Roda de diálogo discute questões de gênero e envelhecimento
Um encontro para discutir os desafios e pensar em ações e projetos de intervenção para os públicos assistidos direta e indiretamente por projetos de esporte e lazer que recebem o apoio financeiro e a supervisão da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). Esses foram os objetivos da roda de conversa realizada na manhã desta sexta (19) pela Sudesb e pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM/BA) que reuniu assistentes sociais e gestores que atuam nos projetos.
O evento contou com a participação da professora, pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher e assessora de planejamento da SPM/BA, Eulália Azevedo, que abriu o espaço para conversar sobre questões de gênero, com foco no público feminino, e em como auxiliar melhor ao público mais velho, desconstruindo estereótipos e identificando situações para trabalhá-las de maneira mais adequada.
Hoje, nove dos 20 projetos que recebem o apoio da Sudesb atendem a adultos e idosos (somados, chegam a quase 2 mil pessoas assistidas). Todos estão localizados em áreas de alta vulnerabilidade social de Salvador (oito) e de Dias D’Ávila (um), cuja demanda por uma atividade de esporte e/ou lazer é grande. Nesses projetos, as mulheres são a maioria (cerca de 90%) e muitas delas chegaram lá com problemas de saúde como hipertensão, colesterol alto, sedentarismo, depressão e dores no corpo.
Ciente dessas especificidades, a professora aproveitou para ouvir um pouco os relatos das assistentes e tirar as dúvidas delas no que diz respeito às abordagens. “É preciso partir do princípio de que a velhice é plural: gênero, raça, classe social, etc., ou seja, a diversidade é enorme, mas ainda hoje ela (velhice) é tratada de maneira uniformizada. Muitos ainda acham que velho tem que ficar em casa, que tem que ser tratado como criança, que não tem poder de decisão, entre outros. É da nossa natureza envelhecer, mas não de forma igual. É preciso tratar cada caso de forma única e não de forma homogênea”, explicou Eulália.
De acordo com a assistente técnica da Sudesb, Arielma Galvão, a ideia é que a partir desse diálogo, as assistentes sociais comecem um trabalho de agentes multiplicadoras nas comunidades onde atuam. Além do encontro com as profissionais, a Sudesb/Setre, junto com a SPM/BA pretende promover encontros diretos com os públicos dos projetos, a exemplo do Projeto Cidadania, Lazer, Integração na Comunidade (CLIC), criado pela Superintendência e que leva ações voltadas para a regularização de documentos de responsáveis e beneficiários de projetos, bem como ministra palestras e orienta sobre direitos e deveres dos cidadãos.
Sobre os projetos - os projetos integram o conjunto de estratégias do programa Pacto pela Vida, uma ação de Governo que tem por objetivo principal a promoção da paz social. Eles vêm sendo executados na capital e no interior, atendendo a pessoas de diversas faixas etárias, todas em situação de vulnerabilidade social. Para implementar sua execução, a Sudesb conta com recursos próprios e também da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), além de aporte financeiro do Fundo de Combate à Pobreza (Funcep). Somados, eles beneficiam a quase 20 mil pessoas, em um investimento de cerca de R$ 10 milhões. A durabilidade de cada convênio é de 12 meses, podendo ser prorrogado por igual período.
SSA, 19.08.2016
Marcela Assis – SRTE/BA nº 2916
Ascom Sudesb
Autor: ,postado em 20/08/2016
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