Isaquias e Erlon lutam, mas ficam fora do pódio do C2 1000m no Mundial de Racic
Isaquias Queiroz entrou na raia de Racice pela última vez neste domingo. Depois de conquistar o bronze no C1 1000m no sábado, o canoísta se juntou a Erlon Souza para tentar mais um pódio, só que no C2 1000m. No entanto, a dupla, vice-campeã olímpica na Rio 2016, não conseguiu defender o título do Mundial de 2015 e acabou a prova fora do pódio, na quarta colocação, apesar da luta. Mesmo sem os campeões olímpicos Sebastian Brendel e Jan Vandrey, a Alemanha ficou com o ouro, consolidando ainda mais seu status de maior potência da canoagem.
Yul Oeltze e Peter Kretschmer completaram a prova em 3m31s613. Os talentosos cubanos Serguey Madrigal e Fernando Enriquez ficaram com a prata, 0s342 atrás dos campeões. A Rússia completou o pódio com Viktor Melantev e Vladislav Chebotar, 1s150 atrás dos alemães.
Isaquias e Erlon tentaram uma estratégia diferente da final da Olimpíada do Rio de Janeiro, quando a dupla liderou a prova, mas foi ultrapassada pelos alemães no fim. Em Racice, no norte da República Tcheca, os brasileiros tentaram guardar energias para o final, mas a reação não veio a tempo para garantir uma vaga no pódio. A sensação é um misto de decepção e contentamento. Afinal, foi um ano diferente para os brasileiros, já que o técnico Jesús Morlán, que passou por uma cirurgia para retirada de um tumor no cérebro no fim de 2016, se ausentou por algum tempo para iniciar seu tratamento e encarar as sessões de quimioterapia. Um dos principais pontos positivos foi a liberação dos médicos para que o comandante pudesse viajar para a Europa.
- Evitamos de sair na frente, mas baixamos o ritmo muito antes. É um pouco decepcionante por termos ficado em quarto, tão perto do bronze. Mas estamos felizes com o resultado porque nem treinamos muito. Esse primeiro ano do ciclo acabou não sendo tão forte de treinamento até por conta da condição do Jesús (Morlán, técnico). A prova estava forte demais - disse Isaquias.
Em Racice, a expectativa do Brasil era de alcançar mais pódios, pelo menos na prova de dupla de Erlon e Isaquias. Contudo, a avaliação é boa, considerando que se trata do primeiro ano do ciclo olímpico. Até Tóquio 2020, o país deve ganhar mais maturidade e crescer no cenário internacional. A delegação da canoagem velocidade fechou a competição apenas com o bronze de Isaquias.
O país ainda teve mais duas chances de pódio neste domingo, mas Valdenice Conceição largou mal nos C1 200m e ficou na sexta posição. Erlon voltou à raia de Racice para o C2 200m ao lado de Maico dos Santos, mas a dupla também falhou na largada e acabou na oitava colocação. O garoto de 22 anos, aliás, é uma joia que será trabalhada. Foi apenas seu primeiro Mundial adulto. No ano que vem, de acordo com o planejamento de Jesús Morlán, Isaquias deve remar apenas as provas individuais, e Erlon deve fazer as provas em dupla com o calouro.
Valdenice disputou uma prova que recentemente entrou para o programa olímpico e vai estar nos Jogos de Tóquio 2020. Por isso, a baiana aprovou o desempenho em Racice, apesar de não ter sido seu melhor Mundial - ela foi bronze em Moscou 2014. O ouro foi para a canadense Laurence Vincent-Lapointe. A russa Olesia Romasenko ficou com a prata, e a húngara Kincso Takacs completou o pódio. A baiana de Itacaré tem também um bronze no Pan de Toronto no currículo.
- O erro nos 200m é fatal. Se você erra na largada, consegue buscar alguns adversários, mas não quem está muito na frente. Foi mais de concentração e ansiedade. Acelerei a largada. Dei meu máximo e estou contente. Eu acho que é um começo bom de ciclo, vou trabalhar o que puder consertar para ano que vem subir ao pódio - disse Valdenice.
Erlon e Maico, dupla que foi formada neste ano, tinha a expectativa de brigar pelo pódio. Assim como Valdenice, a falha na largada acabou com as chances dos brasileiros, que acabaram na oitava posição. O título foi para os russos Alexander Kovalenko e Ivan Shtyl, que foram seguidos pelos poloneses Arsen Sliwinski e Michal Lubniewski e pelos húngaros Jonatán Hajdu e Adam Fekete.
- Não tivemos uma largada boa. Os 200m não permitem muito erro. Nos 1000m, com Isaquias, treinamos pouco e ficamos em quarto. Agora estamos chegando a finais, mas sempre queremos mais. Eu acredito que o trabalho que está sendo feito está excelente. Para chegar a uma final, precisamos treinar muito. Conquistar um quarto lugar não é pouca coisa. Eu vinha de uma medalha, por isso estou muito triste. Mas fiquei satisfeito com a prova que fizemos, e ano que vem vamos estar melhores - disse o vice-campeão olímpico.
Medalhas na paracanoagem
Na paracanoagem, o Brasil conquistou quatro pódios em Racice: um ouro e um bronze de Luis Carlos Cardoso; e duas pratas de Caio Ribeiro. O desempenho também não superou a campanha do Mundial de 2015, quando o país faturou três ouros (todos com Luis Carlos Cardoso) e quatro bronzes. Por outro lado, a equipe paralímpica de canoagem cresceu em relação à Paralimpíada do Rio, quando apenas Caio Ribeiro levou um bronze. O país ficou atrás apenas da Grã-Bretanha, a maior potência dessa modalidade, na corrida do Mundial de Racice.
Isaquias Queiroz entrou na raia de Racice pela última vez neste domingo. Depois de conquistar o bronze no C1 1000m no sábado, o canoísta se juntou a Erlon Souza para tentar mais um pódio, só que no C2 1000m. No entanto, a dupla, vice-campeã olímpica na Rio 2016, não conseguiu defender o título do Mundial de 2015 e acabou a prova fora do pódio, na quarta colocação, apesar da luta. Mesmo sem os campeões olímpicos Sebastian Brendel e Jan Vandrey, a Alemanha ficou com o ouro, consolidando ainda mais seu status de maior potência da canoagem.
Yul Oeltze e Peter Kretschmer completaram a prova em 3m31s613. Os talentosos cubanos Serguey Madrigal e Fernando Enriquez ficaram com a prata, 0s342 atrás dos campeões. A Rússia completou o pódio com Viktor Melantev e Vladislav Chebotar, 1s150 atrás dos alemães.
Isaquias e Erlon tentaram uma estratégia diferente da final da Olimpíada do Rio de Janeiro, quando a dupla liderou a prova, mas foi ultrapassada pelos alemães no fim. Em Racice, no norte da República Tcheca, os brasileiros tentaram guardar energias para o final, mas a reação não veio a tempo para garantir uma vaga no pódio. A sensação é um misto de decepção e contentamento. Afinal, foi um ano diferente para os brasileiros, já que o técnico Jesús Morlán, que passou por uma cirurgia para retirada de um tumor no cérebro no fim de 2016, se ausentou por algum tempo para iniciar seu tratamento e encarar as sessões de quimioterapia. Um dos principais pontos positivos foi a liberação dos médicos para que o comandante pudesse viajar para a Europa.
- Evitamos de sair na frente, mas baixamos o ritmo muito antes. É um pouco decepcionante por termos ficado em quarto, tão perto do bronze. Mas estamos felizes com o resultado porque nem treinamos muito. Esse primeiro ano do ciclo acabou não sendo tão forte de treinamento até por conta da condição do Jesús (Morlán, técnico). A prova estava forte demais - disse Isaquias.
Em Racice, a expectativa do Brasil era de alcançar mais pódios, pelo menos na prova de dupla de Erlon e Isaquias. Contudo, a avaliação é boa, considerando que se trata do primeiro ano do ciclo olímpico. Até Tóquio 2020, o país deve ganhar mais maturidade e crescer no cenário internacional. A delegação da canoagem velocidade fechou a competição apenas com o bronze de Isaquias.
O país ainda teve mais duas chances de pódio neste domingo, mas Valdenice Conceição largou mal nos C1 200m e ficou na sexta posição. Erlon voltou à raia de Racice para o C2 200m ao lado de Maico dos Santos, mas a dupla também falhou na largada e acabou na oitava colocação. O garoto de 22 anos, aliás, é uma joia que será trabalhada. Foi apenas seu primeiro Mundial adulto. No ano que vem, de acordo com o planejamento de Jesús Morlán, Isaquias deve remar apenas as provas individuais, e Erlon deve fazer as provas em dupla com o calouro.
Valdenice disputou uma prova que recentemente entrou para o programa olímpico e vai estar nos Jogos de Tóquio 2020. Por isso, a baiana aprovou o desempenho em Racice, apesar de não ter sido seu melhor Mundial - ela foi bronze em Moscou 2014. O ouro foi para a canadense Laurence Vincent-Lapointe. A russa Olesia Romasenko ficou com a prata, e a húngara Kincso Takacs completou o pódio. A baiana de Itacaré tem também um bronze no Pan de Toronto no currículo.
- O erro nos 200m é fatal. Se você erra na largada, consegue buscar alguns adversários, mas não quem está muito na frente. Foi mais de concentração e ansiedade. Acelerei a largada. Dei meu máximo e estou contente. Eu acho que é um começo bom de ciclo, vou trabalhar o que puder consertar para ano que vem subir ao pódio - disse Valdenice.
Erlon e Maico, dupla que foi formada neste ano, tinha a expectativa de brigar pelo pódio. Assim como Valdenice, a falha na largada acabou com as chances dos brasileiros, que acabaram na oitava posição. O título foi para os russos Alexander Kovalenko e Ivan Shtyl, que foram seguidos pelos poloneses Arsen Sliwinski e Michal Lubniewski e pelos húngaros Jonatán Hajdu e Adam Fekete.
- Não tivemos uma largada boa. Os 200m não permitem muito erro. Nos 1000m, com Isaquias, treinamos pouco e ficamos em quarto. Agora estamos chegando a finais, mas sempre queremos mais. Eu acredito que o trabalho que está sendo feito está excelente. Para chegar a uma final, precisamos treinar muito. Conquistar um quarto lugar não é pouca coisa. Eu vinha de uma medalha, por isso estou muito triste. Mas fiquei satisfeito com a prova que fizemos, e ano que vem vamos estar melhores - disse o vice-campeão olímpico.
Medalhas na paracanoagem
Na paracanoagem, o Brasil conquistou quatro pódios em Racice: um ouro e um bronze de Luis Carlos Cardoso; e duas pratas de Caio Ribeiro. O desempenho também não superou a campanha do Mundial de 2015, quando o país faturou três ouros (todos com Luis Carlos Cardoso) e quatro bronzes. Por outro lado, a equipe paralímpica de canoagem cresceu em relação à Paralimpíada do Rio, quando apenas Caio Ribeiro levou um bronze. O país ficou atrás apenas da Grã-Bretanha, a maior potência dessa modalidade, na corrida do Mundial de Racice.
Autor: ,postado em 23/08/2017
Comentários
Não há comentários para essa notícia