Tempos Compulsivos: A busca desenfreada pelo prazer

Na filosofia, o prazer é um estado afetivo agradável de ordem física no sentido estrito e, nesse sentido, sinônimo de gozo ou de volúpia. Por extensão, satisfação moral em que predominam elementos de ordem intelectual ou espiritual sobre os elementos sensíveis ou fisiológicos. Ultimamente a vida cotidiana está tão acelerada, que o ser humano busca o tempo todo incorporar demandas no seu dia-a-dia, sem se quer perceber ou avaliar à real necessidade de determinadas ações.
As rotinas impostas pela sociedade são cada vez mais intensas, incluindo demandas de trabalho, compromissos com casa, família, reuniões presenciais e virtuais, dentre tantas outras rotinas, que se tornam incontáveis e nos faz acreditar que 24 horas no dia já é muito pouco para os nossos afazeres.
O tempo todo somos impostos a um ritmo de aceleração extremo no modo de viver, na maneira de agir e na maneira de pensar, que essa aceleração nos leva a uma compulsão pela busca do prazer de ter e fazer algo, que muitas vezes nos acarreta uma série de problemas, sem que nem percebamos.
A compulsão é uma exigência interna que faz com que a pessoa seja levada a agir de determinada forma, para realizar certas coisas, que lhe tragam satisfação, alegria, contentamento, dentre outras sensações de bem estar e pode levar a busca desenfreada pelo prazer, e essa compulsão, pode se dá de diversas formas, como por exemplo: compulsões pelos mais variados elementos, como alimentos, exercícios, dinheiro, compras, uso da internet, jogos, sexo e até mesmo trabalho.
Dessa forma, a humanidade vem agindo numa busca desmedida e imediata pelo prazer, que muitas vezes, aquilo que deveria ser apenas um hábito, passa a tomar conta da nossa personalidade, por ultrapassarmos os limites e exagerarmos na dose das coisas.
Esse exagero, essa busca incansável por satisfação e prazer, tem desenvolvido pessoas exaustas, sobrecarregadas, estressadas, muitas vezes “gritando” silenciosamente por socorro. Dessa forma, é preciso repensar o nosso dia-a-dia, rever algumas posições e comportamentos e diminuirmos mais a intensidade das coisas.
Autor Niliane Brito, Psicóloga postado em 17/05/2021
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