Análise: quarteto da Seleção se escala para Copa, mas tem questões a responder
Tite só não confirmou que irá repetir os titulares da vitória por 3 a 0 sobre a Áustria na estreia da Copa do Mundo por respeito à conduta que adota desde sempre na Seleção. Mas o futebol apresentado no último domingo, sensivelmente melhor do que o de uma semana atrás, não deixou dúvidas. Coutinho, Willian, Neymar e Gabriel Jesus iniciarão no dia 17, contra a Suíça.
O técnico brasileiro tem, entre tantos outros, o mérito de não brigar com o que o campo lhe mostra. O quarteto se escalou ao demonstrar prazer de atuar junto. O futebol é feito de associações, encontrar afinidades faz parte e não se pode desprezar as desses quatro talentos.
Mas embora se apresente como a melhor solução para o momento, o quarteto não é garantia de êxito, principalmente quando o Brasil enfrentar adversários de marcação mais adiantada e pesada. A Áustria permitiu espaços à saída de bola pelo chão. Arnautovic, seu pivô, era irrelevante na pressão e deu a Casemiro campo para reger com maestria.
Coutinho, a peça-chave nessa adaptação a uma maneira mais leve de atuar, aparenta cada vez mais intimidade com o novo posicionamento. Partindo do centro do campo, ele se movimentou e não perdeu um de seus grandes trunfos: o movimento de fora para dentro, quando vem costurando, cortando e buscando o chute a gol.
Sua presença permite uma troca de posições constante entre jogadores criativos. Um pode ocupar o espaço do outro. Quando Fernandinho atua por ali, o trio que resta fica muito distante, a bola custa mais a girar entre eles.
Mas o volante do Manchester City será essencial, bem como Renato Augusto, para dar uma robustez – desnecessária diante dos austríacos – quando o jogo exigir.
No último amistoso antes da Copa do Mundo, além do quarteto, Casemiro merece destaque. Ele mantém sua capacidade de ler o que vai acontecer frações de segundo antes dos outros, por isso se antecipa tanto e evita perigos. No primeiro tempo, ele foi deslocado mais para o lado direito em auxílio a Danilo, que sofria com os avanços do bom Alaba.
Esse é Plano C da comissão técnica para o setor: levar Casemiro mais para a direita.
Ter planos e alternativas será necessário num torneio em que o Brasil vai se defrontar com situações tão distintas num curtíssimo intervalo de tempo. O quarteto é uma solução, encantadora, por sinal, mas Tite provavelmente vai precisar usar as alternativas a ele.
Tite só não confirmou que irá repetir os titulares da vitória por 3 a 0 sobre a Áustria na estreia da Copa do Mundo por respeito à conduta que adota desde sempre na Seleção. Mas o futebol apresentado no último domingo, sensivelmente melhor do que o de uma semana atrás, não deixou dúvidas. Coutinho, Willian, Neymar e Gabriel Jesus iniciarão no dia 17, contra a Suíça.
O técnico brasileiro tem, entre tantos outros, o mérito de não brigar com o que o campo lhe mostra. O quarteto se escalou ao demonstrar prazer de atuar junto. O futebol é feito de associações, encontrar afinidades faz parte e não se pode desprezar as desses quatro talentos.
Mas embora se apresente como a melhor solução para o momento, o quarteto não é garantia de êxito, principalmente quando o Brasil enfrentar adversários de marcação mais adiantada e pesada. A Áustria permitiu espaços à saída de bola pelo chão. Arnautovic, seu pivô, era irrelevante na pressão e deu a Casemiro campo para reger com maestria.
Coutinho, a peça-chave nessa adaptação a uma maneira mais leve de atuar, aparenta cada vez mais intimidade com o novo posicionamento. Partindo do centro do campo, ele se movimentou e não perdeu um de seus grandes trunfos: o movimento de fora para dentro, quando vem costurando, cortando e buscando o chute a gol.
Sua presença permite uma troca de posições constante entre jogadores criativos. Um pode ocupar o espaço do outro. Quando Fernandinho atua por ali, o trio que resta fica muito distante, a bola custa mais a girar entre eles.
Mas o volante do Manchester City será essencial, bem como Renato Augusto, para dar uma robustez – desnecessária diante dos austríacos – quando o jogo exigir.
No último amistoso antes da Copa do Mundo, além do quarteto, Casemiro merece destaque. Ele mantém sua capacidade de ler o que vai acontecer frações de segundo antes dos outros, por isso se antecipa tanto e evita perigos. No primeiro tempo, ele foi deslocado mais para o lado direito em auxílio a Danilo, que sofria com os avanços do bom Alaba.
Esse é Plano C da comissão técnica para o setor: levar Casemiro mais para a direita.
Ter planos e alternativas será necessário num torneio em que o Brasil vai se defrontar com situações tão distintas num curtíssimo intervalo de tempo. O quarteto é uma solução, encantadora, por sinal, mas Tite provavelmente vai precisar usar as alternativas a ele.
Autor: ,postado em 01/06/2018
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