Após polêmicas, Willian Farias anuncia que vai

Líder do elenco, capitão do time, destaque individual em muitas partidas. O volante Willian Farias é uma das referências do Vitória desde a última temporada. Pela disposição em campo e atributos técnicos, ele ganhou também o respeito da torcida rubro-negra. Na última quinta-feira, contudo, a boa relação entre atleta e torcedor ficou ameaçada. Após o triunfo sobre o Galícia, no estádio de Pituaçu, Farias criticou as vaias vindas das arquibancadas e cobrou maior presença de público nos jogos no Barradão.
Nesta sexta-feira, o volante pediu para falar com a imprensa na Toca do Leão. Ele aproveitou a oportunidade para ratificar o que já tinha feito por meio das redes sociais e pedir desculpas ao torcedor.
O volante foi além, disse ter sido mal interpretado e afirmou que passará um tempo sem falar com a imprensa.- Só ressaltar meu pedido de desculpas, o respeito que tenho pelo torcedor. Acho que as pessoas escrevem o que querem, até no intervalo do jogo. Você vindo de um jogo que a gente sabe, a gente não é bobo, não quer enganar ninguém, não fazíamos bom jogo. Um amigo de vocês da imprensa me perguntou por que a torcida não estava gostando, vaiando. Simplesmente falei que, naquele momento, aquilo era o menos importante. Lógico que a gente quer o torcedor opinando, mas, naquele momento, a torcida vaiando, para nós, é o que menos importava. A torcida estava vaiando, eu ia fazer o quê? Eu ia para casa? Não voltava mais para o segundo tempo? Nesse aspecto, eu que quis falar. Estava uma atmosfera negativa no estádio, a gente sente isso. A gente sentiu que não estava bem. O torcedor tem todo o direito de cobrar, vaiar, fazer o que bem entender. No momento, eu estava com a cabeça quente, sabia que não tínhamos feito um bom jogo. Peço desculpas ao torcedor pela maneira que falei, não foi legal naquele momento. Que a gente possa aproximar e unir forças, foi isso que quis falar. Levei um drible no meio-campo, e a torcida comemorou. Se quiser puxar, tomei um drible e parecia que era torcida deles. Enfim, isso não vem mais ao caso. Eu vou me policiar mais nas entrevistas, ou até mesmo não dar. (...) Foi o que estava sentindo naquele momento, sou ser humano, tenho emoções, medos, coragem e estou sujeito a erros. Vou encarar como um erro meu e nunca esquecer que o Vitória sempre será maior se todas as partes estiverem unidas, jogador, diretoria, comissão técnica e torcedor. Estou aqui para pedir desculpas mais uma vez. Aquela frase que usei no final do jogo, de quantos torcedores tinham no estádio, não é minha função no clube, minha função é jogar e honrar a camisa. Não caí de paraquedas aqui. Tinha meu contrato com o Cruzeiro. Eu escolhi estar aqui, junto com a antiga diretoria. Fui muito bem recebido pelo clube, funcionários, torcedor. Quero sempre o melhor para o clube e acho que, para isso, é preciso a união das partes – comentou.
Autor: ,postado em 04/03/2017
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