Maior goleador do Boca, Palermo faz último jogo na Bombonera

O Boca Juniors não tem mais condições de ser campeão do Torneio Clausura. Mas a procura por ingressos para a partida deste domingo, contra o Banfield, na Bombonera, só é comparada aos clássicos ante o rival River Plate.
A explicação estará em campo, vestido com a camisa 9 pela última vez no gramado do estádio boquense. O atacante Martín Palermo, maior artilheiro da história do clube mais popular da Argentina, fará seu jogo derradeiro na casa do Boca Juniors, no que provavelmente será também a sua despedida dos campos de futebol.
"É uma decisão tomada, que me custou, mas deixo o futebol", disse o atacante. "Quero desfrutar de minha última partida na Bombonera, me despedir dos torcedores", declarou Palermo.
O atacante decidirá se joga contra o Gimnasia y Esgrima, no próximo final de semana, na rodada final do Clausura, só após o duelo deste domingo. Palermo começou no Estudiantes, jogou pela seleção e é o quinto jogador que mais vezes marcou na primeira divisão argentina, com 227 tentos (pode ser o quarto se fizer dois gols neste domingo).
Mas sua identificação é com o Boca, time pelo qual tem duas passagens --no total, são 11 anos no clube da capital. A carreira do "Loco", como é chamado Palermo, só teve pontos altos na equipe de Buenos Aires.
Venceu seis Campeonatos Argentinos, duas Libertadores e um Mundial, em que teve participação decisiva ao fazer dois gols no Real Madrid. Longe da Bombonera, colecionou fracassos. Teve passagens por times da Espanha, como Villarreal e Bétis, todas muito discretas.
Seu momento mais lembrado por rivais é uma lambança pela Argentina na Copa América de 1999. Contra a Colômbia, Palermo bateu e perdeu três pênaltis, e os argentinos foram derrotados por 3 a 0.
O atacante só retornou ao time nacional dez anos depois e teve papel de herói ao marcar um gol contra o Peru, na penúltima rodada das eliminatórias, que evitou que a Argentina ficasse fora da Copa do Mundo de 2010.
Seu faro artilheiro fez com que recebesse pedidos para que adiasse a aposentadoria por pelo menos seis meses. Julio Falcioni, técnico do Boca, insistiu para que Palermo jogasse até o fim do ano, mas não foi atendido.
A negativa só caiu bem aos ouvidos do atacante Lucas Viatri, reserva do camisa 9. "Se ele ficar, vou à merda", disse Viatri, temeroso em ser mantido no banco caso Palermo não confirmasse sua despedida do futebol.
O quase aposentado jogador, porém, levou a frase na brincadeira e elogiou seu sucessor no ataque do Boca Juniors. "Ele tem que ser o 9. Deixo a Lucas minha confiança. Ele precisa ficar tranquilo, pois já tem uma vaga assegurada e vai ocupar meu lugar", afirmou Palermo.
Autor postado em 12/06/2011
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