Mais de 120 mil brasileiros têm doenças renais

O cálculo renal mais conhecido popularmente como pedras nos rins atinge milhares de pessoas no Brasil, entre elas o presidente Jair Bolsonaro que anunciou recentemente que está com pedras nos rins.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, uma em cada dez pessoas tem doença renal crônica e mais de 120 mil brasileiros fazem tratamento de hemodiálise ou diálise peritoneal. Por não ser uma doença de notificação compulsória a Sesab (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia), informou não ter dados oficiais da doença no estado.
O Urologista e Coordenador do Núcleo de Uro-Oncologia das Obras Sociais Irmã Dulce e do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica, Nilo Jorge Leão explicou que os sintomas do cálculo renal no verão aparece com mais freqüência. Em decorrência de desidratação e maus hábitos, há aumento da incidência da procura das emergências decorrente de cólicas nefréticas, as famosas cólicas renais.
De acordo com o médico, o aparecimento de cálculos renais pode ser multifatorial. Ele destaca que uma dieta rica em cloreto de sódio, hábitos de vida como pouca ingestão de líquidos e distúrbios metabólicos (doenças do metabolismo), são fatores que levam a surgirem os cálculos. Ainda de acordo com o especialista, a maioria dos pacientes com cálculos renais são assintomáticos, o que dificulta o diagnóstico da doença.
TRATAMENTO
Quando pequena, as pedras nos rins são evacuadas naturalmente, aumentando apenas a quantidade de líquido ingerido pelo paciente. A depender da quantidade e do tamanho das pedras nos rins, existem tratamentos para fragmentar e viabilizar sua eliminação. Ou para o paciente não sofrer tanto com as dores intensas, em casos mais graves é indicado a cirurgia de ureteroscopia tem como objetivo a fragmentação e retirada do cálculo do ureter ou pequenos cálculos, por método endoscópico.
Só quem já teve ou quem teve pode explicar a gravidade do problema. Como o jornalista Erick Tedesco.
“Eu tenho cálculo renal desde os meus 17 anos, hoje estou com 38 anos e comecei a sentir dores laterais. É uma dor que espalha pelo corpo na verdade, um incômodo nas costas. Além de dar muita ânsia, vômito, é uma questão que não tem como você recorrer ao hospital e tomar um medicamento”, relata o jornalista.
A pedagoga Fernanda Botura, relata a ida ao médico anualmente para ter controle da patologia.“Precisei recorrer a cirurgia. Quando tive a crise, que foi literalmente a maior dor da minha vida, eu descobri que eram duas pedras no rim direito e uma no esquerdo. A cirurgia foi tranquila, porém o pós operatório foi difícil, pois tive que ficar com um cateter na uretra para ajudar na passagem da urina”, relembra.
Autor postado em 07/09/2020
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