500 dias para a Copa - Artigo do Secretário Ney Campello, publicado na edição de

No dia de hoje um novo marco celebra a aproximação do maior evento midiático do planeta que o Brasil e a Bahia irão receber – a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. Inicia-se a contagem regressiva dos 500 dias que faltam para o jogo de abertura que ocorrerá na Arena Corinthians, no dia 12/06/2014.
Desde a escolha do nosso País como sede, muito se tem comentado sobre a real importância desse evento, se estaremos preparados e se extrairemos legados correspondentes aos investimentos públicos e privados que estão sendo aportados. Eu afirmo que sim! Mas, para tanto, é preciso compreender a natureza e estabelecer corretas expectativas em relação ao Mundial 2014.
Trata-se de um evento de prosperidade da FIFA, que estabelece requisitos e condicionantes ao País que o recepciona, objetivando a cada quatro anos oferecer um espetáculo tecnologicamente sofisticado que atrai as atenções do mundo inteiro, chegando a reunir mais de 30 bilhões de assistência televisiva acumulada. Os requerimentos FIFA resultam em importantes investimentos na infraestrutura no país, a começar pelas 12 novas arenas multiuso que foram construídas ou reformadas e se desdobram em tantos outros nas áreas de mobilidade urbana, portos, aeroportos, hotelaria, energia, segurança, saúde, ampliação de acesso a redes de alta velocidade, etc.
A Copa do espetáculo, como costumo chamar, é catalizadora e indutora de aceleração desses investimentos que certamente teriam um outro ritmo se o evento não acontecesse com uma singularidade que o distingue e nos desafia enquanto gestores públicos – a Copa tem data e é improrrogável! Entretanto, não se pode atribuir a um evento a responsabilidade de equacionar todos os dramas econômicos e sociais de uma nação continental como é o Brasil. Copa não pode ser vendida como panaceia para solução de todos os nossos problemas, em tão curto espaço de tempo.
Tenho afirmado que a Copa 2014 é um ponto de partida e não de chegada. Novos equipamentos públicos, geração de centenas de milhares de empregos diretos e indiretos, alavancagem da economia do turismo e serviços, geração e valor no posicionamento das marcas “Brasil”, “Bahia”, “Salvador” são resultados incontestes advindos da realização do Mundial. Mas há outra Copa em disputa, esta de responsabilidade direta dos poderes públicos, que costumo chamar de Copa das Pessoas. A Copa não pode se resumir aos 45 dias de jogos. É nessa Copa que devemos concentrar nossos maiores esforços e o governo da Bahia tem feito o dever de casa.
Ao lado da Arena Fonte Nova, da reforma do aeroporto e requalificação do porto, do sistema metroviário como um importante legado para nossa cidade, o governo do Estado, através da Secopa e muitas secretarias e órgãos parceiros, tem investido em qualificação profissional, o maior dos legados da Copa, traduzido num mapa de oferta de treinamento e qualificação de diferentes ocupações que supera a marca de 50 mil oportunidades para o receptivo do evento, nas áreas de idiomas, hospitalidade, empreendedorismo, etc.
Um plano mestre de acessibilidade para a garantia da fruição dos espetáculos foi elaborado em parceria com a Secretaria da Justiça e Direitos Humanos; um mapeamento da situação de vulnerabilidade de crianças, jovens e adolescentes já está pronto e pretende ajudar a inibir os delitos que atingem a população juvenil nesses eventos; ex-atletas de futebol estão sendo qualificados e escolarizados para serem aproveitados no receptivo da Copa; dezenas de projetos sociais vinculados a bairros e o terceiro setor tem financiamento assegurado; a Copa foi interiorizada como uma conquista da cidadania brasileira que não se restringe às capitais. Pretende organizar e fomentar roteiros culturais e gastronômicos, além de exibir os jogos e praças públicas na capital e no interior, democratizando o acesso a esses espetáculos.
A Copa das Pessoas na Bahia já começou e haveremos de conquistá-la em cada um dos 500 dias que faltam para o começo da festa
Autor: ,postado em 29/01/2013
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