Tite tem defeitos, e o Brasil descobriu
Demorou muito. Foram exatos 655 dias de santificação de Tite. Entre a estreia no dia 1º de setembro de 2016, com 3 a 0 no Equador, e o empate na estreia da Copa do Mundo, 1 a 1 com a Suíça, o treinador da seleção brasileira classificou o país para a Copa com campanha inconteste, virou potencial candidato a presidente da República, foi tema de livro e inúmeros especiais jornalísticos e também foi à bancada do Jornal Nacional.
[Raphael Zarko, autor do texto, é repórter do GloboEsporte.com e gosta das músicas de Paulo Coelho e Raul Seixas.]
Era muito tempo sem quase nenhuma contestação – por méritos do técnico, diga-se. E não é que, agora, o jogo virou. Nada disso. Era algo absolutamente normal. Tite é um ótimo treinador, com aquelas teimosias regulares que todo treinador têm – ou nem licença para treinar poderia tirar.
A revista “Época” desse fim de semana traz uma revelação curiosa e que mostra o quão humano Tite é. Logo que iniciou a trajetória na Seleção, Tite barrou Felipe Luiz para colocar Marcelo, o super lateral-meia do Real. Tem treinador que inventa até lesão em jogador para isso, mas Tite não.
A reportagem conta que Tite presenteou o jogador do Atlético de Madri com "Maktub", um livro de Paulo Coelho. Você é barrado por um rival da própria cidade e ainda ganha um livro do Paulo Coelho? Ali, Tite já provava que era realmente humano.
O exemplo da obra do escritor e best-seller brasileiro, antigo parceiro de Raul Seixas (por sinal, dizem que o “Hippie”, novo livro, é muito bom), combina com a brincadeira que fazia ao falar de Tite. A pauta dessa Copa é “Encontramos 10 defeitos de Tite. Entenda”.
Antes de tudo isso, Lugano disse que Tite “era o encantador de serpentes”. Após o empate frustrante da estreia, Tite deve estar sentindo no cangote aquele bafo quente que, de repente, já nem lembrava mais que existia.
Danilo ou Fagner? Por que Marquinhos fora? E Renato Augusto, volta? Gabriel Jesus ou Firmino? E Neymar hein? Douglas Costa no banco o jogo todo? São questões que ele já devia ter no inconsciente - e discutia junto com seus auxiliares -, mas que vêm à tona no primeiro momento de certa – mas nem tanto - insegurança da Seleção do técnico Tite. Então... bem-vindo, professor.
Demorou muito. Foram exatos 655 dias de santificação de Tite. Entre a estreia no dia 1º de setembro de 2016, com 3 a 0 no Equador, e o empate na estreia da Copa do Mundo, 1 a 1 com a Suíça, o treinador da seleção brasileira classificou o país para a Copa com campanha inconteste, virou potencial candidato a presidente da República, foi tema de livro e inúmeros especiais jornalísticos e também foi à bancada do Jornal Nacional.
[Raphael Zarko, autor do texto, é repórter do GloboEsporte.com e gosta das músicas de Paulo Coelho e Raul Seixas.]
Era muito tempo sem quase nenhuma contestação – por méritos do técnico, diga-se. E não é que, agora, o jogo virou. Nada disso. Era algo absolutamente normal. Tite é um ótimo treinador, com aquelas teimosias regulares que todo treinador têm – ou nem licença para treinar poderia tirar.
A revista “Época” desse fim de semana traz uma revelação curiosa e que mostra o quão humano Tite é. Logo que iniciou a trajetória na Seleção, Tite barrou Felipe Luiz para colocar Marcelo, o super lateral-meia do Real. Tem treinador que inventa até lesão em jogador para isso, mas Tite não.
A reportagem conta que Tite presenteou o jogador do Atlético de Madri com "Maktub", um livro de Paulo Coelho. Você é barrado por um rival da própria cidade e ainda ganha um livro do Paulo Coelho? Ali, Tite já provava que era realmente humano.
O exemplo da obra do escritor e best-seller brasileiro, antigo parceiro de Raul Seixas (por sinal, dizem que o “Hippie”, novo livro, é muito bom), combina com a brincadeira que fazia ao falar de Tite. A pauta dessa Copa é “Encontramos 10 defeitos de Tite. Entenda”.
Antes de tudo isso, Lugano disse que Tite “era o encantador de serpentes”. Após o empate frustrante da estreia, Tite deve estar sentindo no cangote aquele bafo quente que, de repente, já nem lembrava mais que existia.
Danilo ou Fagner? Por que Marquinhos fora? E Renato Augusto, volta? Gabriel Jesus ou Firmino? E Neymar hein? Douglas Costa no banco o jogo todo? São questões que ele já devia ter no inconsciente - e discutia junto com seus auxiliares -, mas que vêm à tona no primeiro momento de certa – mas nem tanto - insegurança da Seleção do técnico Tite. Então... bem-vindo, professor.
Autor: ,postado em 21/06/2018
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