rasil joga como uma máquina!" O narrador colombiano se espantou. As campeãs do Grand Prix eram precisas em seus ataques, nos passes, nos bloqueios. Faziam parecer fácil atropelar a Venezuela no Coliseo Evangelista Mora, em Cali, nesta quarta-feira. Sem dificuldades, o time de José Roberto Guimarães venceu por 3 a 0 em apenas uma hora - parciais de 25/15, 25/6 e 25/12 - e chegou ao segundo triunfo no Sul-Americano de vôlei. A seleção brasileira deu mais um passo rumo ao título continental e à vaga no Mundial de 2018, no Japão.
- Apesar de termos ganhado o Grand Prix, agora é outro campeonato. Estamos aqui com o intuito de nos classificar para o Mundial. Temos que nos focar para sermos campeãs do Sul-Americano e nos classificarmos para o Mundial - disse a campeã olímpica NatáliaDepois de conquistar o título do Torneio de Montreux e do Grand Prix, o Brasil busca a taça que Zé Roberto considera a mais importante da temporada: a do Sul-Americano. Além da hegemonia continental, está em jogo em Cali uma vaga no Mundial de 2018, no Japão. Ainda há mais um posto para o continente em um classificatório no Peru, mas a meta da seleção brasileira é se garantir já no hexagonal da Colômbia. Maior campeão com 19 títulos, o time verde-amarelo não perde a competição desde 1993 e tenta a 12ª conquista seguida.
Mais um passo
Brasil já desponta como líder do Sul-Americano, com duas vitórias por 3 sets a 0 - não perde um set na competição desde 1999. Já passou por Argentina e Venezuela. A anfitriã Colômbia aparece como a principal rival depois de superar o Peru na primeira rodada. Mas antes de encarar as duas equipes, a seleção brasileira pega o Chile nesta quinta-feira, às 19h (de Brasília). O GloboEsporte.com acompanha a partida em Tempo Real.O time do Brasil
Titulares: Roberta, Tandara, Natália, Adenízia, Carol, Rosamaria e a líbero Suelen.
Entraram: Macris, Amanda, Drussyla, Mara, Bia, Monique e a líbero Gabi.
Técnico: José Roberto Guimarães
Passeio de aniversário
Não tardou para ficar claro que o Brasil iriar passear diante da Venezuela. As campeãs do Grand Prix eram muito superiores em termos técnicos. O saque encaixou, o bloqueio funcionou e a virada de bola foi muito eficiente. Com o passe quase sempre na mão, a levantadora Roberta pôde até variar bem as atacantes. Estava tão fácil que o complicado era manter a concentração. As venezuelanas encontravam alguns pontos em falhas da defesa verde-amarela. Só que a vantagem era tamanha que Zé Roberto deu rodagem ao time. O passeio parecia uma festa para a aniversariante do dia. Completando 29 anos, a ponteira Amanda entrou em quadra e fez até ponto de saque. Monique, mais uma que saiu do banco, fechou a conta: 25 a 15.
- Estou muito feliz de estar na Colômbia vestindo a camisa da seleção brasileira e ajudando o grupo nesse Sul-Americano. Hoje é o dia do meu aniversário e poder estar em quadra jogando vôlei que é a minha maior paixão é um prazer imenso. Vamos seguir trabalhando forte dia a dia nesse Sul-Americano em busca do nosso objetivo que é a vaga no Mundial - disse Amanda.
Uma máquina
Se o primeiro set já foi tranquilo para o Brasil, a segunda parcial foi um completo atropelo. Chegou ao ponto de o técnico venezuelano pedir tempo e cobrar às suas jogadoras perguntando se não queriam já entregar por 25 a 0. As campeãs do Grand Prix jogavam tão fácil que o narrador da Confederação Sul-Americana de Vôlei comparou a uma máquina. E mesmo trocando algumas peças a máquina Brasil seguiu atropelando. Com um ace, Roberta fechou em 25 a 6.
Hora de rodar
Sem encontrar dificuldades na partida, Zé Roberto deu ainda mais rodagem ao time, colocando as reservas em ação. Mesmo com novas peças, a "máquina" Brasil manteve o forte ritmo, com poucos erros. Por mais que se esforçassem, as venezuelanas não conseguiam equilibrar a partida. Em um ponto de saque, a levantadora Macris deu números finais ao set (25 a 12) e ao jogo (3 a 0).