Dai-nos a graça divina

Tradição mantida há mais de dois séculos, a Lavagem do Bonfim foi marcada ontem pela fé de milhares de baianos e turistas, que ocuparam cada metro quadrado das ruas da Cidade Baixa. A festa teve início por volta das 8 horas com a realização de um ato ecumênico em frente à Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio, com a participação de representantes de diferentes religiões que emitiram uma mensagem de paz para todos os
presentes. Durante a celebração da cerimônia, de mãos dadas, baianos e turistas cantaram e oraram em pedido de paz.
Por volta das 9h30, foi cantado o Hino do Senhor do Bonfim, regido pelo maestro David Alves Tourinho, dando início ao cortejo que saiu da igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia em direção ao alto da Colina Sagrada, no Bonfim. Os devotos percorreram o tradicional trajeto de oito quilômetros, muitos deles vestidos de branco, acompanhando cerca de 300 baianas e várias entidades e grupos políticos.
Iniciada a festa, bandas de percussão, baianas e filhos de Gandhy eram vistos por todo o trajeto, animando ainda mais os que foram pedir a bênção ao Senhor do Bonfim, que no candomblé é representado por Oxalá.
Durante a cerimônia, o padre Valson Santes, vigário da Igreja da Conceição da Praia, ressaltou que a festa era um dia de felicidade na Bahia e um momento para acolher a todos, se referindo ao encontro dos representantes de várias religiões.
“A lavagem é uma festa de fé que ultrapassa os limites das religiões. É um momento único, de alegria, fé, amor e devoção. Deus se une neste momento e abençoa a todos os presentes, independente de religião”, ressaltou.
Representando a Federação Espírita da Bahia, Marcel Mariano, presente na cerimônia, lembrou a tragédia do terremoto no Haiti, que completou ontem dois anos.
Como dizem que quem tem fé vai a pé, foi o que fez a cabeleireira Ana Maria Nascimento, 35 anos, que levou a pequena Cecília, de um ano e oito meses, vestida de baiana para a festa. “Devido ao problema de saúde na minha gravidez, fiz uma promessa ao Senhor do Bonfim.
Se minha filha viesse ao mundo com saúde, levaria ela todos os anos para a festa. Apesar de não entender o significado da festa, ela está muito feliz. Recebi a graça, agora estou aqui pagando minha promessa”, disse.
Emocionada, presente em frente à Igreja de Nossa Senhora da Conceição, a aposentada Neuza Moreira, 81 anos, informou que há 30 anos participa da festa. “Com a fé que tenho no Senhor do Bonfim, pretendo participar ainda durante muitos anos. Estou aqui agradecendo e pedindo bênção e paz para baianos e turistas. Estar aqui neste momento é uma emoção que não sei explicar”, concluiu.
Enquanto algumas pessoas se divertiam, outras aproveitaram o momento para ganhar dinheiro. Foi o que fez o vendedor ambulante Firmino Cardoso, 53 anos, que esbanjava alegria e simpatia enquanto atendia as pessoas que a todo momento chegavam ao lado de seu isopor para comprar bebidas.
“A festa é única no Brasil. È o momento em que milhares de pessoas se juntam para celebrar e agradecer ao Senhor do Bonfim as graças alcançadas. Aproveito este momento para ganhar dinheiro”, disse.
A lavagem, que teve início em 1754, é marcada pela forte presença do sincretismo religioso entre o catolicismo e o candomblé. Devotos do Senhor do Bonfim se reúnem para festejar, prestar homenagens e pagar promessas. Além do contexto religioso, a Lavagem do Bonfim também é caracterizada pela grande festa que acompanha todo o trajeto de fé.
Publicada: 13/01/2012 00:22| Atualizada: 12/01/2012 23:11
presentes. Durante a celebração da cerimônia, de mãos dadas, baianos e turistas cantaram e oraram em pedido de paz.
Por volta das 9h30, foi cantado o Hino do Senhor do Bonfim, regido pelo maestro David Alves Tourinho, dando início ao cortejo que saiu da igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia em direção ao alto da Colina Sagrada, no Bonfim. Os devotos percorreram o tradicional trajeto de oito quilômetros, muitos deles vestidos de branco, acompanhando cerca de 300 baianas e várias entidades e grupos políticos.
Iniciada a festa, bandas de percussão, baianas e filhos de Gandhy eram vistos por todo o trajeto, animando ainda mais os que foram pedir a bênção ao Senhor do Bonfim, que no candomblé é representado por Oxalá.
Durante a cerimônia, o padre Valson Santes, vigário da Igreja da Conceição da Praia, ressaltou que a festa era um dia de felicidade na Bahia e um momento para acolher a todos, se referindo ao encontro dos representantes de várias religiões.
“A lavagem é uma festa de fé que ultrapassa os limites das religiões. É um momento único, de alegria, fé, amor e devoção. Deus se une neste momento e abençoa a todos os presentes, independente de religião”, ressaltou.
“A lavagem é uma festa de fé que ultrapassa os limites das religiões. É um momento único, de alegria, fé, amor e devoção. Deus se une neste momento e abençoa a todos os presentes, independente de religião”, ressaltou.
Representando a Federação Espírita da Bahia, Marcel Mariano, presente na cerimônia, lembrou a tragédia do terremoto no Haiti, que completou ontem dois anos.
Como dizem que quem tem fé vai a pé, foi o que fez a cabeleireira Ana Maria Nascimento, 35 anos, que levou a pequena Cecília, de um ano e oito meses, vestida de baiana para a festa. “Devido ao problema de saúde na minha gravidez, fiz uma promessa ao Senhor do Bonfim.
Se minha filha viesse ao mundo com saúde, levaria ela todos os anos para a festa. Apesar de não entender o significado da festa, ela está muito feliz. Recebi a graça, agora estou aqui pagando minha promessa”, disse.
Se minha filha viesse ao mundo com saúde, levaria ela todos os anos para a festa. Apesar de não entender o significado da festa, ela está muito feliz. Recebi a graça, agora estou aqui pagando minha promessa”, disse.
Emocionada, presente em frente à Igreja de Nossa Senhora da Conceição, a aposentada Neuza Moreira, 81 anos, informou que há 30 anos participa da festa. “Com a fé que tenho no Senhor do Bonfim, pretendo participar ainda durante muitos anos. Estou aqui agradecendo e pedindo bênção e paz para baianos e turistas. Estar aqui neste momento é uma emoção que não sei explicar”, concluiu.
Enquanto algumas pessoas se divertiam, outras aproveitaram o momento para ganhar dinheiro. Foi o que fez o vendedor ambulante Firmino Cardoso, 53 anos, que esbanjava alegria e simpatia enquanto atendia as pessoas que a todo momento chegavam ao lado de seu isopor para comprar bebidas.
“A festa é única no Brasil. È o momento em que milhares de pessoas se juntam para celebrar e agradecer ao Senhor do Bonfim as graças alcançadas. Aproveito este momento para ganhar dinheiro”, disse.
“A festa é única no Brasil. È o momento em que milhares de pessoas se juntam para celebrar e agradecer ao Senhor do Bonfim as graças alcançadas. Aproveito este momento para ganhar dinheiro”, disse.
A lavagem, que teve início em 1754, é marcada pela forte presença do sincretismo religioso entre o catolicismo e o candomblé. Devotos do Senhor do Bonfim se reúnem para festejar, prestar homenagens e pagar promessas. Além do contexto religioso, a Lavagem do Bonfim também é caracterizada pela grande festa que acompanha todo o trajeto de fé.
Autor: ,postado em 13/01/2012
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