Argel vê time paciente e elogia atuações de Gabriel Xavier e Patric

Mesmo com um time misto, o Vitória seguiu a rotina de bons resultados no Campeonato Baiano e bateu o Atlântico por 2 a 0 na tarde deste domingo, no Barradão. Com a vitória, a equipe chegou a 15 pontos no Baianão e manteve a boa distância para os rivais no topo da tabela da competição. Os gols do jogo foram marcados por Cleiton Xavier, no primeiro tempo, e André Lima, na etapa final. [Confira os melhores momentos do jogo no vídeo acima]
Para o jogo deste domingo, o técnico Argel Fucks mudou não só o time, mas também a maneira da equipe jogar. O Rubro-Negro foi a campo com um 4-4-2, com dois meias - Cleiton Xavier e Gabriel Xavier - e dois atacantes de beirada - Paulinho e David -, e sem um centroavante de referência. Após o jogo, Argel avaliou as dificuldades encontradas pelo time ao longo do jogo e explicou as modificações.
- O adversário veio fechado, tentando buscar o contra-ataque, explorar uma jogada de bola parada. Mudamos hoje um pouco a forma de jogar. A gente sempre vinha jogando no 4-2-3-1. Hoje jogamos com um quadrado no meio-campo, o David fazendo um falso nove, com essa mobilidade, buscando o jogo. É muito difícil furar o bloqueio do adversário. O Atlântico se postou bem, fez duas linhas de quatro, se defendeu bem. Criamos bastantes oportunidades durante os 90 minutos, o adversário teve seus méritos e se defendeu bem. Você tem muita dificuldade para fazer o primeiro gol e, quando faz, o adversário se abre um pouco mais. Não acontece isso no futebol baiano. O adversário toma um gol e se fecha mais ainda. Tivemos que ter paciência, tranquilidade, buscar os espaços, porque o gol podia sair no primeiro minuto ou no último, como saiu. O importante é ter paciência, ter tranquilidade, controlar o hoje, porque uma hora o gol vai sair, pelo volume que a equipe impôs - acredita Argel.

Entre as novidades no time titular do Vitória estavam o meia Gabriel Xavier, que recentemente se recuperou de lesão, e o lateral-direito Patric, reforço utilizado pela primeira vez por Argel na temporada. O treinador do Vitória elogiou a atuação da dupla.
- Gostaria de ter o Gabriel, até porque já tinha sido meu jogador na Portuguesa. Gabriel teve uma lesão, que é uma coisa que acontece. Não é um jogador que se machuca muito, até por ser novo. É um jogador de mobilidade, então queríamos ver ele jogando. Existe o processo de transição. O jogador não vai sair da maca, se recuperar dois dias e treinar, porque ele corre o risco de rasgar de novo. A gente preparou o Gabriel, preparou o Patric, que estava fazendo um trabalho separado no Atlético-MG. Quando chega aqui, o trabalho é diferente, o volume é diferente. Você precisa preparar o jogador para que ele possa jogar. Por isso que o Patric conseguiu jogar nos 90 minutos. Claro que é um problema bom. Os dois tiveram atuações boas. Gostei muito do Vinícius também. Teve poucas oportunidades e nunca abaixou a cabeça. Hoje ele fez uma partida segura. Tenho uma confiança muito grande, estava bem preparado. De modo geral, eu gostei da equipe.
O motivo do time misto neste domingo foi o desgaste dos atletas e o jogo fundamental da próxima quinta-feira, contra o Vasco, pela terceira fase da Copa do Brasil. Argel não garantiu a manutenção do sistema tático adotado na partida deste domingo para o duelo de quinta.
- Vamos devagar. Hoje é domingo, o jogo é quinta. Vamos respirar. Mas é um possibilidade de a gente jogar. Preservamos alguns jogadores, porque eles vinham numa sequência grande de jogos. Jogamos quinta contra o Galícia, e jogar hoje às 16h, até eu senti o calor. Colocamos um sistema diferente para ver como é essa atuação do Gabriel, que é um jogador importante, um meia que arranca com a bola, chuta de fora da área. Queria ver o Cleiton ao lado dele, com dois atacantes de mobilidade. A gente não é adepto só de um sistema de jogo. Podemos jogar num 4-2-3-1, num 4-1-4-1, como fizemos lá com o Galícia. Hoje foi importante. Além da obrigação de ganhar o jogo para continuar na frente, de preferência não sofrendo gols, e aí sim testar um outro sistema tático.
EXIBIÇÕES E BONS RESULTADOS
- Acho que, quanto a resultado, os números estão aí e não tem o que contestar. A gente reconhece, e tem a humildade de reconhecer, que temos que melhorar nossa exibição. Lembro uma época que o Flamengo montou um ataque dos sonhos, com Sávio, Romário e Edmundo, e virou um grande pesadelo, porque eles não faziam gol em ninguém. Tem um tempo para você buscar esse encaixe. Muitos jogos, pouco tempo para trabalhar. Agora a tabela até foi favorável, essa semana também, porque o jogo é na quinta. Recuperamos os jogadores e temos tempo para treinar, podemos fazer um trabalho tático diferente.
CHANCES A JHEMERSON
- Jhemerson jogou alguns jogos. O que a gente faz: o dia a dia que vai escalando, o treinamento. A concorrência aumentou, vários jogadores jogando na função dele. Mas ele é garoto e está sendo lapidado. Não pode jogar todas a responsabilidade nas costas de um garoto. Com calma, com tranquilidade, a gente vai usar ele. Gosto muito de trabalhar com a base, acho que são jogadores importantes, o clube vive disso, e o Vitória sempre trabalhou muito bem na base. A gente vai ter um cuidado sempre muito especial com esses jogadores, porque a base é o futuro de qualquer clube.
SEIS VITÓRIAS NO BAIANÃO
- Acho que é importante isso. Nossa equipe sempre tenta melhorar, busca melhorar em cada partida. E isso é um lado importante pela dificuldade que é. Hoje em dia o futebol é muito equilibrado. É importante salientar que nos últimos quatro jogos não tomamos gols. Mostra solidez defensiva. Claro que a gente precisa melhorar. Mas são dados que vão fortalecer a nossa equipe. A gente tem que ter a humildade de reconhecer que vamos evoluir cada vez mais. Mas é um passo importante.
Autor: ,postado em 06/03/2017
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