Encontrado pelo presidente do Bahia Marcelo Guimarães Filho em um dos campos de várzea de Salvador, conhecido como Campo do Lasca, Gabriel foi levado para os juniores do Bahia, onde conquistou o Campeonato Baiano. No ano passado, sem nenhum trabalho nas divisões de base, foi promovido aos profissionais e não demorou muito para conquistar seu espaço.

Atacante de origem, mas improvisado até como lateral-direito, Gabriel caiu nas graças de René Simões e Joel Santana. Do segundo recebeu o elogio de pedra preciosa do Bahia. Com Falcão, encontrou a posição no meio, se tornou o garçom do time com seis assistências em 2012 e já pensa alto:
- Eu quero ser ídolo aqui no Bahia.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, além de comentar sobre o sonho com a camisa do Tricolor, Gabriel falou também sobre a chegada no Bahia, as experiências com os treinadores do clube e a observação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para vestir as cores da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres.
Confira:
Você teve muito contato com seu avô (Flávio)?
Não. Só meus tios que me contavam como ele era. Ele era pai de minha mãe e nunca foi muito presente.
Acha que pode repetir o feito dele?
Com muito trabalho dá sim. Se tudo der certo podemos repetir.
Era um sonho seu ser jogador de futebol?
Sempre sonhei. Meus pais e minha avó queriam que eu fizesse um curso profissionalizante, mas eu sempre sonhei ser jogador e nunca desisti.

(Foto: Reprodução/TV Bahia)
Antes de chegar ao Bahia, passou por alguma divisão de base?
Eu passei pouco tempo nas divisões de base. Antes de chegar aqui eu jogava só em várzea. Aí o presidente do Bahia (Marcelo Guimarães Filho) me viu e me trouxe para fazer um teste aqui.
Ainda joga lá na Cidade Baixa?
Não. Nunca mais joguei lá. Tem mais de um ano que não jogo lá.
Em seu começo de carreira, já foi treinado por René Simões, Joel Santana e Falcão. Qual deles foi o mais importante para você?
Todos os três.
O que aprendeu com cada um deles?
Com os três eu aprendi a ter dedicação sempre. René foi um dos meus primeiros treinadores e me ensinou muita coisa. Com Joel eu aprendi a marcar mais. E agora tem Falcão. Com ele estou tendo mais liberdade em campo.
Acha que, enfim, está em sua verdadeira posição?
Esse é o jeito que eu gosto de jogar. Falcão está me colocando e eu estou gostando.
Você sempre se mostrou disposto a jogar em qualquer lugar, mas no fundo, se sentia incomodado por ser sempre improvisado?
Não. Em momento algum. O pensamento sempre foi da importância do grupo e a vontade era a mesma.
Com o bom começo de 2012, a CBF já pensa em te observar para os Jogos Olímpicos. Você ficou sabendo disso?
Eu ouvi boatos sobre isso. Vou procurar trabalhar aqui, mas se não for para lá, não pode ficar retado, não é?

Como controlar a euforia de poder ir a Londres para não te prejudicar em campo?
Para ser sincero, eu não estou nem pensando nisso. Meu pensamento é de ser campeão baiano esse ano.
Pensa em sair do Bahia?
Se for da vontade de Deus, fazer o quê? Tem que ir, né? Mas eu não quero sair daqui.
Qual seu maior sonho no futebol?
Ser ídolo aqui no Bahia.