Depois de ficarem fora das últimas duas edições dos Jogos Olímpicos, beisebol e softbol receberam uma nova oportunidade do Comitê Olímpico Internacional (COI) para Tóquio 2020. Para isso, precisaram se unir. Antes administrados por duas entidades diferentes, uniram-se em 2013 para formar a Confederação Mundial de Beisebol e Softbol (WBSC) com a promessa de uma volta em grande estilo em um país com tradição nas duas modalidades: o Japão.
Em 2020, o beisebol será disputado apenas na versão masculina. O softbol, só na feminina. Cada evento terá seis participantes, ainda sem fórmula de disputa e vagas definidas. Em 2008, na última vez em que as modalidades fizeram parte do programa olímpico, Coreia do Sul e Japão levaram as medalhas de ouro, respectivamente, em uma competição com oito países em cada.
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PRINCIPAIS FORÇAS
Tanto no beisebol quanto no softbol, as principais forças do mundo são Estados Unidos, as equipes asiáticas, principalmente, Japão e Coreia do Sul, Austrália e as seleções do Caribe, como Cuba. O Brasil não tem tradição, em ambas, mas apresenta um visível crescimento.
No softbol, o Brasil foi o país com maior crescimento no último ranking divulgado pela entidade. Ganhou sete posições e está no 11º lugar, logo atrás do México. O Japão é o líder nas duas modalidades, seguido pelos Estados Unidos.
Por enquanto, a WBSC evita dar detalhes sobre a disputa das vagas para os Jogos Olímpicos. Também prefere não falar sobre a participação dos atletas da Major League Beiseball (MLB), valorizando quem já tenha se colocado à disposição. Atualmente, o Brasil tem dois representantes na liga americana de beisebol: Paulo Orlando, campeão da World Series com o Kansas City Royals em 2015, e Yan Gomes, vice-campeão em 2016 com o Cleveland Indians. O calendário das duas competições coincide e dificultaria a liberação dos grandes nomes do esporte mundial.
- Os Jogos Olímpicos inspiram esperança. Principal liga do Japão, a NPB se comprometeu com a competição e seus jogadores são grandes celebridades no país - afirmou Oscar Lopez, do departamento de mídia da WBSC.
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E O BRASIL?
O Brasil tem consciência da dificuldade em chegar a conquistar uma vaga na competição. Presidente da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol, Jorge Otsuka mantém os pés no chão, mas sem perder a esperança de participar da volta das duas modalidades para os Jogos Olímpicos.
- Se forem mesmo seis seleções, serão apenas duas vagas para as Américas. Para o Brasil, é dificílimo, mas não custa sonhar - afirmou o presidente.
O primeiro palco já foi definido: a sede do Yokohama BayStars, que fica a 40km de Tóquio. Ainda existe a possibilidade da realização de um ou mais jogos em Fukushima. A fórmula da fase de classificação para os Jogos deve ser anunciada no começo de 2017.

REGRAS BÁSICAS: BEISEBOL
- Cada time entra em campo com nove jogadores: arremessador, catcher, primeira base, segunda base, terceira base, shortstop e três outfielders. O elenco para uma partida conta com 25 jogadores. Uma vez substituído, o jogador não pode retornar.
- São nove entradas, que seriam os tempos do jogo. Não já limite de duração. Cada time tem uma chance de atacar por entrada. A participação ofensiva termina quando três jogadores são eliminados.
- Para iniciar uma corrida, é preciso conseguir uma rebatida ou quando o arremessador erra quatro arremessos na disputa individual. Para pontuar, um jogador precisa percorrer as quatro bases do diamante formado pelo desenho das bases. Ele pode ser impulsionado pelos companheiros de time com novas rebatidas, ou com a própria caso a bola saia do estádio, configurando um home run.
- Para eliminar um jogador, o arremessador precisar de três strikes, sendo que o último deles deve terminar na luva do catcher, que fica posicionado atrás do rebatedor. Em caso de rebatida, a eliminação acontece se a defesa for realizada antes de a bola tocar no chão. Se ele rebater e a bola tocar no chão, o defensor precisar fazer a bola chegar na mão de um dos companheiros posicionados nas bases antes do rebatedor, que pode optar por parar em uma delas ou continuar correndo até chegar ao home plate (quarta base).

- O vencedor é o time que marcar mais corridas ao fim de nove entradas. Caso haja empate depois desse período, o jogo segue com entradas extras até que alguém pontue.
- Em jogos internacionais, o arremessador não rebate, sendo substituído por um rebatedor designado na sua vez no bastão. Na MLB, a principal organização dos Estados Unidos, ele rebate nos jogos de mando de campo da Liga Nacional.
REGRAS BÁSICAS: SOFTBOL
- As regras são basicamente as mesmas do beisebol. As diferenças estão no tamanho do campo, da bola e do taco. Também existe uma mudança na mecânica do arremesso, que é feito com os braços abaixo dos ombros. No beisebol, ele não tem uma obrigatoriedade de movimento. Além disso, são sete entradas nos Jogos Olímpicos e não nove.