Mancini espera ser o último técnico do ano e quer desempenho de G-4 no 2º turno

A quarta passagem de Vagner Mancini começou, efetivamente, na tarde desta quarta-feira. Antes de se reunir com o elenco para uma conversa e posteriormente aplicar o primeiro treinamento na Toca do Leão, o treinador falou pela primeira vez com a imprensa. Substituto de Alexandre Gallo, ele pega a equipe na penúltima colocação, com 12 pontos, cinco atrás do Atlético-PR, primeiro clube fora do Z-4.
Diante de um cenário complicado, Mancini já chega ao Rubro-Negro com uma meta estabelecida para escapar do rebaixamento: alcançar os 45 pontos. Para isso, é preciso ter um desempenho de time de G-4 na segunda metade do Campeonato Brasileiro.
- Temos que estabelecer isso com quem entra em campo. Temos que sentar com os atletas. É importante você objetivar metas, sentar com os atletas para que eles entendam que são capazes daquilo, e que é importante também para o clube. Ninguém entra no campeonato ignorando que a meta inicial é chegar aos 45 pontos. Agora como vamos chegar até lá, vai depender. Mas é importante que você mostre para eles que é totalmente possível e que outras equipes já fizeram. Não posso dizer que vamos buscar o Corinthians, porque o Corinthians tem 28 pontos à frente. O segundo turno para a gente tem que ser de time que está no G-4 – afirmou.
Vagner Mancini é o técnico que mais dirigiu o Vitória em campeonatos brasileiros, mas isso não foi suficiente para evitar sua demissão em setembro do ano passado, quando a equipe atravessava um mau momento. Seu substituto, Argel Fucks, conseguiu livrar o time do rebaixamento, mas foi demitido neste ano. Petkovic e Gallo também comandaram o Leão em 2017.
Mancini é, portanto, o quarto técnico que vai comandar a equipe no ano. E ele espera que seja o último, além de cumprir seu contrato até o final, que vai até dezembro de 2018.
- O que foi decisivo [para aceitar a proposta] foi a conversa com a diretoria e aquilo que eu sei em termos de potencial do clube. Naquele momento a gente vinha de 16 meses de trabalho, vínhamos com um planejamento. Hoje não, hoje é diferente, já são quatro técnicos no ano. Quanto mais você mexe, mais você perde. Então espero que seja o último treinador do ano e que eu possa ficar aqui até o término de 2018. Dentro de campo, nós vamos dar ao time uma cara diferente, de um time que vencia os jogos dentro do Barradão. Vou pedir aos meus atletas para que a gente volte a ter o perfil do Vitória, que sempre foi forte dentro de casa. Isso recupera a auto estima, a confiança, e faz com que o torcedor venha ao estádio – afirmou.
Mancini tem logo uma pedreira no seu jogo de estreia. No domingo, o Vitória vai até Belo Horizonte, onde encara o Cruzeiro, no Mineirão, às 19h (horário de Brasília).
Confira outros trechos da coletiva de Mancini.
MOMENTO DE RECONSTRUÇÃO
- Gostaria de dizer que não consegui responder à mensagem de vários de vocês, porque não tive tempo. Esses últimos dias foram muito intensos. A gente sentou e tentou ficar sabendo de tudo que estava acontecendo no clube. Hoje eu já tenho um bom apanhando do que foi o Vitória nesses últimos tempos. Estou feliz por voltar, por ter o carinho das pessoas. Quero passar que esse não é mais um momento de crise, é um momento de reconstrução. Um momento novo para o Vitória.
MOVIDO A DESAFIOS
- O desafio é o que mais me movimenta no futebol. Uma pessoa olhar para mim falar “você vai assumir a Chapecoense”. Lógico que é uma situação atípica, que ninguém queria que tivesse acontecido. Essa é a grande diferença do grande profissional. Você entender o processo e colocar sua mão. Tive outras oportunidades depois de deixar a Chapecoense, mas nenhuma como a do Vitória. Quando sentei e conversei, vi que tinha uma segurança. Por mais difícil que esteja o momento, eu vi sinceridade, então passo a ser mais um soldado que vai para a guerra. O Vitória não é para estar em 19ª lugar. Cabe a todos falarem a mesma língua, evitarmos as desculpas, e diante disso buscar aquilo que pensamos que pode ser feito. O fundamental agora é entrar em campo e vencer partidas.
NOVO CICLO
- Foram boas conversas, havia um encerramento de um ciclo. Me foi passado que algumas alterações seriam feitas, isso a nível de pessoal também. São novas pessoas, que estão pensando da mesma forma. Assim como eu sou cobrado, todos que participam do processo também precisam ser cobrados. Chego com uma vontade muito grande de que o jogo fosse amanhã, para colocar logo tudo em prática. A gente precisa fazer com que esse time volte a vencer. Assim você consegue se estabelecer no mercado, com planejamento como ponto forte. Se houve ou não planejamento, não me importa. Importa que agora a gente vai fazer acontecer. Acompanhei o Gallo aqui, uma pessoa seríssima, por isso não há razão para querer mudar o mundo aqui – comentou Mancini.
APROVEITAMENTO DA BASE
- Em 2008, que foi minha passagem inicial aqui no Vitória, adotamos vários atletas da base para jogar. Na sequência também, teve Victor Ramos, Elkeson. Lembro do estádio inteiro vaiando o Elkeson, e eu mantive ele. O mais importante é ter um time competitivo. Se for necessário usar a base, eu usarei. Quero atletas que entendam a importância do Vitória. Pode ser quem for, se não vestir a camisa, não vai jogar. É importante também usar a base, porque a base do Vitória é referência nacional.
QUEM CHEGA
- O Valter está voltando comigo, mas em uma função diferente. Ele terá uma ação mais multidisciplinar, não só a função de auxiliar em campo. Posteriormente pode ser que a gente faça a vinda de outro auxiliar.
METODOLOGIAS MISTURADAS
- Conversei com o Flávio Tanajura, pedi um esboço do que foi o Vitória até aqui. Vi jogos com todos os treinadores. É lógico que você tem misturadas metodologias que não fazem bem ao atleta. Nós vamos ter que estar atentos a isso daí. Pelo que observei, o Vitória às vezes tem uma marcação um pouco mais adiantada. Até o jogo do Cruzeiro vou fazer muito pouco, será mais na base da conversa. Pedir para o Vitória reagir. Fazer o time despertar de uma situação. A parte estrutural de equipe, de parte tática, a gente vai implementar aos poucos.
A quarta passagem de Vagner Mancini começou, efetivamente, na tarde desta quarta-feira. Antes de se reunir com o elenco para uma conversa e posteriormente aplicar o primeiro treinamento na Toca do Leão, o treinador falou pela primeira vez com a imprensa. Substituto de Alexandre Gallo, ele pega a equipe na penúltima colocação, com 12 pontos, cinco atrás do Atlético-PR, primeiro clube fora do Z-4.
Diante de um cenário complicado, Mancini já chega ao Rubro-Negro com uma meta estabelecida para escapar do rebaixamento: alcançar os 45 pontos. Para isso, é preciso ter um desempenho de time de G-4 na segunda metade do Campeonato Brasileiro.
- Temos que estabelecer isso com quem entra em campo. Temos que sentar com os atletas. É importante você objetivar metas, sentar com os atletas para que eles entendam que são capazes daquilo, e que é importante também para o clube. Ninguém entra no campeonato ignorando que a meta inicial é chegar aos 45 pontos. Agora como vamos chegar até lá, vai depender. Mas é importante que você mostre para eles que é totalmente possível e que outras equipes já fizeram. Não posso dizer que vamos buscar o Corinthians, porque o Corinthians tem 28 pontos à frente. O segundo turno para a gente tem que ser de time que está no G-4 – afirmou.
Vagner Mancini é o técnico que mais dirigiu o Vitória em campeonatos brasileiros, mas isso não foi suficiente para evitar sua demissão em setembro do ano passado, quando a equipe atravessava um mau momento. Seu substituto, Argel Fucks, conseguiu livrar o time do rebaixamento, mas foi demitido neste ano. Petkovic e Gallo também comandaram o Leão em 2017.
Mancini é, portanto, o quarto técnico que vai comandar a equipe no ano. E ele espera que seja o último, além de cumprir seu contrato até o final, que vai até dezembro de 2018.
- O que foi decisivo [para aceitar a proposta] foi a conversa com a diretoria e aquilo que eu sei em termos de potencial do clube. Naquele momento a gente vinha de 16 meses de trabalho, vínhamos com um planejamento. Hoje não, hoje é diferente, já são quatro técnicos no ano. Quanto mais você mexe, mais você perde. Então espero que seja o último treinador do ano e que eu possa ficar aqui até o término de 2018. Dentro de campo, nós vamos dar ao time uma cara diferente, de um time que vencia os jogos dentro do Barradão. Vou pedir aos meus atletas para que a gente volte a ter o perfil do Vitória, que sempre foi forte dentro de casa. Isso recupera a auto estima, a confiança, e faz com que o torcedor venha ao estádio – afirmou.
Mancini tem logo uma pedreira no seu jogo de estreia. No domingo, o Vitória vai até Belo Horizonte, onde encara o Cruzeiro, no Mineirão, às 19h (horário de Brasília).
Confira outros trechos da coletiva de Mancini.
MOMENTO DE RECONSTRUÇÃO
- Gostaria de dizer que não consegui responder à mensagem de vários de vocês, porque não tive tempo. Esses últimos dias foram muito intensos. A gente sentou e tentou ficar sabendo de tudo que estava acontecendo no clube. Hoje eu já tenho um bom apanhando do que foi o Vitória nesses últimos tempos. Estou feliz por voltar, por ter o carinho das pessoas. Quero passar que esse não é mais um momento de crise, é um momento de reconstrução. Um momento novo para o Vitória.
MOVIDO A DESAFIOS
- O desafio é o que mais me movimenta no futebol. Uma pessoa olhar para mim falar “você vai assumir a Chapecoense”. Lógico que é uma situação atípica, que ninguém queria que tivesse acontecido. Essa é a grande diferença do grande profissional. Você entender o processo e colocar sua mão. Tive outras oportunidades depois de deixar a Chapecoense, mas nenhuma como a do Vitória. Quando sentei e conversei, vi que tinha uma segurança. Por mais difícil que esteja o momento, eu vi sinceridade, então passo a ser mais um soldado que vai para a guerra. O Vitória não é para estar em 19ª lugar. Cabe a todos falarem a mesma língua, evitarmos as desculpas, e diante disso buscar aquilo que pensamos que pode ser feito. O fundamental agora é entrar em campo e vencer partidas.
NOVO CICLO
- Foram boas conversas, havia um encerramento de um ciclo. Me foi passado que algumas alterações seriam feitas, isso a nível de pessoal também. São novas pessoas, que estão pensando da mesma forma. Assim como eu sou cobrado, todos que participam do processo também precisam ser cobrados. Chego com uma vontade muito grande de que o jogo fosse amanhã, para colocar logo tudo em prática. A gente precisa fazer com que esse time volte a vencer. Assim você consegue se estabelecer no mercado, com planejamento como ponto forte. Se houve ou não planejamento, não me importa. Importa que agora a gente vai fazer acontecer. Acompanhei o Gallo aqui, uma pessoa seríssima, por isso não há razão para querer mudar o mundo aqui – comentou Mancini.
APROVEITAMENTO DA BASE
- Em 2008, que foi minha passagem inicial aqui no Vitória, adotamos vários atletas da base para jogar. Na sequência também, teve Victor Ramos, Elkeson. Lembro do estádio inteiro vaiando o Elkeson, e eu mantive ele. O mais importante é ter um time competitivo. Se for necessário usar a base, eu usarei. Quero atletas que entendam a importância do Vitória. Pode ser quem for, se não vestir a camisa, não vai jogar. É importante também usar a base, porque a base do Vitória é referência nacional.
QUEM CHEGA
- O Valter está voltando comigo, mas em uma função diferente. Ele terá uma ação mais multidisciplinar, não só a função de auxiliar em campo. Posteriormente pode ser que a gente faça a vinda de outro auxiliar.
METODOLOGIAS MISTURADAS
- Conversei com o Flávio Tanajura, pedi um esboço do que foi o Vitória até aqui. Vi jogos com todos os treinadores. É lógico que você tem misturadas metodologias que não fazem bem ao atleta. Nós vamos ter que estar atentos a isso daí. Pelo que observei, o Vitória às vezes tem uma marcação um pouco mais adiantada. Até o jogo do Cruzeiro vou fazer muito pouco, será mais na base da conversa. Pedir para o Vitória reagir. Fazer o time despertar de uma situação. A parte estrutural de equipe, de parte tática, a gente vai implementar aos poucos.
Autor: ,postado em 12/07/2017
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