Bahia conta com ataque abaixo da média

O jogo de quarta-feira contra o Paysandu serviu para comprovar o mais grave problema do Bahia neste ano: o ataque. A falta de opção durante o jogo, a pouca mobilidade e a má fase dos principais nomes do tricolor – Robert e Souza – não permitiram que a equipe se classificasse antecipadamente para as oitavas-de-final da Copa do Brasil e ratificaram a maior dor de cabeça do técnico Vágner Benazzi.
Neste ano, o ataque do Bahia tem deixado a desejar. Dos 32 gols marcados até agora (27 no Campeonato Baiano e cinco na Copa do Brasil), apenas 14 saíram dos pés de atacantes, o que representa 43,7% do total.
Entre os cinco principais artilheiros do clube na temporada, apenas dois são atacantes. O líder é Rafael, com cinco gols marcados. Mas, ele dificilmente será mantido como titular. “Souza foi contratado para ser o 9 e a responsabilidade é dele”, afirmou o treinador tricolor.
O segundo atacante do ‘Top 5’ da artilharia do Bahia é Jones. Com três gols, ele está ao lado de Ramon e Camacho. Só que com as fraturas no rosto, terá de ser submetido a uma cirurgia e vai ficar cerca de 45 dias afastado.
Em comparação com outras equipes, a média do Bahia é pequena. Sassá (Ipitanga) e Marcos Neves (Atlético de Alagoinhas) têm oito gols apenas no Campeonato Baiano. Nacionalmente, o artilheiro do País, o atacante Rafael Oliveira (Paysandu), tem 17 gols em 2011.
Entre os atacantes do Bahia, além de Rafael e Jones, mais quatro balançaram as redes este ano. Souza fez dois, Robert um e Bruno Paulo outro. A lista ainda conta com Jael que, antes de deixar o Fazendão, havia marcado dois gols e era o artilheiro do Bahia na época.
Dos sete atacantes do elenco tricolor, apenas dois ainda não tiveram o gostinho de balançar as redes. Gabriel, que ultimamente tem atuado como curinga de Benazzi, e Pedro Beda ainda estão em branco.
No jogo contra o Paysandu, o argumento utilizado por Souza – que está retornando de lesão – para não marcar foi a falta de oportunidade. “Em duas chances claras de gol não passaram a bola para mim.
Precisamos conversar no vestiário e ver o que está acontecendo. Nós somos um grupo e não pode ter isso”, lamentou.
O treinador do Bahia, no entanto, preferiu colocar panos quentes. “Foi algo normal. Marcos poderia ter tocado a bola, mas por alguns centímetros errou e isso acontece”, disse.
'Rodízio' salva o tricolor
Se os atacantes não resolvem, ao menos o Bahia tem contado com o restante do time para não sair no prejuízo. Dos outros três setores do campo, apenas os zagueiros não marcaram nenhum gol este ano.
Com 18 gols, os meias, laterais e volantes estão resolvendo o problema lá na frente. Nessa lista, o artilheiro é o lateral-direito Marcos, que fez dois no Campeonato Baiano e dois na Copa do Brasil. Ele é seguido por Ramon e Camacho, ambos com três gols cada um.
Os meias, aliás, são os que mais marcaram depois dos atacante. Maurício, Maranhão e Tressor Moreno, com um gol cada, estão na lista.
Com a falta de um matador, aquele artilheiro em que a torcida tricolor pode confiar, a variedade tem diminuído a escassez. Até agora, 16 jogadores diferentes fizerem gols pelo Bahia na temporada.
Autor postado em 01/04/2011
Comentários
N�o h� coment�rios para esse Artigo!