Eteine Medeiros nem viu o tempo, apenas o número 1 ao lado do seu nome no placar. Só depois de passada a euforia de se tornar a primeira brasileira campeã mundial em piscina longa, a nadadora percebeu que ficou muito perto do recorde mundial em Budapeste. A marca 27s14 é a terceira melhor da história, a melhor das Américas. Para alcançar os 27s06 da chinesa Zhao Jing, a pernambucana vai intensificar o trabalho de força nas próximas temporadas.
- Depois da final, nós conversamos. Sabíamos que ali podíamos chegar ao recorde. Depois que nadou, passou pela cabeça dela que poderia. Para isso, a Etiene precisa melhorar a força máxima. Vamos trabalhar a força, mas não a estrutura física, e sim a funcionalidades das fibras (musculares). Ela precisa resistir nos metros finais - disse Fernando Vanzella, técnico de Etiene e da seleção brasileira.
Etiene Medeiros ficou perto do recorde mundial nos 50m costas de Budapeste (Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA)
Antes de intensificar o trabalho de fortalecimento muscular, Etiene vai disputar o Troféu José Finkel na semana que vem, em Santos, defendendo o Sesi-SP. Ela também vai ter um período de descanso, mas já está animada para as competições do fim do ano e acredita que pode chegar ao recorde no Mundial de Gwangju, na Coreia do Sul, em 2019.
- Ter um recorde mundial é muito tenso. Exige muito treinamento. Achei que quem ganhasse aquela prova iria bater o recorde, foi uma prova muito dura. Foi uma prova muito bem realizada, com a saída muito boa. O finalzinho poderia ser melhor. Sempre a gente quer mais, quer melhorar. Quem sabe daqui a dois anos, no próximo Mundial de longa. Daqui para lá ainda tem muito tempo, tem o Mundial de curta, várias competições pela frente - disse Etiene.
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