Professores reclamam por mais docentes

Apesar do período de férias, centenas de professores se reuniram ontem, pela manhã, na sede da APLB, situada à Rua Francisco Ferraro, 45, Nazaré, para discutir a situação educacional do município. Salários atrasados, abonos ainda não pagos, a não convocação dos professores aprovados em concurso público e problemas de infraestrutura no âmbito dos estabelecimentos de ensino, foram os principais assuntos abordados durante o encontro.
“Os funcionários de apoio das escolas estão com os salários atrasados há vários meses. É também lamentável o quadro da falta de professores da rede municipal”, comentou Noildo Gomes, diretor de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia.
Segundo ele, não está sendo cogitada uma greve da categoria para pressionar o poder executivo municipal. “Primeiro nós vamos insistir numa pauta de negociações, na mobilização e literalmente desejamos que a greve seja o último recurso. Nós só vamos fazer a proposta de uma greve, se de fato não houver um outro caminho de negociação”, revelou.
O início das aulas nas escolas municipais de Salvador está previsto para o dia 14 de fevereiro, mobilizando cerca de 180 mil estudantes da rede, cuja matrícula foi iniciada na terça-feira. A prefeitura de Salvador assinala com a possibilidade de mais 60 mil vagas, entretanto os gestores acreditam que, se a situação continuar com pendências diversas, está meta poderá não ser alcançada. Para Mônica Muniz, diretora de Educação da APLB/Sindicato e professora da rede municipal, a prefeitura de Salvador está investindo no setor, mas comenta que há necessidade de “construção de mais escolas.
Entre 2009 e 2010 foram construídas umas quatro e reformadas aproximadamente umas 80, mas existem comunidades que ainda necessitam de escolas mais próximas das crianças, por questões de dificuldades na deslocação”, enfatizou.
O secretário da Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult), João Carlos Bacelar, disse que não há motivo para mobilização de professores.
"Os 1600 professores, 200 coordenadores pedagógicos e 300 merendeiras aprovados no concurso serão nomeados até fevereiro, ingressando na rede antes do início do ano letivo. Os vigilantes já retornaram às escolas e o prefeito João Henrique não está mediando esforços para regularizar a questão dos terceirizados", assegurou o gestor.
Bacelar disse ainda que a reestruturação da rede física escolar também é uma das prioridades da gestão.
Autor postado em 07/01/2011
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