Caso jóbson
Redução da suspensão motivou ação da Wada
Jóbson foi flagrado no exame antidoping na reta final do Campeonato Brasileiro de 2009, em partidas contra o Coritiba e o Palmeiras, quando defendia o Botafogo. O laudo apontou uso de cocaína; diante do juiz, o atacante admitiu ter usado crack. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva julgou o caso e condenou o jogador a cumprir dois anos de suspensão. No entanto, após recurso, a pena foi reduzida a seis meses e cumprida no primeiro semestre de 2010.
O processo terminaria aí se a Wada (Agência Mundial Antidoping) não tivesse entrado com um recurso: a instituição considerou a punição muito leve e pediu a pena base para casos de doping, que é de dois anos de suspensão, levando o processo para julgamento pelo CAS na Suíça. Das três possibilidades de punição, uma, a da eliminação do futebol, está afastada pelo advogado Bichara Neto. Mas somente a manutenção da punição do STJD no Brasil, reduzida para seis meses e já cumprida pelo jogador, não tira Jóbson da disputa da Série A do Campeonato Brasileiro. Qualquer punição do CAS, de seis meses a dois anos, deixará o Bahia sem o seu principal jogador na 1ª Divisão do Brasileiro.
Julgamento começou na madrugada de terça-feira
O site globo.com acionou sua correspondente na Europa, Bianca Rothier, para acompanhar o julgamento do atacante Jóbson, do Bahia, no CAS – Corte Arbitral do Esporte, em Lausanne, na Suiça. A reunião do Tribunal teve início às 9h30 da terça-feira (4h30 no horário de Brasília) com a presença do jogador, acompanhado por cinco advogados, sendo três pessoais e dois do Botafogo.
Apreensivo, o atacante procurou mostrar confiança em um final feliz. “Espero sair daqui hoje sorrindo e continuar o meu trabalho”,disse Jóbson, antes da sessão. O jogador levou para Lausanne, como testemunhas, um médico e uma psicóloga, ambos do Botafogo do Rio de Janeiro. Além disso,outro médico do Atlético Mineiro, que tratou do atacante, também foi ouvido, mas por videoconferência. O resultado do julgamento, porém, não saiu nesta terça. A Corte Arbitral do Esporte terá até 60 dias para se pronunciar. Segundo o advogado Bichara Neto, não há o risco de o jogador ser banido do esporte.
“Essa possibilidade está afastada. O máximo que se admitiria seria aumentar a suspensão para 2 anos de pena. Tecnicamente, a Agência Mundial Antidoping não pediu o banimento”, frisou Bichara, acrescentando sobre a linha de defesa adotada no julgamento:
“A estratégia da defesa é admitir o uso da substância e demonstrar que o atleta vem se recuperando da dependência química. Em razão disso, uma suspensão adicional à pena que já foi aplicada no Brasil não seria útil ao processo e para a recuperação de Jóbson”, ou seja, defendendo a manutenção da punição de seis meses, que já foi cumprida pelo jogador, antes de assinar contrato com o Bahia.
Corte Arbitral só deve se pronunciar hoje
O julgamento de Jóbson durou as esperadas oito horas. A sessão chegou ao fim somente no início da tarde de ontem em Salvador. Como já era noite na Suíça, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) informou que só iria se pronunciar hoje sobre o encontro.
Mesmo sem uma indicação oficial, Jóbson deixou o julgamento contente. O jogador, inclusive, indicou que um dos três juízes se sensibilizou com sua história. “Eu não falei nada demais. Contei a minha história. Ele gostou da minha sinceridade e disse que esperava me ver sorrir novamente. Espero que eu volte mesmo sorrindo e fazendo muitos gols. Este ano eu quero ser o artilheiro do Brasileirão”, prometeu.
O chefe do departamento médico do Botafogo, Luiz Fernando Medeiros, também estava otimista. “O Jóbson é um rapaz que vende alegria, que vende prazer em jogar futebol. E ele está empenhado realmente em tentar se recuperar e abandonar o vício. Não é tarefa fácil para ninguém, nem pra ele, mas vai conseguir”.
O mesmo foi dito pela psicóloga Maíra Ruas: “A situação do Jóbson melhorou a partir do momento que ele quis se tratar. Dá orgulho porque eu o acompanho desde 2009 e ele tem tudo para recomeçar agora de uma forma mais madura e conseguir o sucesso”.
Jóbson foi flagrado no exame antidoping na reta final do Campeonato Brasileiro de 2009, em partidas contra o Coritiba e o Palmeiras, quando defendia o Botafogo. O laudo apontou uso de cocaína; diante do juiz, o atacante admitiu ter usado crack. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva julgou o caso e condenou o jogador a cumprir dois anos de suspensão. No entanto, após recurso, a pena foi reduzida a seis meses e cumprida no primeiro semestre de 2010.
O processo terminaria aí se a Wada (Agência Mundial Antidoping) não tivesse entrado com um recurso: a instituição considerou a punição muito leve e pediu a pena base para casos de doping, que é de dois anos de suspensão, levando o processo para julgamento pelo CAS na Suíça. Das três possibilidades de punição, uma, a da eliminação do futebol, está afastada pelo advogado Bichara Neto. Mas somente a manutenção da punição do STJD no Brasil, reduzida para seis meses e já cumprida pelo jogador, não tira Jóbson da disputa da Série A do Campeonato Brasileiro. Qualquer punição do CAS, de seis meses a dois anos, deixará o Bahia sem o seu principal jogador na 1ª Divisão do Brasileiro.
Julgamento começou na madrugada de terça-feira
O site globo.com acionou sua correspondente na Europa, Bianca Rothier, para acompanhar o julgamento do atacante Jóbson, do Bahia, no CAS – Corte Arbitral do Esporte, em Lausanne, na Suiça. A reunião do Tribunal teve início às 9h30 da terça-feira (4h30 no horário de Brasília) com a presença do jogador, acompanhado por cinco advogados, sendo três pessoais e dois do Botafogo.
Apreensivo, o atacante procurou mostrar confiança em um final feliz. “Espero sair daqui hoje sorrindo e continuar o meu trabalho”,disse Jóbson, antes da sessão. O jogador levou para Lausanne, como testemunhas, um médico e uma psicóloga, ambos do Botafogo do Rio de Janeiro. Além disso,outro médico do Atlético Mineiro, que tratou do atacante, também foi ouvido, mas por videoconferência. O resultado do julgamento, porém, não saiu nesta terça. A Corte Arbitral do Esporte terá até 60 dias para se pronunciar. Segundo o advogado Bichara Neto, não há o risco de o jogador ser banido do esporte.
“Essa possibilidade está afastada. O máximo que se admitiria seria aumentar a suspensão para 2 anos de pena. Tecnicamente, a Agência Mundial Antidoping não pediu o banimento”, frisou Bichara, acrescentando sobre a linha de defesa adotada no julgamento:
“A estratégia da defesa é admitir o uso da substância e demonstrar que o atleta vem se recuperando da dependência química. Em razão disso, uma suspensão adicional à pena que já foi aplicada no Brasil não seria útil ao processo e para a recuperação de Jóbson”, ou seja, defendendo a manutenção da punição de seis meses, que já foi cumprida pelo jogador, antes de assinar contrato com o Bahia.
Corte Arbitral só deve se pronunciar hoje
O julgamento de Jóbson durou as esperadas oito horas. A sessão chegou ao fim somente no início da tarde de ontem em Salvador. Como já era noite na Suíça, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) informou que só iria se pronunciar hoje sobre o encontro.
Mesmo sem uma indicação oficial, Jóbson deixou o julgamento contente. O jogador, inclusive, indicou que um dos três juízes se sensibilizou com sua história. “Eu não falei nada demais. Contei a minha história. Ele gostou da minha sinceridade e disse que esperava me ver sorrir novamente. Espero que eu volte mesmo sorrindo e fazendo muitos gols. Este ano eu quero ser o artilheiro do Brasileirão”, prometeu.
O chefe do departamento médico do Botafogo, Luiz Fernando Medeiros, também estava otimista. “O Jóbson é um rapaz que vende alegria, que vende prazer em jogar futebol. E ele está empenhado realmente em tentar se recuperar e abandonar o vício. Não é tarefa fácil para ninguém, nem pra ele, mas vai conseguir”.
O mesmo foi dito pela psicóloga Maíra Ruas: “A situação do Jóbson melhorou a partir do momento que ele quis se tratar. Dá orgulho porque eu o acompanho desde 2009 e ele tem tudo para recomeçar agora de uma forma mais madura e conseguir o sucesso”.
Autor postado em 22/06/2011
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