Pensando no Brasil, Os Engenheiros vão falar

Fundado em setembro de 1957, o Clube de Engenharia de Brasília – CEnB – congrega desde então os profissionais que construíram e têm desenvolvido, dentro da melhor tecnologia, esta cidade, sonho de JK. De Israel Pinheiro e Jofre Mozart Parada, até hoje, centenas de milhares de profissionais da engenharia estão transformando o cerrado, antes inóspito, na produtiva, vibrante e moderna metrópole atual.
Daqui saíram as diretrizes que durante décadas conduziram a nação ao desenvolvimento acelerado e que transformaram o país da monocultura cafeeira em uma nação admirada e promissora.
É da natureza dos Engenheiros e, por consequência, também do Clube de Engenharia de Brasília, que suas ações nas decisões estratégicas, urbanas, territoriais, regionais e nacionais não sejam alardeadas. Raramente nos dirigimos ao público para criticar, solicitar ou polemizar. Preferimos o caminho do convencimento pela razão da força dos argumentos e da lógica, levados a quem de direito. Somos assim por formação.
Hoje consternados, vemos o povo desestimulado, sem confiança em si e as autoridades que, por dever de ofício, deveriam conduzi-lo através da crise econômica, política e antes de tudo ética, enleadas em seus erros e interesses nem sempre republicanos. Lamentamos que algumas empresas e profissionais ligados às nossas atividades estejam envolvidos com a corrupção e esperamos que sejam exemplarmente punidos, assim como seus cúmplices do outro lado do balcão.
Em Brasília e em todo o Brasil, os Engenheiros e o melhor da inteligência nacional estão relegados ao desemprego e à desesperança, impotentes para gerar empregos para os demais trabalhadores das atividades produtivas da área da engenharia.
No momento em que começam a surgir os primeiros indicadores consistentes do fim da maior recessão da história do Brasil, com a queda da inflação, redução da taxa de juros, fim da recessão, crescimento da economia e do emprego, início da aprovação pelo Congresso das reformas e do fim do foro privilegiado surge uma nova crise.
Na grave emergência deste momento, os Engenheiros, através do Clube de Engenharia de Brasília, contrariando sua postura histórica, resolveram vir a público para opinar e exigir:
1 – É urgente a superação do clima de egoísmo e oportunismo, que têm movido as atividades públicas e privadas, do salve-se quem puder em que se transformou a atividade política no país. Espera-se que o que resta de dignidade em qualquer autoridade seja posto à disposição do Brasil, de seus trabalhadores, de suas crianças, de seus jovens, de seus velhos.
2 – A Engenharia, principalmente a construção civil, pode dar respostas rápidas na recuperação do emprego e da economia. É importante ativá-la, de pronto, sem prejuízo das apurações de roubos e da corrupção endêmica e sem colocar em risco a economia de longo prazo. E isso é possível, os Engenheiros lidam com a economia real e sabem como fazê-lo.
Deixem-nos trabalhar. Ao trabalho já!
Autor postado em 05/07/2017
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