Falcão x Cerezo, inimigos íntimos

O que o futebol não faz. O site da FIFA dedicou ontem um espaço considerável no seu site, mais de 70 linhas, para exaltar dois gênios do futebol brasileiro e mundial, amigos irmãos, que serão adversários, no clássico entre Bahia, o time de Falcão, e Vitória, o time de Cerezo, válido pela 8ª rodada da fase de classificação do Campeonato Baiano deste ano.
A história dessa dupla de craques do futebol brasileiro teve seu momento mais marcante na Copa do Mundo da FIFA Espanha 1982, mas também viveu seus dias de glória em Roma e agora é retomada, depois de quase 30 anos, em Salvador, neste domingo. Em meio a essa rivalidade, em busca de uma vitória que certamente deixaria o trabalho de um dos treinadores mais tranquilo neste início de temporada, o desafio dos dois vai ser deixar a amizade de lado.
Nem que seja por 90 minutos. “Somos muito amigos”, diz Cerezo, com o que Falcão mais que concorda: “Ele é realmente um parceiraço, um irmão. A gente nunca vai ser inimigo, apenas adversário”.
No ano passado Falcão foi contratado pelo Internacional com grandes expectativas, mas a eliminação na Copa Libertadores, diante do Peñarol, resultou em uma precoce demissão. No Bahia, ele retoma sua ambição. “Foram 16, 17 anos trabalhando no rádio, TV e jornal, e senti que tinha que voltar a trabalhar no futebol. Estava em uma situação muito confortável, mas eu queria voltar a viver de novo no campo. É um momento de grande satisfação e me sinto motivado de participar desse novo momento do Bahia”, disse.
Cerezo estreou como técnico em 1999 pelo Vitória, tendo circulado depois por outros sete clubes, incluindo aqui uma passagem muito bem-sucedida pelo Kashima Antlers, do Japão, e pelo Oriente Médio. Retorna ao rubro-negro baiano com a missão de levar o time de volta à Série A nacional.
Um novo clima -O ex-jogador do Galo, então, já está familiarizado com o clube e o futebol baiano. Para Falcão, porém, tudo é novidade. Acostumado a usar terno, sempre com elegância na beira do gramado, o ex-Colorado vai precisar se aclimatar ao calor – em todos o sentidos – da nova casa. “Quero ver é como ele trabalhar nesse sol. Vai entrar com um chapéu de mexicano gigante”, brinca o ex-companheiro.
A presença de Falcão no outro vestiário agora é um obstáculo para Cerezo. Mas é como dissemos: vale a tensão só por 90 minutos. “O Paulo merece ser feliz por tudo que fez pelo futebol e pelo cara que é. Tenho certeza que ele vai ser muito feliz aqui. Eu sou, então porque ele não? Trabalhar na nossa idade é uma coisa muito importante. Agora nos momentos de tristeza, a gente já tem com quem conversar”, completa Cerezo.
Publicada: 11/02/2012 07:04| Atualizada: 11/02/2012 06:58
A história dessa dupla de craques do futebol brasileiro teve seu momento mais marcante na Copa do Mundo da FIFA Espanha 1982, mas também viveu seus dias de glória em Roma e agora é retomada, depois de quase 30 anos, em Salvador, neste domingo. Em meio a essa rivalidade, em busca de uma vitória que certamente deixaria o trabalho de um dos treinadores mais tranquilo neste início de temporada, o desafio dos dois vai ser deixar a amizade de lado.
Autor: ,postado em 11/02/2012
Comentários
Não há comentários para essa notícia