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Médicos do Samu cruzam os braços


Médicos do Samu cruzam os braços

Em protesto por melhorias salariais e condições de trabalho mais dignas, os médicos municipais que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) iniciaram uma paralisação na manhã de hoje que prossegue até as 7h de amanhã, com a interrupção das atividades por 24 horas. De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), Francisco Magalhães, apenas as ocorrências classificadas como vermelho, que caracterizam risco de vida, serão atendidas.

De acordo com o sindicalista, as condições de trabalho dos médicos do SAMU fizeram com o que grande parte dos profissionais abandonasse suas funções por salários melhores em outras áreas. Segundo ele, o atual contingente que deveria contar com 140 médicos tem apenas 74 profissionais, quase metade do número ideal.

Ele conta que a grande defasagem acontece, entre outros motivos, devido ao salário irrisório. “Até profissionais concursados chegaram a deixar os postos por causa do salário baixo. Atualmente, um médico regulador ganha em torno de R$ 3.200 e o intervencionista (socorrista) recebe em média R$3.800”, informou Magalhães.

Ele alega que outros profissionais que atuam na saúde do município recebem salários mais condizentes com a área. “O Samu tem um corpo clínico excelente, com profissionais altamente capacitados e atualizados. No entanto são segregados dos benefícios de outras áreas da saúde”, lamentou.

Ainda segundo ele, o salário dos profissionais de enfermagem do município é quase o dobro dos médicos do SAMU, chegando a R$ 6.500. Para tentar corrigir o problema, o sindicato sugere a criação do plano de cargos e salários para a categoria, seguindo os moldes adotados para profissionais que prestam serviço ao estado.

Além da questão salarial, a situação das bases de atendimento espalhadas na cidade também é alvo de crítica da categoria. Embora assuma que houve melhorias na disposição dos veículos de atendimento, um dos antigos problemas enfrentados pelos profissionais da SAMU, Magalhães alega que as bases do serviço são improvisadas proporcionando situações insalubres para os profissionais, principalmente na garantia da segurança.

“Nós tivemos um pequeno avanço em relação às ambulâncias neste início de gestão. Algumas foram recuperadas, mas ainda não é o ideal”, explicou. Segundo ele, a recomendação do Ministério da Saúde é de que a vida útil das ambulâncias do SAMU seja de dois a três anos, no entanto, os veículos de atendimento de saúde do município já estão entrando no quarto ano de funcionamento. “Sobre este aspecto, a prefeitura informou que está no processo de aquisição de 12 novas ambulâncias para a renovação da frota”, continuou.

Para chegar a um acordo, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego agendou um encontro entre os gestores da saúde do município e representantes do Sindimed, na sede da instituição no final da manhã dessa quarta-feira (3/4), mas a reunião não ocorreu.

De acordo com o presidente do Sindimed, um desencontro entre as partes impediu a reunião, agora agendada para o dia 10, às 11 horas, na SRTE, localizado na Avenida Sete de Setembro.

Na última segunda-feira, os médicos do SAMU denunciaram a situação na Câmara Municipal, com o objetivo de conseguir o apoio dos vereadores na intermediação do diálogo dos trabalhadores junto ao Executivo e a Secretaria de Saúde do município.

Autor postado em 04/04/2013


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