Escolinha do “professor” Mancini: em coletivo, Alípio é testado como titular

Chamar o técnico de “professor” é um dos costumes do futebol brasileiro. Sempre que é preciso falar sobre o treinador, o jogador não intimida e trata o comandante como um catedrático da bola. Nesta sexta-feira, durante treino realizado no Barradão, Vagner Mancini foi tratado pelo papel de educador em várias ocasiões. Mas justificou a função com uma aula sobre posicionamento, contra-ataques e marcação sob pressão.
Após um aquecimento, que envolveu atividades aeróbicas, de força e potência – tiros de corrida com peso -, o técnico dividiu o elenco em dois times para um coletivo tático. A equipe titular foi formada com Fernando Miguel; Maicon Silva, Guilherme Mattis, Ramon e Diego Renan; Amaral e William Farias; Tiago Real, Alípio, Vander e Marinho. Os reservas trabalharam com Ronaldo; José Welison, Vinícius, Marcelo e Euller; Flávio e Nickson; Gabriel, Yan, Leandro Domingues e Willian Henrique.

Quando o treino começou, Mancini assumiu de vez o papel de professor. Pausou a atividade em várias ocasiões, sempre para explicar o que, como e por que queria daquela forma. De início, pediu para o time titular pressionar a saída de bola dos reservas. A equipe foi disposta com três linhas. A mais avançada era incentivada a marcar ainda no campo de ataque.
- Vamos, segunda linha! Usa o círculo de meio de campo como referência.
Em outro momento, Mancini elogiou o posicionamento de Marinho. Quando os reservas conseguiram passar pelo meio de campo, o atacante recuou e fechou o espaço do passe de Flávio para Euller.
- Todo mundo presta atenção... Para o treino e não saiam dos seus lugares. Olha a posição de Marinho. Ela está correta. Ele não dá condição do adversário fazer o passe em profundidade. Marinho, dá dois passos para a frente. Estão vendo? Assim fica espaço para uma bola que pode complicar a gente – explicou.
Durante o treino, Mancini ainda ilustrou para os jogadores que, quando obrigavam o adversário a tocar para trás, a linha defensiva podia se organizar melhor. Ele também simulou jogadas de contra-ataques e de triangulações, com passes entre os zagueiros e nas costas dos laterais.
William Henrique foi "cornetado" durante o treino. Em lance de contra-ataque, Mancini pediu para o time reserva parar e deixar os titulares chegarem ao gol. O atacante não ouviu, acompanhou a jogada, roubou a bola e só então, após risos dos companheiros de elenco, percebeu o erro. No lance seguinte, ele recebeu cruzamento na grande área, preparou o chute e furou.
Arthur Maia e Josué novamente não treinaram. O meia se recupera de um problema no joelho, enquanto o zagueiro foi liberado em virtude de um procedimento dentário. O Vitória volta a jogar na quarta-feira, quando enfrenta o Vitória da Conquista no estádio Mário Pessoa, em Ilhéus, pela segunda rodada do Campeonato Baiano 2016.
Autor: ,postado em 06/02/2016
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