Só ouro em Londres segura Mano Menezes

O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, não garantiu que o técnico Mano Menezes permanecerá no comando da seleção brasileira em caso de fracasso nos Jogos Olímpicos de Londres. Durante entrevista coletiva realizada no Rio de Janeiro, Marin deixou no ar o que pode acontecer caso o título inédito não seja conquistado.
“O futuro a Deus pertence. Mano desfruta de minha total confiança e está fazendo um trabalho de renovação na Seleção. Sabemos disso, os resultados estão dentro de nossa expectativa”, minimizou Marin, que comanda a CBF há um mês, após a renúncia de Ricardo Teixeira.
Enquanto isso, no Sul do País, basicamente no eixo Rio-São Paulo, onde gira o futuro do futebol, a imprensa esportiva se reveza nas especulações sobre o provável substituto de Mano Menezes no comando da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014 no Brasil, caso ele não ganhe a medalha de ouro, inédita para o Brasil, nos Jogos Olímpicos deste ano, em julho, em Londres.
Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 35 anos, no seu blog no site da Uol, saiu com o nome de Wanderley Luxemburgo, atualmente no Grêmio de Porto Alegre, como o candidato mais forte na sucessão, superando Luís Felipe Scolari, do Palmeiras.
‘É evidente que todos os comentários e informações estão na base de conversas de bastidores, pois qualquer um sabe que, no futebol, todos dependem dos resultados. Uma fonte, no entanto, que tem acertado mais do que errado, confidencia-me o seguinte: “Se o Mano Menezes cair, o nome mais forte para ser o técnico da Seleção é o de Luxemburgo”.
Mas não seria Felipão o eleito, caso Mano não resista à pressão? Não, segundo minha fonte, ex-dirigente e com trânsito mais ou menos livre nos bastidores do futebol: “Seria o Luxemburgo”.
O diretor de seleções não é o corintiano Andrés Sanchez, amigo de Mano? Só que neste jogo de xadrez, amigo é amigo até a página 9, e, pela hierarquia, a vontade do presidente da CBF- supostamente apoiado por Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol (que, no momento, supostamente, preferiria Felipão), a vontade do presidente superaria o ímpeto do diretor de Seleções.
Questão de hierarquia, repito. Na corrida pelo cargo que ainda nem está vago, dizem-me que o favorito é Luxemburgo. E não duvido. Mas quem garante que Menezes não traga a inédita medalha de ouro para o Brasil? Aí, amigo, é Mano na cabeça
Técnico lamenta a blitz que lhe traz problemas
Mano Menezes assumiu o comando da Seleção Brasileira após a Copa do Mundo de 2010, depois da queda de Dunga. Desde sua estreia, em agosto de 2010, a Seleção jogou 21 partidas, sendo 13 vitórias, três derrotas e cinco empates.
No último jogo, vitória sobre a Bósnia por 2 a 1, em amistoso na Suíça. Para os Jogos de Londres, a tendência é que o treinador conte com craques como Neymar, Lucas, Paulo Henrique Ganso e Leandro Damião entre os convocados, que estão na lista de 52 jogadores pré-convocados.
O técnico da Seleção Brasileira falou abertamente sobre o dia em que foi parado em uma blitz da Operação Lei Seca no dia 28 de março, na Avenida Ministro Raul Machado, em frente à sede do Flamengo, na Gávea, no Rio de Janeiro. Mano Menezes admitiu, em entrevista ao jornal Marca, que errou na situação e disse ainda que a regra atinge em cheio as “pessoas de bem”.
“Sim [errei], porque fiz o que culturalmente temos como hábito, que julgamos não ser infrações, como, por exemplo, tomar uma taça, uma taça e meia de vinho, com um casal de amigos. E não podemos mais sob pena de sermos punidos... Todas as pessoas de bem sofrem muito. Mau caráter não, dá um chute no problema...”, afirmou o treinador.
Quando foi parado, Mano estava sem habilitação e se recusou a fazer o teste do bafômetro.
“O futuro a Deus pertence. Mano desfruta de minha total confiança e está fazendo um trabalho de renovação na Seleção. Sabemos disso, os resultados estão dentro de nossa expectativa”, minimizou Marin, que comanda a CBF há um mês, após a renúncia de Ricardo Teixeira.
Questão de hierarquia, repito. Na corrida pelo cargo que ainda nem está vago, dizem-me que o favorito é Luxemburgo. E não duvido. Mas quem garante que Menezes não traga a inédita medalha de ouro para o Brasil? Aí, amigo, é Mano na cabeça
Autor: ,postado em 11/04/2012
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