Apesar do MorumBis, Brasil segue atrasado no assunto naming rights

Aquele que foi o palco das glórias do passado do São Paulo passará ser uma espécie de nova fábrica de chocolates. A diretoria tricolor aderiu ao movimento dos arquirrivais Corinthians e Palmeiras e de Athletico-PR e Atlético-MG ao negociar os namings rights do Estádio Cícero Pompeu de Toledo com a empresa do ramo alimentício Mondelez e rebatizá-lo de MorumBis, em referência ao doce e um dos carros-chefes da companhia. Mas a onda surfada pelos quatro clubes, mais o Bahia, que joga sob concessão pública na Itaipava Arena Fonte Nova, ainda é tímida em comparação a outros países.
O acordo costurado pelo São Paulo para receber R$ 75 milhões pelos três anos de cessão do nome do estádio é um negócio consolidado na terra natal da Mondelez. Sede da próxima edição da Copa América, de 20 de junho a 14 de julho, os Estados Unidos são especialistas no assunto. Todos os 14 estádios reservados para o torneio entre as seleções das Américas do Sul, do Norte e Central têm uma marca estampada na fachada do estádio.
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O Allegiant Stadium, em Las Vegas; o Bank of America Stadium, na Carolina do Norte; o Children's Mercy Park, no Missouri; o Exploria Stadium, na Flórida; o Q2 Stadium, no Texas; e o State Farm Stadium, no Arizona, receberão jogos do torneio. O AT&T Stadium (Texas), o GEHA Field at Arrowhead Stadium (Missouri), o Hard Rock Stadium (Flórida), o Levi's Stadium, o SoFi Stadium (ambos na Califórnia), o Mercedes-Benz Stadium (Georgia), o MetLife Stadium (Nova Jersey) e o NRG Stadium (Texas) também estenderão o tapete verde para as 16 seleções das Américas e, de quebra, sediarão partidas da Copa do Mundo de 2026, em colaboração com México e Canadá.
Em 2020, o ex-vice de marketing do Fluminense Idel Halfen realizou mapeamento sobre o fenômeno dos naming rights na terra do Tio Sam. O especialista considerou as arenas utilizadas para espetáculos da NBA (basquete), WNBA (basquete feminino), NFL (futebol americano), NHL (hóquei), MLB (beisebol) e MLS (futebol masculino). Foram constatados que 112 das 139 praças esportivas aderiram ao modelo de negócio. Ou seja, 81%. Empresas do ramo financeiro, bens de consumo, serviço e varejo são as que mais injetam dinheiro nas instituições esportivas dos EUA.
Em janeiro, o Los Angeles FC, da MLS, comemorou acordo recorde envolvendo naming rights no futebol norte-americano A franquia da Califórnia cedeu espaço na casa própria ao banco BMO por US$ 100 milhões (cerca de R$ 520 milhões na cotação da época) em contrato de 10 anos. Com capacidade para 22 mil pessoas, passou a se chamar BMO Stadium.
Autor: ,postado em 27/12/2023
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