“Bora Bahêa minha p...”: Bellintani comemora goleada nas urnas
Guilherme Bellintani não parecia o homem sereno que normalmente tem fala mansa. Agitado, corria de um lado para o outro. De sorriso estampado, agia como se comemorasse um gol. A cada nova oportunidade, gritava “Bora Bahêa minha p...”. O mantra da torcida é como um grito de guerra, serve de incentivo e até saudação. E na noite deste sábado, a expressão representou celebração. Com mais de 80% dos votos válidos, Bellintani foi eleito presidente do Bahia para o triênio 2018-2020. Uma goleada nas urnas que marca o início do terceiro mandatário tricolor eleito por meio do voto direto.
A comemoração veio muito antes do resultado oficial. Cerca de uma hora antes do fim da apuração das urnas eletrônicas, membros de chapas, opositores e aliados já saudavam o novo presidente. Bellintani, ainda com postura tímida, entrou na sala de contagem de votos e, vinte minutos depois, saiu transformado. Gritou, carregou e abraçou amigos, foi carregado, concedeu entrevistas, correu em direção à torcida e se jogou na massa de tricolores que aguardavam pelo resultado oficial.
A festa foi seguida por formalidades. Entrevistas coletivas para TVs, rádios, sites e jornais. As primeiras respostas como presidente tricolor incluíram a escolha de novos diretores, contratações de reforços e a responsabilidade de ter recebido ampla maioria de votos. Depois, foi até o palco, discursou para o torcedor e não monopolizou as atenções. Dividiu os méritos do triunfo nas urnas com o amigo Carlos Rátis, interventor que assumiu o clube em 2013. Também elogiou Marcelo Sant’Ana e Pedro Henriques, que dirigiram o clube no último triênio, além de Sidônio Palmeira, que exerceu o papel de assessor especial da presidência na gestão de Fernando Schmidt.
- A democracia é a estrela da reconstrução do nosso clube – discursou o novo presidente tricolor, enquanto era ovacionado pelos torcedores.
Quando tudo parecia ter chegado ao fim, uma movimentação chamou a atenção de torcedores e jornalistas. Bellintani ultrapassou a barreira móvel disposta para evitar o acesso às arquibancadas, desceu até o gramado da Fonte Nova e, no meio da chuva, falou ao telefone. Um breve momento de privacidade para o homem que estará nos holofotes tricolores a partir deste sábado.
Abílio Freire – Chapa Mais Um, Bahêa: 9,24% (411 votos)
Fernando Jorge Carneiro – Chapa Voltar a Sorrir: 8,79% (391 votos)
Flávio Alexandre – Chapa Bahia Campeão dos Campeões: 0,49% (22 votos)
Guilherme Bellintani – Chapa Bahia 3.1: 81,45% (3.617 votos)
Número total de votos: 4.463. Brancos: 4. Nulos: 18.
Resultado da eleição para o Conselho Deliberativo do Bahia:
Revolução Tricolor - 42
Independente Tricolor - 12
Simplesmente Bahia - 11
100% Bahêa - 7
Mais um, Baêa! (MUB!) - 7
Voz do Campeão e +Bahia - 7
Nova Ordem Tricolor - 6
Bahia Clube do Povo - 5
Sou Bahia - 3
Confira abaixo os temas aborados na primeira coletiva de Guilherme Bellintani como presidente do Bahia
Significado
- No olhar para trás, significa duas coisas: que o projeto que a gente representa é um projeto aprovado pela torcida. Acho que, sobretudo, Marcelo Sant’Ana e Pedro Henriques podem se orgulhar muito desses 82%. Grande parte do que a gente conquistou hoje é fruto do trabalho deles. Essa é uma coisa. Uma outra coisa, ainda olhando para trás, é que o processo foi construído de forma muito coletiva. Nós conversamos ao extremo desde o primeiro momento, quando havia mais de um candidato disposto a representar essa sequência do projeto. Conversamos, conversamos, conversamos, e o resultado foi esse. O projeto é coletivo, não é de uma pessoa apenas. É apenas personificado em nós. No olhar pra frente, significa mais responsabilidade. Ter 82% de aprovação e de votos, significa uma responsabilidade muito maior. Sem dúvida o meu sono vai ser mais intranquilo ou sequer vai ser vai ser tão completo, como estava nos últimos dias, meses e anos. Significa, sobretudo, menos sono. Acho que essa é a grande repercussão dos 82%.
Contratações
- Uma coisa que marcou o Bahia nos últimos três anos, e a gente entende como acerto, é não tomar nenhuma decisão rápida simplesmente para dar resposta a ninguém. O Bahia segue com o processo de decisões cautelosas e cuidadosas, sempre muito discutidas, e não vai ser, de certa forma, uma temperatura do desejo das pessoas que vai tronar a nossa negociação com o jogador A ou o jogador B mais rápida ou mais lenta. A gente precisa negociar na velocidade adequada para que seja a melhor negociação para o clube. E a gente vai seguir nessa linha.
Saída de Marcelo Barros
- Infelizmente, de fato, essa notícia é verdade. A gente perde Marcelo Barros, que vai fazer doutorado no exterior. Já projetou isso para a sua vida pessoal. Apesar de termos o maior alinhamento, a maior convergência com ele, é preciso compreender as etapas de cada um, sobretudo as etapas profissionais. Eu diria que, sobretudo, o que a gente pensa para os próximos três anos, é a montagem de estruturação de uma equipe que seja menos focada em indivíduos e mais focadas em processos e em grupos, do que propriamente em indivíduos. Não espere, na gestão de Guilherme Bellintani e Vitor Ferraz, nomes que representem um segmento do clube. O que podem esperar são grupos de pessoas responsáveis que não serão nunca insubstituíveis. Eu digo sempre que a gente não pode e não deve trabalhar com pessoas insubstituíveis. Infelizmente a gente perder Marcelo Barros, é uma perda grande para todos nós. Mas o que a gente vê daqui para frente é um Bahia que vai ser organizar em um processo mais coletivo, espalhando, desmembrando a responsabilidades sempre em mais de uma pessoa. Não esperarem diretores superpoderosos em nossa gestão.
Guilherme Bellintani não parecia o homem sereno que normalmente tem fala mansa. Agitado, corria de um lado para o outro. De sorriso estampado, agia como se comemorasse um gol. A cada nova oportunidade, gritava “Bora Bahêa minha p...”. O mantra da torcida é como um grito de guerra, serve de incentivo e até saudação. E na noite deste sábado, a expressão representou celebração. Com mais de 80% dos votos válidos, Bellintani foi eleito presidente do Bahia para o triênio 2018-2020. Uma goleada nas urnas que marca o início do terceiro mandatário tricolor eleito por meio do voto direto.
A comemoração veio muito antes do resultado oficial. Cerca de uma hora antes do fim da apuração das urnas eletrônicas, membros de chapas, opositores e aliados já saudavam o novo presidente. Bellintani, ainda com postura tímida, entrou na sala de contagem de votos e, vinte minutos depois, saiu transformado. Gritou, carregou e abraçou amigos, foi carregado, concedeu entrevistas, correu em direção à torcida e se jogou na massa de tricolores que aguardavam pelo resultado oficial.
A festa foi seguida por formalidades. Entrevistas coletivas para TVs, rádios, sites e jornais. As primeiras respostas como presidente tricolor incluíram a escolha de novos diretores, contratações de reforços e a responsabilidade de ter recebido ampla maioria de votos. Depois, foi até o palco, discursou para o torcedor e não monopolizou as atenções. Dividiu os méritos do triunfo nas urnas com o amigo Carlos Rátis, interventor que assumiu o clube em 2013. Também elogiou Marcelo Sant’Ana e Pedro Henriques, que dirigiram o clube no último triênio, além de Sidônio Palmeira, que exerceu o papel de assessor especial da presidência na gestão de Fernando Schmidt.
- A democracia é a estrela da reconstrução do nosso clube – discursou o novo presidente tricolor, enquanto era ovacionado pelos torcedores.
Quando tudo parecia ter chegado ao fim, uma movimentação chamou a atenção de torcedores e jornalistas. Bellintani ultrapassou a barreira móvel disposta para evitar o acesso às arquibancadas, desceu até o gramado da Fonte Nova e, no meio da chuva, falou ao telefone. Um breve momento de privacidade para o homem que estará nos holofotes tricolores a partir deste sábado.
Abílio Freire – Chapa Mais Um, Bahêa: 9,24% (411 votos)
Fernando Jorge Carneiro – Chapa Voltar a Sorrir: 8,79% (391 votos)
Flávio Alexandre – Chapa Bahia Campeão dos Campeões: 0,49% (22 votos)
Guilherme Bellintani – Chapa Bahia 3.1: 81,45% (3.617 votos)
Número total de votos: 4.463. Brancos: 4. Nulos: 18.
Resultado da eleição para o Conselho Deliberativo do Bahia:
Revolução Tricolor - 42
Independente Tricolor - 12
Simplesmente Bahia - 11
100% Bahêa - 7
Mais um, Baêa! (MUB!) - 7
Voz do Campeão e +Bahia - 7
Nova Ordem Tricolor - 6
Bahia Clube do Povo - 5
Sou Bahia - 3
Confira abaixo os temas aborados na primeira coletiva de Guilherme Bellintani como presidente do Bahia
Significado
- No olhar para trás, significa duas coisas: que o projeto que a gente representa é um projeto aprovado pela torcida. Acho que, sobretudo, Marcelo Sant’Ana e Pedro Henriques podem se orgulhar muito desses 82%. Grande parte do que a gente conquistou hoje é fruto do trabalho deles. Essa é uma coisa. Uma outra coisa, ainda olhando para trás, é que o processo foi construído de forma muito coletiva. Nós conversamos ao extremo desde o primeiro momento, quando havia mais de um candidato disposto a representar essa sequência do projeto. Conversamos, conversamos, conversamos, e o resultado foi esse. O projeto é coletivo, não é de uma pessoa apenas. É apenas personificado em nós. No olhar pra frente, significa mais responsabilidade. Ter 82% de aprovação e de votos, significa uma responsabilidade muito maior. Sem dúvida o meu sono vai ser mais intranquilo ou sequer vai ser vai ser tão completo, como estava nos últimos dias, meses e anos. Significa, sobretudo, menos sono. Acho que essa é a grande repercussão dos 82%.
Contratações
- Uma coisa que marcou o Bahia nos últimos três anos, e a gente entende como acerto, é não tomar nenhuma decisão rápida simplesmente para dar resposta a ninguém. O Bahia segue com o processo de decisões cautelosas e cuidadosas, sempre muito discutidas, e não vai ser, de certa forma, uma temperatura do desejo das pessoas que vai tronar a nossa negociação com o jogador A ou o jogador B mais rápida ou mais lenta. A gente precisa negociar na velocidade adequada para que seja a melhor negociação para o clube. E a gente vai seguir nessa linha.
Saída de Marcelo Barros
- Infelizmente, de fato, essa notícia é verdade. A gente perde Marcelo Barros, que vai fazer doutorado no exterior. Já projetou isso para a sua vida pessoal. Apesar de termos o maior alinhamento, a maior convergência com ele, é preciso compreender as etapas de cada um, sobretudo as etapas profissionais. Eu diria que, sobretudo, o que a gente pensa para os próximos três anos, é a montagem de estruturação de uma equipe que seja menos focada em indivíduos e mais focadas em processos e em grupos, do que propriamente em indivíduos. Não espere, na gestão de Guilherme Bellintani e Vitor Ferraz, nomes que representem um segmento do clube. O que podem esperar são grupos de pessoas responsáveis que não serão nunca insubstituíveis. Eu digo sempre que a gente não pode e não deve trabalhar com pessoas insubstituíveis. Infelizmente a gente perder Marcelo Barros, é uma perda grande para todos nós. Mas o que a gente vê daqui para frente é um Bahia que vai ser organizar em um processo mais coletivo, espalhando, desmembrando a responsabilidades sempre em mais de uma pessoa. Não esperarem diretores superpoderosos em nossa gestão.
Autor: ,postado em 01/12/2017
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