Marinho e ascensão em casa marcam permanência do Vitória na Série A

Não foi a volta à Série A dos sonhos, mas, com muito esforço, o Vitória alcançou o seu objetivo em 2016 e se manteve na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. Construída entre altos e baixos, a campanha do Leão foi sofrida e só salva neste domingo, no jogo contra o Palmeiras, na 38ª e última rodada da competição. Celebrada com entusiasmo, a permanência do time na elite do futebol brasileiro se deu com uma arrancada na reta final do campeonato, mais precisamente quando a equipe aproveitou não só a inspiração do seu principal jogador, mas também o apoio da torcida e, claro, um pouquinho de sorte com o desempenho irregular dos seus adversários.

Nesta segunda-feira, dia de comemoração para a torcida rubro-negra, o GloboEsporte.com selecionou os principais motivos que levaram o Vitória ao sucesso na luta contra o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. Confira tudo abaixo.
MARINHO, O SALVADOR

Impossível não dizer que, em primeiro lugar, a permanência do Vitória na Série A passou pelos pés do atacante Marinho. Com um rendimento regular no Brasileirão e na temporada, Marinho manteve o Leão na briga, mesmo nos momentos de maior declínio técnico da equipe.
Além de artilheiro do Vitória na competição nacional, com 12 bolas na rede, Marinho também foi o vice-líder em assistências para gols do time, com seis, e o maior driblador de toda o torneio. Termômetro do Leão, o atacante se destacou por participar ativamente da construção das jogadas e pela personalidade. Nos jogos decisivos, ele assumiu a responsabilidade e conduziu o grupo. Não à toa, despertou o interesse de outros clubes com o Brasileiro ainda em andamento.
ENFIM, O FATOR CASA

O Vitória demorou a entender, mas, no fim, soube aproveitar o fator casa para ganhar força e deixar a zona de rebaixamento. Depois de derrotas decepcionantes como mandante na reta final do Brasileirão, como as para o Flamengo (28.387 torcedores presentes), Cruzeiro (27.489),Botafogo (9.900), São Paulo (10.980) e Grêmio (esta na Arena Fonte Nova, com 19.652 pessoas no estádio), o Leão teve resultados diferentes nos últimos e mais importantes jogos em casa.
Na antepenúltima partida no Barradão, contra o Atlético-PR, o Vitória aproveitou o apoio dos 21.002 presentes e arrancou uma virada espetacular no segundo tempo. Contra o Figueirense, na goleada por 4 a 0, foram 22.648 pessoas.Na última rodada, contra o Palmeiras, o time foi derrotado, mas foram 34.757 pagantes.
AQUELA AJUDINHA

Quando as coisas não estavam lá muito bem para o Vitória, os adversários diretos também facilitaram um pouco a vida do Leão. Para começar, a equipe baiana viu três equipes se arrastarem na zona de rebaixamento ao longo de quase todo o Brasileirão. Embora com desempenho superior ao de América-MG e Santa Cruz, o Figueirense poucas vezes chegou perto de deixar a zona da degola. Portanto, com três times afundados no Z-4, sobrou apenas uma vaga na parte de baixo da tabela com, pelo menos, cinco equipes em disputa.
O Rubro-Negro ainda viu o Internacional, seu principal adversário, vacilar em jogos fundamentais. Na 33ª rodada, por exemplo, o Colorado enfrentou o praticamente rebaixado Santa Cruz e empatou em casa, com mais de 35 mil torcedores presentes no Beira Rio.
ARGEL, MISSÃO CUMPRIDA

O torcedor pode até criticar as substituições e as mudanças constantes no time titular, mas ele também não pode negar que o técnico Argel Fucks cumpriu o seu objetivo no Vitória. O treinadorsubstituiu Vagner Mancini em setembro, quando a equipe ocupava a 18ª posição, na zona de rebaixamento do Brasileiro, e conseguiu levar a equipe ao16º lugar.
Logo que chegou ao Vitória, Argel conseguiu fazer o time engatar uma sequência positiva, com três triunfos em quatro partidas. Conhecido por organizar sistemas defensivos, o treinador não fez diferente no Rubro-Negro e melhorou o setor mais problemático da era Mancini. Contudo, no meio do caminho, a equipe caiu de rendimento e chegou a acumular quatro derrotas seguidas. O momento ruim, porém, não impediu uma nova arrancada no fim, suficiente para fazer o time deixar a zona de rebaixamento.
REGULARIDADE DO CAPITÃO

Willian Farias fez dois gols e deu uma assistência em todo Brasileirão. Mas a importância dele para o Vitória vai muito além de bolas na rede e dos passes. Livre das lesões que o atrapalharam na temporada passada, o volante fez, neste ano, mais que o triplo de partidas realizadas em 2015 e foi um dos pontos de estabilidade do meio-campo do Leão.
Fora de campo, Willian Farias cumpriu o papel de capitão com êxito e foi um dos líderes da equipe. Mesmo quando estava suspenso, o volante chegou a viajar com o grupo para a partida contra o Sport, no segundo turno da competição. Dentro das quatro linhas, Farias contribuiu com o conhecido poder de marcação. Ele foi osegundojogador do Vitória com mais desarmes no Brasileiro, com 52 no total. Além disso, o volante também ajudou a equipe na saída de bola.
Autor: ,postado em 13/12/2016
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