Clarissa brilha, e Brasil arrasa Porto Rico na estreia da Copa América
No último encontro em um Pré-Mundial, há três anos, em Cuiabá (MT), o Brasil atropelou Porto Rico por 78 a 34. Neste sábado, mesmo sem contar com sua principal jogadora, a pivô Erika, que pediu dispensa para defender o Atlanta Dream nos playoffs da WNBA, a história se repetiu na primeira rodada da Copa América feminina de basquete, na cidade mexicana de Xalapa. Em um dia inspirado, Clarissa comandou a vitória verde-amarela por 91 a 54. A pivô de 25 anos, que atua pelo Americana (SP), anotou 24 pontos, pegou oito rebotes e deu três assistências. Os gritos desesperados de “defense” (na tradução, defesa) das rivais no banco de reservas não surtiram efeito, e o time se perdeu do início ao fim, abusando dos erros de passe e arremesso. Com boa defesa e um ataque imbatível, a equipe canarinho iniciou a corrida pelo tetracampeonato da competição com uma atuação impecável.
- Estou muito feliz com essa vitória, mas não podemos deixar cair, temos que ir bem sempre. Este foi o resultado de um longo trabalho, estamos treinando forte, há meses. Tivemos muitos erros que precisamos melhorar, e outras coisas boas, como a força do grupo. O time está unido e focado. Foi apenas o primeiro degrau de uma escadona. Não foi uma das minhas piores partidas e nem das melhores. Acho que fizemos o que o Zanon pediu, de entrar com intensidade, velocidade e concentradas - afirmou Clarissa após a partida.
A armadora Adrianinha e a ala Damiris foram outros destaques da partida, ambas com 15 pontos. Do lado porto-riquenho, Cortijo Sanchez, com 14 pontos e seis assistências, e Garcia, com 12 pontos, foram as maiores pontuadoras.
Ao lado de Clarissa, Adrianinha foi um dos destaques do Brasil na vitória sobre Porto Rico por 91 a 54, na estreia das duas equipes na Copa América de Xalapa, no México (Foto: Samuel Velez / FIba Americas)Depois de estrear com vitória em Xalapa, a seleção brasileira volta à quadra neste domingo pela segunda rodada, diante da República Dominicana, às 22h45m (hotário de Brasília). A seleção de Porto Rico tenta a reabilitação contra as argentinas, às 20h30m.
O JOGO
Após um início nervoso, as brasileiras viram as porto-riquenhas abrirem uma pequena vantagem no placar (4 a 0), mas se recuperaram a tempo. Em boa jogada, Clarissa conseguiu a virada por 6 a 4. Placido e Sepulveda, que marcaram seis e quatro pontos, respectivamente, eram as mais perigosas do outro lado. Adrianinha liderou as companheiras no início, e o Brasil deslanchou. encerrando o primeiro quarto com uma vantagem de oito pontos: 24 a 16. Clarissa foi uma das protagonistas da etapa, com 11 pontos e quatro rebotes.
A pedido do técnico Zanon as brasileiras reforçaram a defesa e, com uma boa movimentação em quadra, sempre perto da cesta, abriram uma vantagem de 20 pontos (36 a 16). Imbatíveis nos ataques, foram administrando o placar favorável, e fazendo a diferença com jogadas ensaiadas. Muito bem coletivamente, com destaques para Adrianinha, Damiris e Clarissa, que continuou impossível, o Brasil fez 52 a 31 no segundo quarto.
Clarissa foi o grande destaque da seleção brasileira no primeiro tempo com 18 pontos, cinco rebotes e uma assistência. Pelo lado de Porto Rico, Sanchez foi a maior pontuadora com os nove pontos, cinco rebotes e quatro assistências.
Inferior tática e tecnicamente, as porto-riquenhas abusavam dos erros de arremesso e não conseguiam se encontrar em quadra. Com 12 roubadas de bola e força na defesa, as brasileiras atrapalharam qualquer tentativa de contra-ataque das rivais. Quando uma jogadora de Porto Rico via a cor da bola, duas brasileiras apareciam logo para marcar.
O Brasil seguiu empolgado, e nem os gritos de “defense” das rivais no banco de reservas mudavam o rumo da partida. Sanchez e Garcia eram as únicas que conseguiam chegar perto da cesta para pontuar, mas a vitória verde-amarela já estava praticamente selada ao fim do terceiro quarto: 72 a 43.
Luis Augusto Zanon orienta suas atletas na vitória sobre Porto Rico (Foto: Samuel Velez / FIba Americas)Com o jogo definido, o último período serviu para o técnico Zanon descansar algumas de suas principais jogadoras, como Adrianinha, Damiris e Clarissa, e colocar em quadra as jogadoras mais jovens. Mesmo com sua equipe reserva, a seleção brasileira continuou com a partida sob controle, confirmou sua superioridade com uma vitória por 91 a 54 e, de quebra, tirou a pressão da estreia depois do vexame da seleção masculina em Caracas.
Outros resultados:
Chile 74 x 77 Venezuela
Jamaica 51x 75 Cuba
Argentina 67 x 53 México
Autor: ,postado em 22/09/2013
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