Paratleta baiano Renê Pereira faz campanha na internet
Paratleta baiano Renê Pereira faz campanha na internet
para melhorar estrutura de treino após a Rio 2016
Em período de Jogos Olímpicos, as dificuldades diárias enfrentadas pelos atletas brasileiros se tornam ainda mais evidentes. Com o paratleta baiano Renê Pereira, do remo adaptado, não é diferente. Prestes a representar o Brasil nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, ele já está preocupado com o que será após a disputa dos jogos. Sem uma estrutura adequada de treino, Renê Pereira está fazendo uma campanha na internet com o objetivo de arrecadar fundos para montagem de um centro de treinamento no Parque de Pituaçu, em Salvador, Bahia. Qualquer pessoa pode colaborar.
“Recebi várias respostas positivas de ajuda do poder público e privado. E todas essas respostas era pra que essa estrutura fosse montada para que me ajudasse na preparação para os jogos do Rio de Janeiro. Mas, estamos na boca da disputa e nada aconteceu. Então, resolvi fazer uma pesquisa de valores no mercado e pedir a ajuda de todos para que o sonho de representar o Brasil não se acabe após a Rio 2016”, destacou o atleta que tenta arrecadar R$ 40 mil até o final de setembro.
Diariamente, Renê Pereira treina em horários e condições limitadas na praia da Ribeira, na capital baiana. “Precisa sempre ser muito cedo, quase de madrugada. Porque ali na Ribeira tem muitas embarcações que começam a ser ligadas perto das 7h. Com isso, o mar fica revolto e isso dificulta meu treinamento em grandes proporções. Além disso, divido espaço na água com a poluição. Enquanto estou treinando, esbarro em geladeiras, ventiladores, televisões. É um risco muito grande pra mim”, explica Renê, que em 2015 teve seu barco virado e o resultado do acidente foi uma fratura na costela. Por pouco, ele não participou do mundial em que se classificou para a Rio 2016.
“Hoje, meu objetivo é arrecadar esse dinheiro para adquirir um container de 20 pés (para armazenar o barco de remo e materiais afins), uma lancha de alumínio com motor de 15 HP (uso do técnico nos treinos) e um pier de madeira. Isso será no Parque de Pituaçu, lugar adequado para treinamentos de um esporte como o remo”, pontuou. Às vésperas das Paralimpíadas, Renê precisou viajar para treinar e fazer regulagem do barco de competição em Florianópolis-SC.
“É muito triste ter que sair de perto da minha família. Ter que sair do meu Estado para me preparar melhor. Penso que juntos podemos construir essa estrutura que servirá não só pra mim. Vai ficar aí para as próximas gerações. Temos muitos talentos vindo por aí, mas todos precisam de o mínimo de estrutura para se manter em nível de competitividade”, ressaltou antes de falar da satisfação de representar a nação. “É um orgulho muito grande representar nosso povo. Tenho 35 anos e me sinto muito preparado para continuar representando minha terra, meu país e meu povo”, concluiu o atleta natural de Itapetinga-BA.
Autor: ,postado em 18/08/2016
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