Mais experiência, mais calmo e mais sabedoria. Tem que saber falar as coisas direito, na hora certa, ajudar no vestiário. Antigamente falava o que não devia, acabava prejudicando. Além de jogar, tenho que ajudar muito no vestiário – disse Neto.
O atacante defendeu o CRB nas últimas três temporadas. Em 2018, ele entrou em campo em 53 oportunidades (41 como titular) e balançou as redes 22 vezes (média de 0,41 por jogo). Aos 36 anos, Neto garante estar em plena forma para ajudar o Vitória.
- Se não tivesse, jamais viria para o Vitória, jamais viria roubar o Vitória. Se não tivesse condições de jogar, fazer gol, não viria para o Vitória. Iria para o Brasiliense, que me deu dois anos de contrato, para o Brasil de Pelotas. Vim pra cá para desafiar a mim mesmo. Vim para ajudar o clube que eu amo – garante.
Neto Baiano também garantiu que não teme a pressão por resultados no Vitória. Neste ano, o clube tem como principal meta voltar para a Série A do Campeonato Brasileiro. O atacante também avaliou a disputa por posição com Léo Ceará e Eron.
- Quando uso essa camisa, me sinto feliz. Não tem pressão. Pressão é para quem não tem confiança. Tenho confiança em mim e sei que vou conseguir dar a resposta para a diretoria para renovar meu contrato.
- Nas duas vezes que vim aqui, o Vitória ganhou. Não tem pressão. Léo está em minha frente e tenho que respeitar. Ele, Eron... Os meninos estão em minha frente. Primeiro tenho que buscar a reserva, depois a titularidade. Léo hoje é o titular, é o nove do Vitória.
E como não poderia deixar de ser, o atacante foi questionado sobre a rivalidade com o Bahia. Comparado a Fernandão, do Bahia, o jogador se esquivou.
- O lado de lado, é a diretoria lá que tem que resolver. Vim pra cá para resolver o problema do Vitória. Léo fez gol ontem, fiquei feliz. É um menino que está crescendo muito. Do lado de lá não tenho nada ver não. Por mim fica lá e eu aqui.
Como meta pessoal, Neto estabeleceu chegar ao topo da artilharia do clube.
- Meta de gols? Tenho 85, o cara que tem mais gol é 150. Vou procurar chegar, quem sabe? Vou procurar chegar os 150. Quero ser o maior artilheiro do Vitória. É um sonho meu, espero um dia conseguir.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Neto Baiano:
Brincadeiras entre os jogadores
- Acho que é saudável. Quem perde tem que aceitar a resenha. Futebol tem que ter a brincadeira. Está muito chato que não pode brincar que tem confusão. Aqui, antigamente, brincava com Souza. Normal. Tomara que mude, que os jogadores aprendam, que tenha a resenha, que seja legal para chamar o público.
Comemoração de Vinícius no Ba-Vi de 2018
- Acho que Vinicius fez no lugar errado, faltou respeito à torcida do Vitória. Se fizesse do lado da torcida dele, normal. Se eu fizer gol, vou fazer e comemorar do meu jeito.
- Vitória é time que está sendo montado. Vitória sempre fez time da base. Está fazendo, está legal. Acho que é o correto. A experiência tem o Edcarlos, tem eu .[...] Tenho que passar minha experiência, todo dia no vestiário conversando, passar algumas coisas. Mais erros, porque acerto é muito fácil. Vou passar sempre para os caras mais novos.
- Tem que ter resenha, mas só posso falar resenha mais forte agora depois que ganhar o clássico.
- Além de ser torcedor, isso pra mim aqui... Só Deus sabe a alegria que estou, o que eu fiz para estar aqui. Queria mesmo jogar no Vitória. Foi uma vontade minha muito grande. Quero mostrar algumas coisas para algumas pessoas. Quando você está muito confiante em você mesmo, as coisas dão certo, você trabalhar mais, você se esforça mais para mostrar que merece estar onde está.
- Aqui no Vitória eu fiz uma família. Do portão até aqui embaixo todo mundo é meu amigo. Amigo mesmo. Paro carro, aperto a mão, dou abraço. Em todos. Até senti falta de alguns que saíram. Sempre procurei estar junto desse pessoal. Sempre fiz isso.