Bellintani avalia eliminação na Copa do Brasil

Bellintani avalia eliminação na Copa do Brasil: “Faltou bola para a gente, mas não faltou alma,
Quando o árbitro apitou o fim da partida entre Bahia e Grêmio na noite desta quarta-feira, na Arena Fonte Nova, a torcida aplaudiu. O Bahia havia sido derrotado por 1 a 0 e estava eliminado da Copa do Brasil. Mas, ainda assim, a torcida aplaudiu. Estava ali, em cada um dos mais de 46 mil torcedores presentes no estádio, o reconhecimento de que os atletas do time baiano haviam dado tudo que podiam naquele momento.
Após a partida, foi o momento de o presidente do clube também manifestar seu reconhecimento. Guilherme Bellintani concedeu entrevista coletiva, como costuma fazer em dias de resultados adversos para o clube, e admitiu que faltou ao Bahia qualidade técnica para superar o Grêmio nesta noite. Apesar disso, ele afirmou o que parecia pensar cada torcedor tricolor no estádio: não faltou alma.
- Tenho certeza que hoje faltou bola para a gente, mas não faltou alma, a alma ficou em campo. Cada jogador ali estava honrando a camisa do clube. A gente podia ter sido tecnicamente melhor. Isso mostra que nosso time poderia ter ido às semifinais de maneira justa e entendendo o resultado de eventualmente vencer o Grêmio como normal – afirmou o presidente.
Bellintani tinha semblante abatido, mas falava com segurança. Ele destacou que sente tanta decepção quanto o torcedor e avaliou que, diante das circunstâncias que envolvem o Bahia nesta temporada, essa derrota foi mais sentida que outras anteriores.
- Estou sentindo tanto quando o torcedor. Todo mundo no clube sente essa perda. Diferentes das outras perdas que tivemos em competições, cito a Copa do Brasil do ano passado, ou até a Sul-Americana do ano passado, em que a gente foi injustiçado. Essa perda foi justa, mas era, de todas, a que mais nos sentíamos preparados para conquistar. Pelo momento do clube hoje, o momento em que nos sentíamos fortes para ir a uma semifinal de campeonato nacional. Então essa perda talvez doa mais do que a do ano passado, justo porque a gente viu que ela seria mais justa do que foi no ano passado, que a gente tem um time e um clube mais estruturado do que ano passado.
“Essa perda foi maior do que a do ano passado, apesar de termos terminado na mesma fase”, diz Bellintani.
Frustrado, mas ciente de que o Bahia tinha mais a dar, Bellintani destacou a superação do clube ao chegar a esta fase da Copa do Brasil mais uma vez. Depois de destacar que o Tricolor chegou às quartas, apesar de ter um orçamento menor que os de seus concorrentes, o presidente do clube salientou o objetivo de tornar cada vez mais comum a presença do time em fases decisivas de competições importantes.
- O que devemos avaliar naturalmente é que esses momentos servem como aprendizado, fortalecimento, hora de lamber as feridas, entender que decepciona qualquer um, entristece qualquer um, mas a gente está no momento de absoluta sintonia com a torcida, que entendeu... Mais do que isso, compôs um modelo de clube, que reconhece os avanços e reconhece que aqui tem gente de bem e buscando o melhor par o clube. Não vamos desistir disso. O objetivo é que, a cada ano, a gente seja visto menos com intruso e mais como participante real e efetivo de cada competição como essa. E quero mandar um obrigado e um abraço a cada um dos 46 mil torcedores que vieram aqui hoje, mesmo os mais decepcionados, tristes. Os mais enraivados. Os mais solidários e os menos solidários. A cada um, quero mandar meu abraço, dizer que a tristeza de cada um é nossa também. Mas que vamos seguir de cabeça erguida e de pulmão cheio de ar para conseguir, aos poucos, que a gente seja visto cada vez menos como intruso em competições nacionais.
Confira abaixo outras declarações do presidente do Bahia
Bahia como intruso nas quartas da Copa do Brasil
- A minha primeira percepção é de que, apesar de o Bahia ter sido visto como intruso nessa fase, o único que veio desde o início, com menor orçamento talvez dos oito clubes nessa fase, apenas dois tinham folha salarial abaixo de R$ 10 milhões. Nós temos um terço das seis maiores folhas. O torcedor aparentemente não quer saber disso, quer resultado, mas a gente sabe que o torcedor compreende a lógica do clube que ele próprio está construindo. Com oito clubes nessa fase, a gente via que era justo e possível estar entre os quatro. Infelizmente, não aconteceu, mas podia ter acontecido, são as circunstâncias do futebol.
O que fazer diante das críticas
- O que faço com as críticas boas que tocam nas nossas lacunas, nossos erros, é absorvê-las e aproveitar. A críticas que são naturais, que se repetem a cada momento de perda, são oportunistas e a gente despreza. Eu tenho uma alma muito preparada para coisas ruins, que chegam aqui, batem e voltam. As críticas positivas, construtivas, que tocam nossos defeitos, porque temos, são absolutamente reconhecidas e absorvidas. Mas coisa ruim bate e volta. Não fica, não.
O que faltou ao Bahia na partida
- Faltou, por exemplo, a gente jogar um segundo tempo da partida como o segundo tempo contra o Grêmio, no primeiro jogo. Por 10 minutos, a gente conseguiu, e foi justamente no fim desses 10 minutos que a gente tomou o gol. Os 10 minutos foram interrompidos com o gol do Grêmio. Talvez a gente fizesse um segundo tempo equivalente. Mas aconteceu o gol, e gol muda a história. Na sequência, teve a expulsão, que aprofundou a mudança dos rumos que a gente pretendia. Foi o que eu vi como torcedor. Eu apenas me permito respirar, voltar à minha situação de comando e liderança no clube, que sempre será liderado por um torcedor enquanto eu for presidente. Mas não posso agir como torcedor. Tenho que agir como presidente para liderar o grupo. Lógico que tem a liderança do Roger no vestiário, outras pessoas nos seus setores. Mas, se eu, que sou líder do grupo inteiro, tiro a mão do timão, o navio perde o rumo. Tenho que respirar, sofrer como torcedor, entender, ver onde podemos melhorar. Valorizar as coisas boas, porque é importante, no processo de liderança do grupo. Se o presidente só ressalta coisas ruins, perde o comando. Então é preciso entender, saber a hora de fazer críticas, pontuar as lacunas e valorizar as coisas boas.
Valorização da participação do Bahia nas quartas da Copa do Brasil
- Entraram 80 clubes no começo da competição. Dos 80, o único que permaneceu até hoje somos nós. Se isso não for louvado, não há nada a ser louvado. Me desculpa. Mas, de 80, um ficou. Esse um não merece ser louvado? Se a gente acha que chegou ao máximo que podia, não. Poderíamos ir além, mas tirar a louvação a um resultado que tivemos. Vão dizer que tinha times pequenos, mas não interessa. Outros clubes enormes estavam lá e não chegaram. Confesso que hoje, no intervalo, encontrei um amigo que falava do quanto ganharíamos se fôssemos às semifinais. Se me perguntassem se eu preferia ganhar os R$ 5 milhões do campeão e ser eliminado hoje ou se eu preferia ser campeão e não ganhar nada, eu diria que prefiro ser campeão. O dinheiro é um meio para o sucesso esportivo, mas não é fim. O Bahia tem usado o crescimento orçamentário para estruturar melhor seu futebol. Não ouvi ainda esse ano uma frase célebre que sempre perguntam: “O Bahia vai brigar para não cair?”. Não ouvi. Resultado de um trabalho sério de planejamento e organização financeira. A entrada na Copa do Brasil nas oitavas tem uma grande vantagem, que é o calendário mais leve. Mais solto, mais livre, e isso é muito relevante para um clube com as limitações orçamentárias como o Bahia, que não tem como montar dois times. E ainda fizemos uma estruturação do time de transição, que não tínhamos feito no ano passado, para que, com o passar dos anos, a gente tenha como liberar o calendário, usando dois times. Alguma hora vamos chega a esse nível.
Bellintani avalia eliminação na Copa do Brasil: “Faltou bola para a gente, mas não faltou alma,
Quando o árbitro apitou o fim da partida entre Bahia e Grêmio na noite desta quarta-feira, na Arena Fonte Nova, a torcida aplaudiu. O Bahia havia sido derrotado por 1 a 0 e estava eliminado da Copa do Brasil. Mas, ainda assim, a torcida aplaudiu. Estava ali, em cada um dos mais de 46 mil torcedores presentes no estádio, o reconhecimento de que os atletas do time baiano haviam dado tudo que podiam naquele momento.
Após a partida, foi o momento de o presidente do clube também manifestar seu reconhecimento. Guilherme Bellintani concedeu entrevista coletiva, como costuma fazer em dias de resultados adversos para o clube, e admitiu que faltou ao Bahia qualidade técnica para superar o Grêmio nesta noite. Apesar disso, ele afirmou o que parecia pensar cada torcedor tricolor no estádio: não faltou alma.
- Tenho certeza que hoje faltou bola para a gente, mas não faltou alma, a alma ficou em campo. Cada jogador ali estava honrando a camisa do clube. A gente podia ter sido tecnicamente melhor. Isso mostra que nosso time poderia ter ido às semifinais de maneira justa e entendendo o resultado de eventualmente vencer o Grêmio como normal – afirmou o presidente.
Bellintani tinha semblante abatido, mas falava com segurança. Ele destacou que sente tanta decepção quanto o torcedor e avaliou que, diante das circunstâncias que envolvem o Bahia nesta temporada, essa derrota foi mais sentida que outras anteriores.
- Estou sentindo tanto quando o torcedor. Todo mundo no clube sente essa perda. Diferentes das outras perdas que tivemos em competições, cito a Copa do Brasil do ano passado, ou até a Sul-Americana do ano passado, em que a gente foi injustiçado. Essa perda foi justa, mas era, de todas, a que mais nos sentíamos preparados para conquistar. Pelo momento do clube hoje, o momento em que nos sentíamos fortes para ir a uma semifinal de campeonato nacional. Então essa perda talvez doa mais do que a do ano passado, justo porque a gente viu que ela seria mais justa do que foi no ano passado, que a gente tem um time e um clube mais estruturado do que ano passado.
“Essa perda foi maior do que a do ano passado, apesar de termos terminado na mesma fase”, diz Bellintani.
Frustrado, mas ciente de que o Bahia tinha mais a dar, Bellintani destacou a superação do clube ao chegar a esta fase da Copa do Brasil mais uma vez. Depois de destacar que o Tricolor chegou às quartas, apesar de ter um orçamento menor que os de seus concorrentes, o presidente do clube salientou o objetivo de tornar cada vez mais comum a presença do time em fases decisivas de competições importantes.
- O que devemos avaliar naturalmente é que esses momentos servem como aprendizado, fortalecimento, hora de lamber as feridas, entender que decepciona qualquer um, entristece qualquer um, mas a gente está no momento de absoluta sintonia com a torcida, que entendeu... Mais do que isso, compôs um modelo de clube, que reconhece os avanços e reconhece que aqui tem gente de bem e buscando o melhor par o clube. Não vamos desistir disso. O objetivo é que, a cada ano, a gente seja visto menos com intruso e mais como participante real e efetivo de cada competição como essa. E quero mandar um obrigado e um abraço a cada um dos 46 mil torcedores que vieram aqui hoje, mesmo os mais decepcionados, tristes. Os mais enraivados. Os mais solidários e os menos solidários. A cada um, quero mandar meu abraço, dizer que a tristeza de cada um é nossa também. Mas que vamos seguir de cabeça erguida e de pulmão cheio de ar para conseguir, aos poucos, que a gente seja visto cada vez menos como intruso em competições nacionais.
Confira abaixo outras declarações do presidente do Bahia
Bahia como intruso nas quartas da Copa do Brasil
- A minha primeira percepção é de que, apesar de o Bahia ter sido visto como intruso nessa fase, o único que veio desde o início, com menor orçamento talvez dos oito clubes nessa fase, apenas dois tinham folha salarial abaixo de R$ 10 milhões. Nós temos um terço das seis maiores folhas. O torcedor aparentemente não quer saber disso, quer resultado, mas a gente sabe que o torcedor compreende a lógica do clube que ele próprio está construindo. Com oito clubes nessa fase, a gente via que era justo e possível estar entre os quatro. Infelizmente, não aconteceu, mas podia ter acontecido, são as circunstâncias do futebol.
O que fazer diante das críticas
- O que faço com as críticas boas que tocam nas nossas lacunas, nossos erros, é absorvê-las e aproveitar. A críticas que são naturais, que se repetem a cada momento de perda, são oportunistas e a gente despreza. Eu tenho uma alma muito preparada para coisas ruins, que chegam aqui, batem e voltam. As críticas positivas, construtivas, que tocam nossos defeitos, porque temos, são absolutamente reconhecidas e absorvidas. Mas coisa ruim bate e volta. Não fica, não.
O que faltou ao Bahia na partida
- Faltou, por exemplo, a gente jogar um segundo tempo da partida como o segundo tempo contra o Grêmio, no primeiro jogo. Por 10 minutos, a gente conseguiu, e foi justamente no fim desses 10 minutos que a gente tomou o gol. Os 10 minutos foram interrompidos com o gol do Grêmio. Talvez a gente fizesse um segundo tempo equivalente. Mas aconteceu o gol, e gol muda a história. Na sequência, teve a expulsão, que aprofundou a mudança dos rumos que a gente pretendia. Foi o que eu vi como torcedor. Eu apenas me permito respirar, voltar à minha situação de comando e liderança no clube, que sempre será liderado por um torcedor enquanto eu for presidente. Mas não posso agir como torcedor. Tenho que agir como presidente para liderar o grupo. Lógico que tem a liderança do Roger no vestiário, outras pessoas nos seus setores. Mas, se eu, que sou líder do grupo inteiro, tiro a mão do timão, o navio perde o rumo. Tenho que respirar, sofrer como torcedor, entender, ver onde podemos melhorar. Valorizar as coisas boas, porque é importante, no processo de liderança do grupo. Se o presidente só ressalta coisas ruins, perde o comando. Então é preciso entender, saber a hora de fazer críticas, pontuar as lacunas e valorizar as coisas boas.
Valorização da participação do Bahia nas quartas da Copa do Brasil
- Entraram 80 clubes no começo da competição. Dos 80, o único que permaneceu até hoje somos nós. Se isso não for louvado, não há nada a ser louvado. Me desculpa. Mas, de 80, um ficou. Esse um não merece ser louvado? Se a gente acha que chegou ao máximo que podia, não. Poderíamos ir além, mas tirar a louvação a um resultado que tivemos. Vão dizer que tinha times pequenos, mas não interessa. Outros clubes enormes estavam lá e não chegaram. Confesso que hoje, no intervalo, encontrei um amigo que falava do quanto ganharíamos se fôssemos às semifinais. Se me perguntassem se eu preferia ganhar os R$ 5 milhões do campeão e ser eliminado hoje ou se eu preferia ser campeão e não ganhar nada, eu diria que prefiro ser campeão. O dinheiro é um meio para o sucesso esportivo, mas não é fim. O Bahia tem usado o crescimento orçamentário para estruturar melhor seu futebol. Não ouvi ainda esse ano uma frase célebre que sempre perguntam: “O Bahia vai brigar para não cair?”. Não ouvi. Resultado de um trabalho sério de planejamento e organização financeira. A entrada na Copa do Brasil nas oitavas tem uma grande vantagem, que é o calendário mais leve. Mais solto, mais livre, e isso é muito relevante para um clube com as limitações orçamentárias como o Bahia, que não tem como montar dois times. E ainda fizemos uma estruturação do time de transição, que não tínhamos feito no ano passado, para que, com o passar dos anos, a gente tenha como liberar o calendário, usando dois times. Alguma hora vamos chega a esse nível.
Autor: ,postado em 01/07/2019
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