A vaga veio antes mesmo de entrar em quadra. O tropeço da Itália diante do Canadá na partida anterior abriu o caminho do Brasil rumo às finais da Liga das Nações. Ainda assim, era um clássico. Com o ginásio Nilson Nelson praticamente lotado, a seleção da casa quis se mostrar forte mesmo sem precisar. Viu os rivais saírem na frente, mas se impôs e bateu a França de virada em Brasília: 3 sets a 1, parciais 23/25, 25/18, 25/23 e 25/23.
Leal, mais uma vez, mostrou força no ataque e deixou a quadra como maior pontuador, com 15 pontos. Douglas Souza, porém, foi o grande destaque do time. O ponteiro entrou no lugar de Lucarelli durante a partida e deu mais equilíbrio ao passe, além de se mostrar forte no ataque - foram 13 pontos no total. Flávio, que entrou no terceiro set, também se destacou com oito pontos, sendo quatro de bloqueio. O fundamento, aliás, foi o grande trunfo do time brasileiro na partida: foram 15 pontos.
O Brasil ganhou a vaga nas finais sem mesmo precisar entrar em quadra. Ao cair para o Canadá em 3 sets a 1, a Itália estacionou em oito vitórias na competição, em sexto lugar. Com duas partidas para o final da fase classificatória, o time europeu não pode mais alcançar a seleção de Renan Dal Zotto, que somava 11 triunfos antes de bater a França.
A garantia da vaga fez o Brasil entrar em quadra empolgado. Um ataque francês para fora abriu a contagem, e a seleção da casa ampliou logo depois com Leal. Só que o time brasileiro emendou uma sequência de erros e viu os rivais abrirem 6/3. Renan pediu tempo, arrumou a casa e recolocou o time em jogo. Pouco depois, depois de dons bons ralis, Lucão deixou tudo igual. Foi o próprio central que fez a equipe voltar à frente com um bloqueio. Era, porém, um duelo equilibrado, e os times passaram a se alternar na dianteira. O Brasil chegou a ter três pontos de vantagem na reta final, mas viu a França virar e sair na frente: 25/23.
Lucão abriu a contagem no segundo set. A França até quis manter o mesmo ritmo da parcial anterior, mas viu o Brasil errar menos e chegar ao primeiro tempo técnico com 8/4 no placar. Aos poucos, pelas mãos de Boyer e Le Roux, os visitantes tiraram a diferença (14/13). O passe brasileiro começou a falhar, e Renan chamou Douglas Souza para o lugar de Lucarelli. A seleção retomou o controle do jogo e não foi mais ameaçado. Com um bloqueio de Maurício Souza, o Brasil deixou tudo igual: 25/18.
Na volta à quadra, o equilíbrio ditou mais uma vez o ritmo. A França largou na frente, mas o Brasil foi buscar. O time da casa tomou a dianteira no placar por um momento, mas um bloqueio de Le Roux sobre Alan fez a França ir em vantagem para o primeiro tempo técnico. O time francês abriu dois pontos (13/11), e Renan parou o jogo. Não demorou para que a seleção voltasse à frente com um bloqueio de Flávio (16/15). O Brasil chegou a abrir três pontos, mas permitiu o empate francês na reta final. Bruninho, com uma largadinha de craque, fez o time da casa fazer 23/22. Pouco depois, a virada, com Douglas Souza explorando o bloqueio: 25/23.
No retorno, a seleção manteve o ritmo. Com um saque forçado, o time da casa causou estragos à defesa francesa. Flávio, que entrara bem na parcial anterior, também deu força ao time junto à rede. Por um momento, a França ensaiou uma reação. Conseguiu diminuir a diferença e ameaçou a liderança brasileira (15/14). Mas o Brasil soube controlar os nervos e não demorou a abrir vantagem mais uma vez, com 19/15. A vitória veio pouco depois: 25/23.
Brasil: Bruninho, Alan, Maurício Souza, Lucão, Leal e Lucarelli. Líberos: Thales e Maique. Entraram: Cachopa, Rafael Araújo, Maurício Borges, Douglas Souza e Flávio.
França: Toniutti, Stephen Boyer, Le Roux, Le Goff, Lyneel e Tillie. Líbero: Grebennikov. Entraram: Brizard, Patry, Chinenyeze e Rossard.