Enderson diz que superioridade no primeiro tempo foi atípica e lamenta empate
O Bahia não conseguiu traduzir a superioridade que teve no primeiro tempo do clássico contra o Vitória em gols e foi punido com o empate, em partida disputada na tarde deste domingo, na Arena Fonte Nova. Gilberto, para o Tricolor, e Matheus Rocha, para o Rubro-Negro, anotaram os gols do duelo, válido pela 3ª rodada da Copa do Nordeste.
O técnico Enderson Moreira lamentou, em entrevista coletiva concedida ao fim da partida, o empate, que, em sua opinião, não fez jus ao desempenho da sua equipe ao longo do clássico. Para o treinador, a superioridade tricolor foi atípica, sobretudo na etapa inicial, foi atípica.
- Acho que o que foi atípico mesmo foi a total supremacia no primeiro tempo. Poderíamos ter definido o jogo. Futebol é assim, são vários pequenos jogos. Dificilmente a equipe do Vitória voltaria da mesma forma, tinha que fazer alguma coisa. Tivemos uma superioridade tamanha e eles saíram praticamente no lucro, foi só 1 a 0. As oportunidades criadas não convertermos em diferença de gol. Eles saíram talvez comemorando no primeiro tempo por ter uma situação ainda favorável. No segundo tempo eles melhoraram, começaram a jogar. Tivemos algumas dificuldades, mesmo tendo chances mais claras. Eles foram felizes no chute, tentamos argumentar e buscar. Infelizmente não conseguimos fazer o resultado que a gente queria. Este foi o meu terceiro Ba-Vi. Eu sinceramente, mesmo quando vencemos por 4 a 1, não vi tanta superioridade como fizemos hoje no primeiro tempo. O Bahia jogou 45 minutos de altíssima intensidade, com contra-ataques, time organizado, criamos chances claras para marcar. Infelizmente não pudemos oferecer para o nosso torcedor um grande triunfo hoje – afirmou o treinador.
O Bahia desperdiçou boas oportunidades de ampliar o marcador quando ainda vencia a partida. Rogério, por exemplo, perdeu um gol claro e foi vaiado pela torcida. Artur colocou uma bola na trave. Além disso, alguns atletas se precipitaram em lances decisivos e tomaram a decisão equivocada.
Para Enderson, faltou tranquilidade para os seus jogadores de ataque, mas ele também fez questão de dar o mérito pelo empate a Ronaldo.
- Acho que faltou [tranquilidade]. Temos que dar méritos ao Ronaldo, fez grande jogo, quatro ou cinco defesas difíceis. Do outro lado teve uma grande atuação. Buscamos o gol, tivemos boas finalizações, mas tem uma ou outra situação de ter equívoco, tinha bola com jogador melhor posicionado. Mas faz parte. Vamos pegar e treinar o que pode ser treinado, preparar a equipe da maneira que podemos, corrigir esses erros. Estou triste pelo resultado, acho que merecíamos um resultado diferente. Mas acho que estamos caminhando bem, no caminho certo. É o tipo de jogo que temos que buscar, que a equipe sempre mereça o triunfo – afirmou Enderson.
O treinador tricolor também falou sobre a opção por fazer a estreia de Fernandão, que atuou por pouco mais de dez minutos.
- Se não ponho [Fernandão], iam perguntar por que não pus. Se ponho, perguntam por que pus. Ele tinha condição de jogar exatamente o que jogou, entre 10 e 15 minutos. Temos que ter paciência, ele vem de outra realidade, tem consciência disso, vai demandar tempo para alcançar a melhor forma. É um jogador de imposição física, perigoso, criou situações e poderia ter definido a partida – disse.
O Bahia agora tem dois jogos em sequência: na quarta, a equipe encara o Atlético de Alagoinhas, pelo Campeonato Baiano. No dia seguinte, o Tricolor volta a campo para enfrentar o Liverpool-URU, pelo Sul-Americana.
Confira outros trechos da coletiva de Enderson Moreira:
Parte física
- Não podemos falar [de parte física]. A intensidade foi enorme durante quase todo o tempo. O adversário cresceu, eles tinham que melhorar de alguma forma. A gente não ficou aquém. No fim do jogo, nossa equipe estava jogando em cima dele, e eles ficaram acuados, tirando bola. Não acho que foi questão física. E olha que a equipe deles se preparou mais nesse início de temporada. O time sub-23 jogou duas partidas, eles puderam alongar a temporada. Saio satisfeito com o rendimento físico da equipe. Fomos intensos, buscamos o resultado quase todo o jogo. Durante três terços do jogo fomos muito superiores. Um quarto do jogo teve igualdade ou eles foram um pouco melhores. Futebol é assim mesmo.
Rogério e Élber
- Eu sempre enalteço nosso torcedor, é a razão maior para a gente fazer tudo o que faz. Mas em alguns momentos eu particularmente... Acho que Rogério fez um bom jogo, o melhor da vinda dele pra cá. Perdeu uma chance clara, mas isso acontece com todos os jogadores do mundo. Finalizou de fora da área, competiu. Fez um bom jogo. Não pode marcar o jogador. Élber fez uma temporada boa ano passado e é vaiado ao se aproximar de campo. Jogar futebol não é fácil. Élber entrou para jogar em cima de Jeferson, que estava cansado e levou uma pancada. Poderia fazer a diferença, e antes de entrar em campo já recebe vaias. É difícil para qualquer um. São seres humanos. Apesar de alguns torcedores terem outras preferências, esses são nossos atletas. Precisamos incentivar para que deem o retorno. O torcedor quer vencer sempre, mas não é possível. Não vai acontecer sempre. Nossa equipe mereceu muito os três pontos. Foram números superiores ao nossos rival.
Gol do Vitória
- Preciso avaliar direitinho. Pelo que observei, ele não estava livre, estava pressionado. Ele chutou, tem mérito. Futebol é assim. A bola do Artur teve mais intensão, mas o Ronaldo defendeu. É o futebol. As vezes um chute que não se espera, não está preparado, o cara chutou por tentar, sem noção de precisão, acaba entrando. Preciso ver se teve falha em termo de posicionamento. Acho que não. São coisas do futebol.
Sequência com jogos quarta e quinta
- O que a gente fala é que a gente sempre busca dar qualidade aos treinamentos, questões que a gente acha que pode trabalhar melhor. Mas é uma situação inusitada. Jogar quarta e quinta é a primeira vez. Na base tinha algumas competições que jogava cinco dias seguidos. Mas com equipe profissional, campeonatos importantes, a gente só lamenta. Temos um jogo importante pelo Baiano, gostaria de colocar o melhor time possível. Mas vamos com time “B”. Temos confiança, eles estão ajudando muito, temos que enaltecer esse projeto. É humanamente impossível cumprir todas as obrigações do jeito que é colocado. Temos cinco competições na temporada e temos uma penalidade para isso. Não tem tempo de recuperação, tempo para se preparar. Mas o futebol brasileiro insiste nisso. Acha que quanto mais, melhor. Quando conseguirmos colocar um calendário mais justo, teremos uma melhoria enorme no nível do jogo praticado.
O Bahia não conseguiu traduzir a superioridade que teve no primeiro tempo do clássico contra o Vitória em gols e foi punido com o empate, em partida disputada na tarde deste domingo, na Arena Fonte Nova. Gilberto, para o Tricolor, e Matheus Rocha, para o Rubro-Negro, anotaram os gols do duelo, válido pela 3ª rodada da Copa do Nordeste.
O técnico Enderson Moreira lamentou, em entrevista coletiva concedida ao fim da partida, o empate, que, em sua opinião, não fez jus ao desempenho da sua equipe ao longo do clássico. Para o treinador, a superioridade tricolor foi atípica, sobretudo na etapa inicial, foi atípica.
- Acho que o que foi atípico mesmo foi a total supremacia no primeiro tempo. Poderíamos ter definido o jogo. Futebol é assim, são vários pequenos jogos. Dificilmente a equipe do Vitória voltaria da mesma forma, tinha que fazer alguma coisa. Tivemos uma superioridade tamanha e eles saíram praticamente no lucro, foi só 1 a 0. As oportunidades criadas não convertermos em diferença de gol. Eles saíram talvez comemorando no primeiro tempo por ter uma situação ainda favorável. No segundo tempo eles melhoraram, começaram a jogar. Tivemos algumas dificuldades, mesmo tendo chances mais claras. Eles foram felizes no chute, tentamos argumentar e buscar. Infelizmente não conseguimos fazer o resultado que a gente queria. Este foi o meu terceiro Ba-Vi. Eu sinceramente, mesmo quando vencemos por 4 a 1, não vi tanta superioridade como fizemos hoje no primeiro tempo. O Bahia jogou 45 minutos de altíssima intensidade, com contra-ataques, time organizado, criamos chances claras para marcar. Infelizmente não pudemos oferecer para o nosso torcedor um grande triunfo hoje – afirmou o treinador.
O Bahia desperdiçou boas oportunidades de ampliar o marcador quando ainda vencia a partida. Rogério, por exemplo, perdeu um gol claro e foi vaiado pela torcida. Artur colocou uma bola na trave. Além disso, alguns atletas se precipitaram em lances decisivos e tomaram a decisão equivocada.
Para Enderson, faltou tranquilidade para os seus jogadores de ataque, mas ele também fez questão de dar o mérito pelo empate a Ronaldo.
- Acho que faltou [tranquilidade]. Temos que dar méritos ao Ronaldo, fez grande jogo, quatro ou cinco defesas difíceis. Do outro lado teve uma grande atuação. Buscamos o gol, tivemos boas finalizações, mas tem uma ou outra situação de ter equívoco, tinha bola com jogador melhor posicionado. Mas faz parte. Vamos pegar e treinar o que pode ser treinado, preparar a equipe da maneira que podemos, corrigir esses erros. Estou triste pelo resultado, acho que merecíamos um resultado diferente. Mas acho que estamos caminhando bem, no caminho certo. É o tipo de jogo que temos que buscar, que a equipe sempre mereça o triunfo – afirmou Enderson.
O treinador tricolor também falou sobre a opção por fazer a estreia de Fernandão, que atuou por pouco mais de dez minutos.
- Se não ponho [Fernandão], iam perguntar por que não pus. Se ponho, perguntam por que pus. Ele tinha condição de jogar exatamente o que jogou, entre 10 e 15 minutos. Temos que ter paciência, ele vem de outra realidade, tem consciência disso, vai demandar tempo para alcançar a melhor forma. É um jogador de imposição física, perigoso, criou situações e poderia ter definido a partida – disse.
O Bahia agora tem dois jogos em sequência: na quarta, a equipe encara o Atlético de Alagoinhas, pelo Campeonato Baiano. No dia seguinte, o Tricolor volta a campo para enfrentar o Liverpool-URU, pelo Sul-Americana.
Confira outros trechos da coletiva de Enderson Moreira:
Parte física
- Não podemos falar [de parte física]. A intensidade foi enorme durante quase todo o tempo. O adversário cresceu, eles tinham que melhorar de alguma forma. A gente não ficou aquém. No fim do jogo, nossa equipe estava jogando em cima dele, e eles ficaram acuados, tirando bola. Não acho que foi questão física. E olha que a equipe deles se preparou mais nesse início de temporada. O time sub-23 jogou duas partidas, eles puderam alongar a temporada. Saio satisfeito com o rendimento físico da equipe. Fomos intensos, buscamos o resultado quase todo o jogo. Durante três terços do jogo fomos muito superiores. Um quarto do jogo teve igualdade ou eles foram um pouco melhores. Futebol é assim mesmo.
Rogério e Élber
- Eu sempre enalteço nosso torcedor, é a razão maior para a gente fazer tudo o que faz. Mas em alguns momentos eu particularmente... Acho que Rogério fez um bom jogo, o melhor da vinda dele pra cá. Perdeu uma chance clara, mas isso acontece com todos os jogadores do mundo. Finalizou de fora da área, competiu. Fez um bom jogo. Não pode marcar o jogador. Élber fez uma temporada boa ano passado e é vaiado ao se aproximar de campo. Jogar futebol não é fácil. Élber entrou para jogar em cima de Jeferson, que estava cansado e levou uma pancada. Poderia fazer a diferença, e antes de entrar em campo já recebe vaias. É difícil para qualquer um. São seres humanos. Apesar de alguns torcedores terem outras preferências, esses são nossos atletas. Precisamos incentivar para que deem o retorno. O torcedor quer vencer sempre, mas não é possível. Não vai acontecer sempre. Nossa equipe mereceu muito os três pontos. Foram números superiores ao nossos rival.
Gol do Vitória
- Preciso avaliar direitinho. Pelo que observei, ele não estava livre, estava pressionado. Ele chutou, tem mérito. Futebol é assim. A bola do Artur teve mais intensão, mas o Ronaldo defendeu. É o futebol. As vezes um chute que não se espera, não está preparado, o cara chutou por tentar, sem noção de precisão, acaba entrando. Preciso ver se teve falha em termo de posicionamento. Acho que não. São coisas do futebol.
Sequência com jogos quarta e quinta
- O que a gente fala é que a gente sempre busca dar qualidade aos treinamentos, questões que a gente acha que pode trabalhar melhor. Mas é uma situação inusitada. Jogar quarta e quinta é a primeira vez. Na base tinha algumas competições que jogava cinco dias seguidos. Mas com equipe profissional, campeonatos importantes, a gente só lamenta. Temos um jogo importante pelo Baiano, gostaria de colocar o melhor time possível. Mas vamos com time “B”. Temos confiança, eles estão ajudando muito, temos que enaltecer esse projeto. É humanamente impossível cumprir todas as obrigações do jeito que é colocado. Temos cinco competições na temporada e temos uma penalidade para isso. Não tem tempo de recuperação, tempo para se preparar. Mas o futebol brasileiro insiste nisso. Acha que quanto mais, melhor. Quando conseguirmos colocar um calendário mais justo, teremos uma melhoria enorme no nível do jogo praticado.
Autor: ,postado em 04/02/2019
Comentários
Não há comentários para essa notícia