de longe e contou com a colaboração do goleiro Renan, diminuiu para os donos da casa: 3 a 1.
Aos 11, mais alivio para os goianos, Neto Baiano deixa o jogo, por motivos não bem claros. Sem o seu atacante de referência e com Pedro Ken sentindo o Vitória foi cedendo espaços . As falhas na defesa apareceram, principalmente nas bolas altas. O Goiás percebeu isso e a bola aérea era a principal arma alviverde. A tática deu certo aos 21 minutos, quando Vítor cruzou da direita, Iarley escorou da esquerda, e Ricardo Goulart emendou para o gol: 3x2. Os goianos ficaram mais animados e confiantes no empate.
A situação do Vitória ficaria ainda mais complicada quando Dinei, que entrara no lugar de Neto Baiano, machucou o joelho esquerdo e teve que deixar o campo. O problema maior, pois o treinador Carpegiani já havia feito todas as substituições, e o Leão teria que ficar com um a menos.
O Goiás foi pra cima para aproveitar o momento favorável e conseguiu o que parecia inevitável para os baianos. O responsável pelo empate foi o meia Renan Oliveira (ex- Vitória). Se o empate era um resultado heroico, os torcedores esmeraldinos ainda teriam muito a que comemorar. Aos 40, Felipe Amorim disputou bola com Victor Ramos na área, e caiu. O árbitro Leandro Pedro Vuaden marcou o pênalti, para desespero dos baianos.
O zagueiro Rafael Toloi, aproveitou e converteu a penalidade: Goiás 4 a 3, placar inacreditável. O treinador Carpegiani entrou no campo para reclamar e acabou expulso. Para complicar mais ainda, o lateral Léo também reclamou de forma dura com o árbitro e teve o mesmo caminho do chefe. Recebeu cartão vermelho.
A propósito, o torcedor ficou também vermelho de raiva com sua equipe, que se mostrou frouxa, e sem garra, para manter uma vantagem de 3x0. Sábado, 23 de junho de 2012, é uma data que o torcedor só pensa em esquecer.
Autor postado em 26/06/2012
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