Químicos e Petroleiros querem desmembrar sindicato

O Sindicato do ramo Químico-Petroleiro realiza, neste momento, assembléia no posto Nota 1000, na BR324. O objetivo do ato, que conta com a participação de aproximadamente três mil petroleiros e petroquímicos, é fazer o desmembramento do Sindicato das duas categorias. A mobilização do evento está sendo feita pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central da Bahia.
“Passados três anos da última eleição do Sindicato do ramo Químico e Petroleiro da Bahia, onde a CTB participou com chapa de oposição obtendo importante resultado, o que se verifica agora é que o sindicato rachou”, esclarece o presidente da CTB-Bahia, Adilson Araújo. Por este motivo é necessário agora dividir o sindicato, que já não está unificado numa luta pelas categorias, mas com extremas diferenças e conflitos.
O presidente da CTB explica que a direção atual se dividiu em duas partes compondo chapas diferentes: a chapa 01 articulada pelo grupo ligado aos empresários do Pólo Petroquímico e mais o PSTU, e a chapa 02 composta pela Articulação Sindical, CTB e CSD que defendem o desmembramento do Sindicato do Ramo com o retorno imediato do Sindicato Único dos Petroleiros e do Sindiquímica.
“Precisamos reforçar a democracia operária, superando a inércia que se tornou um “Sindicatão” e retomarmos os dois Sindicatos para a luta firme, responsável, autônoma e independente dos patrões e gerentes da Petrobras”, ressalta Araújo, lembrando que as eleições do Sindicato do ramo Químico- Petroleiro vão acontecer entre os dias 11 e 15 de abril.
A trajetória da unificação dos dois sindicatos começou em 1996, quando a base petroleira aprovou democraticamente a união do Stiep com o Sindipetro (sindicatos da categoria na época), formando o SUP (Sindicato Único dos Petroleiros da Bahia). Três anos depois, houve uma manobra e a direção do SUP unificou a revelia da categoria o nosso Sindicato com o Sindiquímica e elaborou um estatuto antidemocrático, onde uma chapa para concorrer ao processo eleitoral teria que, obrigatoriamente, reunir 45 petroleiros e 45 petroquímicos. “Assim, eles excluíram a oposição e fizeram uma eleição com chapa única de 1999 até 2005. Somente em 2008 conseguimos finalmente concorrer com uma chapa de oposição dos petroleiros e petroquímicos da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)”, relatou Adilson Araújo.
“A reflexão dos trabalhadores do ramo químico e petroleiro, neste instante, é fundamental porque terão a alternativa de escolher uma chapa que corresponderá aos interesses e necessidades da categoria”, enfatiza Adilson.
Autor postado em 24/03/2011
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