Jovem baiano encara 12h 2.500km para fazer teste de 30 minutos no futebol de SP
Rivarola coleciona dissabores no futebol. Reprovado em testes no Vitória, no Bahia e no Fluminense de Feira de Santana, teria motivos para esquecer a bola e buscar outras formas de ganhar a vida. Mas, aos 20 anos, desistir não aparece como opção.
Nesta terça-feira, depois de encarar 12h de viagem - foram 2.500km entre ônibus e avião -, o postulante a zagueiro terá mais uma oportunidade para mostrar suas qualidades e convencer técnicos e diretores de que merece um lugar ao sol.
O anseio vai além do amor pelo futebol. Aposta da família, Rivarola vai disputar uma vaga com outros 269 jovens em uma peneira do Comercial Futebol Clube, de Ribeirão Preto, com possibilidades de disputar a quarta divisão do Campeonato Paulista.
Na semana passada, o processo de seleção divulgado na internet chegou ao conhecimento de Rivarola na pequena Santa Bárbara, no interior da Bahia. Para ele, a chance de melhorar a vida da família.
- Enquanto eu puder fazer testes, pretendo seguir tentando. Eu penso na minha família, que não tem condições suficientes para insistir comigo no futebol. Sei que existem muitas dificuldades em uma peneira. São muitos garotos querendo uma chance para melhorar a vida. E a vida é assim. Tudo vem na dificuldades - comentou Rivarola, que saiu às 2h de Santa Bárbara e chegou em Ribeirão Preto por volta das 14h.
Serão 30 minutos em campo para mostrar suas capacidades. De acordo com o técnico da equipe sub-20 do Comercial, Gustavo Marciano, os jogadores serão distribuídos em diversos times, e se enfrentarão, com a possibilidade de serem selecionados para um novo treinamento na quinta-feira.
Dificuldades na Bahia
Com cinco irmãos e o pai desempregado, Rivarola soa como esperança na família Vitória de Jesus. Juarez, o pai, demitido de uma empresa frigorífica há pouco tempo, mantém uma escolinha gratuita de futebol voltada para crianças carentes em Santa Bárbara. Não ganha nada, mas abre portas.
Foi ele, Juarez Vitória de Jesus, que um dia recebeu o ex-atacante Osny, que começou no futebol amador e passou por diversos clubes do país, incluindo o próprio Comercial de Ribeirão. Foi ele, Osny, atualmente gerente de futebol do Bafo, quem fez o convite a Rivarola.
- É uma oportunidade para ele. Um zagueiro de uma boa estatura, com características que se encaixam naquilo que o Comercial está buscando: jovens com potencial. Quanto a passar, vai depender só dele. Ele precisa fazer o que sempre fez nos clubes amadores - comentou Osny, que junto com outros famíliares de Rivarola, bancou a viagem até o interior de São Paulo.
Vida no Comercial
Rivarola não tem ideia de quanto ganha um jogador do Comercial para disputar a quarta divisão do Campeonato Paulista. Para ele, estar em campo como profissional é a oportunidade da vida. As consequências, chances em outros times e divisões, virão naturalmente.
- Eu não sei (quanto ganha). Só quero mostrar meu futebol, estar no meio, jogando. Só penso na minha família. Quero dar algo a mais a eles - resumiu.
Em 2017, o Bafo caiu para a quarta divisão paulista. Sem grandes receitas, o clube decidiu apostar nas chamadas peneiras a fim de garimpar jovens talentos que buscam uma oportunidade no futebol.
A diretoria anunciou o processo de seleção e, em menos de 24h, com quase 300 interessados, tiveram que encerrar as inscrições. Os jogadores serão avaliados a partir desta terça-feira, às 8h30, em uma fazenda da cidade.
Rivarola coleciona dissabores no futebol. Reprovado em testes no Vitória, no Bahia e no Fluminense de Feira de Santana, teria motivos para esquecer a bola e buscar outras formas de ganhar a vida. Mas, aos 20 anos, desistir não aparece como opção.
Nesta terça-feira, depois de encarar 12h de viagem - foram 2.500km entre ônibus e avião -, o postulante a zagueiro terá mais uma oportunidade para mostrar suas qualidades e convencer técnicos e diretores de que merece um lugar ao sol.
O anseio vai além do amor pelo futebol. Aposta da família, Rivarola vai disputar uma vaga com outros 269 jovens em uma peneira do Comercial Futebol Clube, de Ribeirão Preto, com possibilidades de disputar a quarta divisão do Campeonato Paulista.
Na semana passada, o processo de seleção divulgado na internet chegou ao conhecimento de Rivarola na pequena Santa Bárbara, no interior da Bahia. Para ele, a chance de melhorar a vida da família.
- Enquanto eu puder fazer testes, pretendo seguir tentando. Eu penso na minha família, que não tem condições suficientes para insistir comigo no futebol. Sei que existem muitas dificuldades em uma peneira. São muitos garotos querendo uma chance para melhorar a vida. E a vida é assim. Tudo vem na dificuldades - comentou Rivarola, que saiu às 2h de Santa Bárbara e chegou em Ribeirão Preto por volta das 14h.
Serão 30 minutos em campo para mostrar suas capacidades. De acordo com o técnico da equipe sub-20 do Comercial, Gustavo Marciano, os jogadores serão distribuídos em diversos times, e se enfrentarão, com a possibilidade de serem selecionados para um novo treinamento na quinta-feira.
Dificuldades na Bahia
Com cinco irmãos e o pai desempregado, Rivarola soa como esperança na família Vitória de Jesus. Juarez, o pai, demitido de uma empresa frigorífica há pouco tempo, mantém uma escolinha gratuita de futebol voltada para crianças carentes em Santa Bárbara. Não ganha nada, mas abre portas.
Foi ele, Juarez Vitória de Jesus, que um dia recebeu o ex-atacante Osny, que começou no futebol amador e passou por diversos clubes do país, incluindo o próprio Comercial de Ribeirão. Foi ele, Osny, atualmente gerente de futebol do Bafo, quem fez o convite a Rivarola.
- É uma oportunidade para ele. Um zagueiro de uma boa estatura, com características que se encaixam naquilo que o Comercial está buscando: jovens com potencial. Quanto a passar, vai depender só dele. Ele precisa fazer o que sempre fez nos clubes amadores - comentou Osny, que junto com outros famíliares de Rivarola, bancou a viagem até o interior de São Paulo.
Vida no Comercial
Rivarola não tem ideia de quanto ganha um jogador do Comercial para disputar a quarta divisão do Campeonato Paulista. Para ele, estar em campo como profissional é a oportunidade da vida. As consequências, chances em outros times e divisões, virão naturalmente.
- Eu não sei (quanto ganha). Só quero mostrar meu futebol, estar no meio, jogando. Só penso na minha família. Quero dar algo a mais a eles - resumiu.
Em 2017, o Bafo caiu para a quarta divisão paulista. Sem grandes receitas, o clube decidiu apostar nas chamadas peneiras a fim de garimpar jovens talentos que buscam uma oportunidade no futebol.
A diretoria anunciou o processo de seleção e, em menos de 24h, com quase 300 interessados, tiveram que encerrar as inscrições. Os jogadores serão avaliados a partir desta terça-feira, às 8h30, em uma fazenda da cidade.
Autor: ,postado em 12/12/2017
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