Ginástica Artística

O Brasil entrou no mapa da ginástica artística através do solo. Desde a época de Daiane dos Santos e Danielle Hypólito, a seleção brasileira de ginástica tem mostrado excelência no aparelho, não só pela parte acrobática, mas principalmente pelas coreografias, indo do Brasileirinho ao Baile de Favela. E no início desta temporada olímpica, a seleção brasileira tem mostrado porque o lado artístico da ginástica pode ajudar o Brasil a conquistar uma medalha inédita em Paris-2024.
Após cada ano olímpico, a Federação Internacional de Ginástica (FIG) altera o seu código de pontuação, desafiando atletas e treinadores a se adaptarem às novidades. Para o código 2022-2024, a grande novidade foi um aumento do rigor para itens artísticos da série, com os árbitros agora preenchendo uma planilha que pode descontar mais de um ponto na nota de execução das ginastas na trave e no solo. Esses itens incluem coreografias criativas, o uso de todas as partes do corpo (não vale apenas mexer os braços), entre outros pontos. E continuando com sua tradição na modalidade, o Brasil tem se mantido como uma referência em artístico no mundo.
Já no Mundial de 2022, o Brasil foi o time que menos sofreu descontos na qualificação do solo, com Flávia Saraiva, Rebeca Andrade e Julia Soares terminando entre as oito atletas com menos descontos de artístico. Já em 2023, o Brasil conseguiu uma inédita medalha de prata na final por equipes. Na ocasião, o trio brasileiro foi o mais artístico no solo e o segundo na trave, ficando atrás apenas da Holanda.
Rainhas do solo
As primeiras medalhas do Brasil em Campeonatos Mundiais vieram no solo, com a prata de Daniele Hypólito em 2001 e o ouro de Daiane dos Santos em 2003. Desde então, a seleção brasileira tem apresentado coreografias memoráveis, que entram para a história da ginástica artística. Após o título mundial, Daiane trouxe brasilidade com “Sandália de Prata”, de Ary Barroso e o seu inesquecível “Brasileirinho”, que fez sucesso nos Jogos Olímpicos Atenas-2004 e Pequim-2008.
Criador da série do Brasileirinho, Rhony Ferreira segue até hoje como coreógrafo da seleção brasileira, tendo montado outras séries marcantes como o “Baile de Favela” que Rebeca Andrade apresentou nos Jogos Olímpicos de Tóquio, trazendo a primeira medalha olímpica do Brasil na ginástica artística feminina. E foi ele o responsável por montar as séries que as brasileiras vão apresentar em Paris.
Autor: ,postado em 02/04/2024
Comentários
Não há comentários para essa notícia