Com acordo com a construtora OAS, clube volta a ser o proprietário do Fazendão
O acordo do Bahia com a construtora OAS, responsável pela construção da Cidade Tricolor, foi assinado nesta terça-feira. O clube, a construtora e a instituição financeira Planner, que representa três bancos não revelados, assinaram o documento que devolvem o Fazendão ao clube e dá, também, os direitos do novo centro de treinamento e do terreno Vale das Margaridas, no bairro de Itinga, na cidade de Lauro de Freitas. Para que haja a conclusão, será necessária uma autorização do juiz que está à frente da recuperação judicial da empresa.
- Era algo que a gente batalhava há muito tempo. Foi assinado esse acordo extra-judicial - comentou o presidente do Bahia, Marcelo Sant’Ana, em entrevista ao programa de rádio oficial do clube.
Como contrapartida, o Bahia terá que pagar, em juízo, R$ 6,8 milhões à Planner, além de realizar um pagamento em Transcons. Não há uma definição, contudo, sobre o destino que será dado aos equipamentos. Depois que garantir a propriedade dos três, o Bahia vai decidir se fica com eles ou vende algum. Quando da assinatura do acordo com a prefeitura para receber os Transcons (Transferência do Direito de Construir) relativos à desapropriação da sede de praia, na Boca do Rio, ainda no ano de 2015, o presidente Marcelo Sant’Ana avaliou que o clube não teria condições financeiras de ficar com o Fazendão e com a Cidade Tricolor.
Confira nota oficial divulgada pelo clube
O Esporte Clube Bahia comunica à torcida e aos sócios que chegou ao entendimento com a OAS e com a Planner, referente aos centros de treinamentos Osório Villas Boas (Fazendão) e a Cidade Tricolor.
Na tarde desta segunda-feira (26), no Fazendão, foi assinado um acordo extrajudicial que define a recuperação da propriedade do CT Osório Villas Boas (Fazendão), a compra de um terreno no bairro Jardim das Margaridas, vizinho ao Fazendão, além da aquisição definitiva da Cidade Tricolor, localizada entre os municípios de Camaçari e Dias D’ávila, restabelecendo e ampliando o patrimônio do clube.
A assinatura deste acordo é parte importante neste processo, contudo, para que o trâmite seja considerado concluído, é necessário uma autorização do juiz responsável pela recuperação judicial da OAS, assim como a homologação na vara na qual tramita a ação movida pelo Bahia, ano passado, contra OAS e a Planner.
A recuperação da propriedade do Fazendão se fez necessária em virtude de, no ano de 2013, antes da intervenção judicial, a então diretoria do Bahia tê-la transferido para a OAS, que, posteriormente, a usou como garantia em operações financeiras com a Planner.
Para restabelecer o seu patrimônio, em contrapartida, o Esporte Clube Bahia pagará em juízo à Planner o valor de R$6.486.505,00 (Seis milhões, quatrocentos e oitenta e seis mil e quinhentos e cinco reais), valor já previsto no orçamento de 2017 e aprovado pelo Conselho Deliberativo, além de ceder 11.052,93 m² em Transcons, título do mercado imobiliário proveniente da desapropriação da antiga sede de praia do clube.
O Esporte Clube Bahia também ficará responsável pelo pagamento dos impostos em atraso dos imoveis e das respectivas despesas de transferências para o nome da agremiação.
Autor: ,postado em 27/12/2016
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