Obras em São Joaquim iniciam em junho

Maior centro comercial a céu aberto do país, a Feira de São Joaquim já não é a mesma de quando foi considerada um dos principais pontos turísticos de Salvador. Após anos sem uma verdadeira reforma, o espaço foi tomado por problemas como falta de higiene, alagamentos, altos índices de violência e iluminação precária.
A promessa é de que o panorama comece a mudar a partir de junho, mês em que está previsto o início das obras de revitalização. Enquanto isso, os feirantes aguardam ansiosos pelas melhorias na feira, uma luz no fim do túnel para quem se acostumou a viver na escuridão.
“Tenho 46 anos aqui. Sou um dos fundadores. Vim pra cá três meses após o incêndio que destruiu a antiga feira de Água de Meninos, em setembro de 1964. Naquele tempo, já diziam que as barracas de São Joaquim seriam provisórias e que a feira seria reformada em 31 anos.
Já se passaram quase 50 anos e até agora nada. Espero que desta vez o projeto saia do papel. A feira precisa disso, assim como nós comerciantes e toda população de Salvador”, disse Pascoal Antonio da Silva, 73 anos, dono de uma barraca de farinha.
Segundo a diretora de planejamento e habitação da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), Lívia Gabrieli, a reforma da feira será dividida em três etapas. A primeira atingirá os comerciantes chamados de “grossistas”, que vendem produtos em grande quantidade.
A segunda será licitada no dia 9 deste mês e engloba a área portuária de São Joaquim. Serão realizadas obras de dragagem e recuperação da baía. A 3ª e última fase, que é subdividida em outras cinco, será realizada no miolo da feira. No total, 275 boxes serão restaurados e outros 745 serão substituídos por novas estruturas. O investimento total será de R$32 milhões, aportes do Governo do Estado e do Ministério do Turismo.
Para Evandro Bispo dos Santos, que há 28 anos vende artigos religiosos em São Joaquim, a reforma será essencial para que a feira volte a ser ponto de visitação dos turistas que chegam à cidade. “São Joaquim está completamente abandonada. Falta organização e infraestrutura para a feira funcionar de maneira decente. Na semana passada, um homem foi assassinado aqui em plena luz do dia.
Episódios como esse acabam manchando a imagem da feira. Muita gente já não quer mais vir aqui. Espero que a reforma transforme totalmente o local para que os turistas voltem. Até porque o porto está perto daqui e São Joaquim pode ser um ótimo ponto turístico”, disse o comerciante.
Conforme a diretora da Conder, as obras de requalificação preveem que a feira volte a se tornar um grande ponto turístico. “A parte da enseada, que atualmente é toda fechada por barracas, será aberta em um píer com vista para a Baía de Todos os Santos. Os boxes do local, hoje barracões de peixe, serão transformados em restaurantes e bares.
Será um equipamento de comércio, mas também de cultura. Estamos trabalhando para conservar o valor simbólico que a feira possui. Não será um novo espaço, São Joaquim não perderá suas características. Apenas vamos recuperar a feira, conservando seus principais aspectos”, disse Gabrieli.
A dona de casa Maria do Carmo, de 53 anos, também aguarda ansiosa pela reforma.
Frequentadora assídua, ela confessa que os numerosos problemas que a feira enfrenta já a fizeram pensar em deixar de fazer compras no local. “Ainda venho porque os produtos são mais baratos do que nos mercados. Mas é muito complicado. .
Quando chove a gente não consegue andar sem acabar dentro de uma poça. As ruas estão muito esburacadas. É preciso ser equilibrista pra caminhar com as sacolas e não cair em uma cratera. Fora a violência. Tem assaltante e usuário de drogas. É muito triste ver o que a feira se tornou”, lamentou.
Conforme Gabrieli, o projeto original da reforma não prevê a construção de um módulo policial na região. A proposta, no entanto, não foi descartada. “Vamos analisar a possibilidade de um convênio com a Secretaria de Segurança Pública. É preciso que todas as secretarias trabalhem em conjunto para que o projeto tenha sucesso”, completou a diretora da Conder.
Boxes da Codeba
Em entrevista publicada na edição de ontem desta Tribuna, o secretário estadual de Turismo Domingos Leonelli pontuou o estado avançado das obras no Galpão 2 da Codeba, que abrigará parte das lojas dos comerciantes durante a reforma da feira. A equipe de reportagem esteve no local e comprovou que as estruturas estão em fase de acabamento, praticamente prontas para receber os primeiros feirantes.
Segundo o planejamento da Conder, os comerciantes serão alocados no galpão de forma gradativa. Cerca de 250 feirantes deverão ocupar os boxes provisórios a cada fase das obras de revitalização. As estruturas possuem ligação de água, energia, esgoto, além de balcões e câmaras frigoríficas para receber os trabalhadores, tudo de acordo com as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Durante a reforma, serão executadas obras de esgotamento, drenagem, pavimentação, cobertura de parte da feira e redistribuição de galpões e boxes de vendas de peixes, carnes e animais vivos, além da construção de decks. A previsão inicial é de que tudo ficará pronto no início de 2013.
A promessa é de que o panorama comece a mudar a partir de junho, mês em que está previsto o início das obras de revitalização. Enquanto isso, os feirantes aguardam ansiosos pelas melhorias na feira, uma luz no fim do túnel para quem se acostumou a viver na escuridão.
“Tenho 46 anos aqui. Sou um dos fundadores. Vim pra cá três meses após o incêndio que destruiu a antiga feira de Água de Meninos, em setembro de 1964. Naquele tempo, já diziam que as barracas de São Joaquim seriam provisórias e que a feira seria reformada em 31 anos.
Já se passaram quase 50 anos e até agora nada. Espero que desta vez o projeto saia do papel. A feira precisa disso, assim como nós comerciantes e toda população de Salvador”, disse Pascoal Antonio da Silva, 73 anos, dono de uma barraca de farinha.
Segundo a diretora de planejamento e habitação da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), Lívia Gabrieli, a reforma da feira será dividida em três etapas. A primeira atingirá os comerciantes chamados de “grossistas”, que vendem produtos em grande quantidade.
A segunda será licitada no dia 9 deste mês e engloba a área portuária de São Joaquim. Serão realizadas obras de dragagem e recuperação da baía. A 3ª e última fase, que é subdividida em outras cinco, será realizada no miolo da feira. No total, 275 boxes serão restaurados e outros 745 serão substituídos por novas estruturas. O investimento total será de R$32 milhões, aportes do Governo do Estado e do Ministério do Turismo.
Para Evandro Bispo dos Santos, que há 28 anos vende artigos religiosos em São Joaquim, a reforma será essencial para que a feira volte a ser ponto de visitação dos turistas que chegam à cidade. “São Joaquim está completamente abandonada. Falta organização e infraestrutura para a feira funcionar de maneira decente. Na semana passada, um homem foi assassinado aqui em plena luz do dia.
Episódios como esse acabam manchando a imagem da feira. Muita gente já não quer mais vir aqui. Espero que a reforma transforme totalmente o local para que os turistas voltem. Até porque o porto está perto daqui e São Joaquim pode ser um ótimo ponto turístico”, disse o comerciante.
Conforme a diretora da Conder, as obras de requalificação preveem que a feira volte a se tornar um grande ponto turístico. “A parte da enseada, que atualmente é toda fechada por barracas, será aberta em um píer com vista para a Baía de Todos os Santos. Os boxes do local, hoje barracões de peixe, serão transformados em restaurantes e bares.
Será um equipamento de comércio, mas também de cultura. Estamos trabalhando para conservar o valor simbólico que a feira possui. Não será um novo espaço, São Joaquim não perderá suas características. Apenas vamos recuperar a feira, conservando seus principais aspectos”, disse Gabrieli.
A dona de casa Maria do Carmo, de 53 anos, também aguarda ansiosa pela reforma.
Frequentadora assídua, ela confessa que os numerosos problemas que a feira enfrenta já a fizeram pensar em deixar de fazer compras no local. “Ainda venho porque os produtos são mais baratos do que nos mercados. Mas é muito complicado. .
Quando chove a gente não consegue andar sem acabar dentro de uma poça. As ruas estão muito esburacadas. É preciso ser equilibrista pra caminhar com as sacolas e não cair em uma cratera. Fora a violência. Tem assaltante e usuário de drogas. É muito triste ver o que a feira se tornou”, lamentou.
Conforme Gabrieli, o projeto original da reforma não prevê a construção de um módulo policial na região. A proposta, no entanto, não foi descartada. “Vamos analisar a possibilidade de um convênio com a Secretaria de Segurança Pública. É preciso que todas as secretarias trabalhem em conjunto para que o projeto tenha sucesso”, completou a diretora da Conder.
Boxes da Codeba
Em entrevista publicada na edição de ontem desta Tribuna, o secretário estadual de Turismo Domingos Leonelli pontuou o estado avançado das obras no Galpão 2 da Codeba, que abrigará parte das lojas dos comerciantes durante a reforma da feira. A equipe de reportagem esteve no local e comprovou que as estruturas estão em fase de acabamento, praticamente prontas para receber os primeiros feirantes.
Segundo o planejamento da Conder, os comerciantes serão alocados no galpão de forma gradativa. Cerca de 250 feirantes deverão ocupar os boxes provisórios a cada fase das obras de revitalização. As estruturas possuem ligação de água, energia, esgoto, além de balcões e câmaras frigoríficas para receber os trabalhadores, tudo de acordo com as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Durante a reforma, serão executadas obras de esgotamento, drenagem, pavimentação, cobertura de parte da feira e redistribuição de galpões e boxes de vendas de peixes, carnes e animais vivos, além da construção de decks. A previsão inicial é de que tudo ficará pronto no início de 2013.
Autor postado em 03/05/2011
Comentários
N�o h� coment�rios para esse Artigo!