90 minutos de alto risco

É tudo ou nada. Caso queira evitar o que seria um dos maiores vexames de sua história, a eliminação na primeira fase da Copa América, a Seleção Brasileira precisa vencer o Equador de qualquer forma.
Serão noventa minutos de expectativa, tensão e quem sabe desabafo. O Brasil de Mano Menezes precisa acertar o pé e não descuidar da defesa. O torcedor estará na expectativa pela classificação, afinal, a eliminação do torneio, justamente dentro da casa do maior rival brasileiro, a Argentina, seria motivo de gozação e humilhação para uma nação que está acostumada a vencer.
Acima de tudo, esse será o jogo de honra do técnico Mano Menezes. Quando chegou à seleção, o clima era de mudança. Havia uma necessidade de renovação diante do fracasso na Copa do Mundo da África.
O ex-corintiano fez tudo como manda o figurino. Convocou pela primeira vez as novas estrelas do futebol nacional, como Neymar e Ganso, só que na prática as coisas não funcionaram. Nos últimos jogos, a seleção canarinho penou.
Não conseguiu dar o troco na Holanda, depois venceu com dificuldades a Romênia (1 a 0) e, por fim, já na Copa América, conseguiu dois empates, um 0 a 0 com a Venezuela, histórico freguês, e outro de 2 a 2 com o Paraguai.
Para evitar uma crise, que pode culminar com um novo clamor nacional, pedindo para que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mude o comando da seleção, Mano vai ter que colocar a equipe para jogar bola. O futuro do treinador está nas mãos dos seus comandados, que sabem que a eliminação pode custar a paz do técnico e quiçá uma futura nova convocação.
O torcedor brasileiro espera que a seleção faça seu papel, afinal, vai ficar difícil acreditar no trabalho realizado para a Copa de 2014, em caso de fracasso justo na primeira competição oficial de Mano Menezes.
E na falta do chefe de Mano, coube ao diretor de comunicações da CBF, Rodrigo Paiva, conter o princípio de incêndio e garantir que Mano seguirá no comando da equipe, aconteça o que acontecer. "Temos que ter paciência. O mais importante é a preparação para 2014. O presidente (Ricardo Teixeira) sempre disse que o projeto é para a Copa e vamos seguir em frente", disse.
As dificuldades enfrentadas parecem não preocupar o sempre sereno treinador. “Isso não interfere no trabalho do dia a dia. Não sinto absolutamente nada de diferente do que sempre senti”, sinalizou.
Mas no fundo, o experiente Mano sabe o tamanho de sua responsabilidade. O segredo é colocar a bola na rede, garantir a classificação e partir pro abraço. Um resultado expressivo diante do Equador, hoje, às 21h45, daria moral ao Brasil para as quartas de final da Copa América. Quem sabe esse seja o pontapé inicial na luta por mais um título.
Pato diz que não vai baixar a cabeça
O atacante Alexandre Pato corre risco de começar no banco o jogo contra o Equador, hoje. Mesmo após Mano Menezes ter apostado todas as suas fichas no jogador, tendo enxergado nele um potencial camisa 9, Pato não vem agradando e vê sua sombra, Fred, crescer à sombra de suas deficiências. Pato sabe da responsabilidade que terá, caso seja titular.
"Eu sei que existem cobranças e críticas dos torcedores, mas não vou baixar a cabeça. Tenho tentado o gol desde o primeiro jogo e vou continuar tentando", ponderou.
Pato é o artilheiro da Era Mano na seleção, com três gols. Mas foi Fred, seu reserva, o único atacante do grupo a balançar as redes nos últimos quatro jogos do Brasil. Por isso, é possível que o atacante do Fluminense ganhe uma vaga entre os titulares contra o Equador, em Córdoba. "Não sei se vou jogar, me preparo para tudo, porque às vezes você está no banco e precisa entrar", disse Fred.
"O Pato é um grande jogador, tem a qualidade e a confiança do grupo, o gol dele vai sair".
Pato e Fred atuaram juntos durante alguns minutos nos dois jogos do Brasil na Copa América - empates contra Venezuela e Equador.
"Para mim tanto faz, o que eu quero é jogar", disse Pato, sobre atuar mais pelo lado do campo. Fred deixou claro sua posição: "Eu sou centroavante, finalizador mesmo".
Grupo aceita críticas de Lúcio
Nada de polêmica. Essa foi a ordem na Seleção Brasileira após o capitão Lúcio ter concedido entrevista criticando o grupo. O zagueiro disse, entre outras frases, que “o escudo que vem na frente é mais importante que o nome que vem atrás”.
O goleiro Julio Cesar, um dos mais experientes, avisou que o recado do zagueiro não foi direcionado para a nova geração, formada por Neymar, Ganso e Pato.
“Vamos deixar bem claro que a situação do Lúcio não foi para a molecada, até porque aqui não tem moleque. Ninguém está puxando a orelha, e vou até citar exemplos de Neymar, Ganso e Lucas, aqueles mais novos. Aqui todo mundo está sendo tratado igual, ninguém tem cadeira cativa. Os mais novos e os mais velhos têm a mesma responsabilidade”, comentou o camisa 1 do Brasil.
Julio ainda engrossou o coro e alertou para a necessidade de absorver os conselhos do capitão. "Para aqueles que forem inteligentes, e nisso eu me incluo, que entre num ouvido e não saia pelo outro, que fique. Uma declaração dessa, vindo de um capitão, nos faz refletir muitas coisas”, completou o goleiro de 31 anos.
É tudo ou nada. Caso queira evitar o que seria um dos maiores vexames de sua história, a eliminação na primeira fase da Copa América, a Seleção Brasileira precisa vencer o Equador de qualquer forma.
Serão noventa minutos de expectativa, tensão e quem sabe desabafo. O Brasil de Mano Menezes precisa acertar o pé e não descuidar da defesa. O torcedor estará na expectativa pela classificação, afinal, a eliminação do torneio, justamente dentro da casa do maior rival brasileiro, a Argentina, seria motivo de gozação e humilhação para uma nação que está acostumada a vencer.
Acima de tudo, esse será o jogo de honra do técnico Mano Menezes. Quando chegou à seleção, o clima era de mudança. Havia uma necessidade de renovação diante do fracasso na Copa do Mundo da África.
O ex-corintiano fez tudo como manda o figurino. Convocou pela primeira vez as novas estrelas do futebol nacional, como Neymar e Ganso, só que na prática as coisas não funcionaram. Nos últimos jogos, a seleção canarinho penou.
Não conseguiu dar o troco na Holanda, depois venceu com dificuldades a Romênia (1 a 0) e, por fim, já na Copa América, conseguiu dois empates, um 0 a 0 com a Venezuela, histórico freguês, e outro de 2 a 2 com o Paraguai.
Para evitar uma crise, que pode culminar com um novo clamor nacional, pedindo para que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mude o comando da seleção, Mano vai ter que colocar a equipe para jogar bola. O futuro do treinador está nas mãos dos seus comandados, que sabem que a eliminação pode custar a paz do técnico e quiçá uma futura nova convocação.
O torcedor brasileiro espera que a seleção faça seu papel, afinal, vai ficar difícil acreditar no trabalho realizado para a Copa de 2014, em caso de fracasso justo na primeira competição oficial de Mano Menezes.
E na falta do chefe de Mano, coube ao diretor de comunicações da CBF, Rodrigo Paiva, conter o princípio de incêndio e garantir que Mano seguirá no comando da equipe, aconteça o que acontecer. "Temos que ter paciência. O mais importante é a preparação para 2014. O presidente (Ricardo Teixeira) sempre disse que o projeto é para a Copa e vamos seguir em frente", disse.
As dificuldades enfrentadas parecem não preocupar o sempre sereno treinador. “Isso não interfere no trabalho do dia a dia. Não sinto absolutamente nada de diferente do que sempre senti”, sinalizou.
Mas no fundo, o experiente Mano sabe o tamanho de sua responsabilidade. O segredo é colocar a bola na rede, garantir a classificação e partir pro abraço. Um resultado expressivo diante do Equador, hoje, às 21h45, daria moral ao Brasil para as quartas de final da Copa América. Quem sabe esse seja o pontapé inicial na luta por mais um título.
Pato diz que não vai baixar a cabeça
O atacante Alexandre Pato corre risco de começar no banco o jogo contra o Equador, hoje. Mesmo após Mano Menezes ter apostado todas as suas fichas no jogador, tendo enxergado nele um potencial camisa 9, Pato não vem agradando e vê sua sombra, Fred, crescer à sombra de suas deficiências. Pato sabe da responsabilidade que terá, caso seja titular.
"Eu sei que existem cobranças e críticas dos torcedores, mas não vou baixar a cabeça. Tenho tentado o gol desde o primeiro jogo e vou continuar tentando", ponderou.
Pato é o artilheiro da Era Mano na seleção, com três gols. Mas foi Fred, seu reserva, o único atacante do grupo a balançar as redes nos últimos quatro jogos do Brasil. Por isso, é possível que o atacante do Fluminense ganhe uma vaga entre os titulares contra o Equador, em Córdoba. "Não sei se vou jogar, me preparo para tudo, porque às vezes você está no banco e precisa entrar", disse Fred.
"O Pato é um grande jogador, tem a qualidade e a confiança do grupo, o gol dele vai sair".
Pato e Fred atuaram juntos durante alguns minutos nos dois jogos do Brasil na Copa América - empates contra Venezuela e Equador.
"Para mim tanto faz, o que eu quero é jogar", disse Pato, sobre atuar mais pelo lado do campo. Fred deixou claro sua posição: "Eu sou centroavante, finalizador mesmo".
Grupo aceita críticas de Lúcio
Nada de polêmica. Essa foi a ordem na Seleção Brasileira após o capitão Lúcio ter concedido entrevista criticando o grupo. O zagueiro disse, entre outras frases, que “o escudo que vem na frente é mais importante que o nome que vem atrás”.
O goleiro Julio Cesar, um dos mais experientes, avisou que o recado do zagueiro não foi direcionado para a nova geração, formada por Neymar, Ganso e Pato.
“Vamos deixar bem claro que a situação do Lúcio não foi para a molecada, até porque aqui não tem moleque. Ninguém está puxando a orelha, e vou até citar exemplos de Neymar, Ganso e Lucas, aqueles mais novos. Aqui todo mundo está sendo tratado igual, ninguém tem cadeira cativa. Os mais novos e os mais velhos têm a mesma responsabilidade”, comentou o camisa 1 do Brasil.
Julio ainda engrossou o coro e alertou para a necessidade de absorver os conselhos do capitão. "Para aqueles que forem inteligentes, e nisso eu me incluo, que entre num ouvido e não saia pelo outro, que fique. Uma declaração dessa, vindo de um capitão, nos faz refletir muitas coisas”, completou o goleiro de 31 anos.
Autor postado em 13/07/2011
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