Chamusca volta a se irritar, ameaça deixar coletiva e minimiza empate
O clima esquentou na entrevista coletiva concedida pelo técnico Marcelo Chamusca logo após o empate em 1 a 1 com o Ceará, em partida realizada na tarde deste sábado, no Barradão. Logo em sua primeira resposta, ele corrigiu um profissional da imprensa sobre as estatísticas da equipe na Copa do Nordeste e minimizou os quatro empates nos quatro jogos disputados, já que, em dois deles, o Vitória foi a campo com um time sub-23.
Interrompido por outro radialista, o treinador rubro-negro se irritou e chegou a ameaçar deixar a sala de imprensa do Barradão. Chamusca fez questão de lembrar que os dois últimos empates no torneio regional aconteceram diante de Ceará e Bahia, adversários de Série A.
- Dois empates contra dois adversários de Série A. Os dois outros empates foram com o sub-23. Eu não estava à frente e não tinha nenhum atleta desse grupo. Os dois últimos jogos foram contra Bahia e Ceará, com investimento muito alto, estão jogando Brasileiro e com uma coincidência: os dois deram continuidade ao trabalho do ano passado. Esse time do Ceará é a base que trabalhei em 2017. Ganha para qualquer time, inclusive pode jogar contra Barcelona e Real Madrid e ganhar. Mas essa sua estatística está furada. Esse grupo tem dois empates. Os outros dois empates foram com outra equipe - afirmou.
A gente empatou hoje contra o Ceará em casa em uma circunstância que os senhores [imprensa] não devem levar em consideração porque não estavam lá.
Depois de ser interrompido, Chamusca emendou:
- Se você não deixar eu falar, vou sair e não vai ter entrevista. Empatamos hoje em uma circunstância que perdemos duas noites. Uma para ir para São Luís, outra para voltar. Não tivemos tempo suficiente. Isso no sol que a gente jogou. Só isso que estou querendo falar. Só quero mostrar que minha equipe foi castigada pelo calendário, tem o desgaste emocional pelo jogo de quarta-feira, a gente acabou quase meia noite, saímos 3h pro aeroporto. Foram duas noites perdidas, isso tem um peso. Não tenho nada a ver com quem foi, quem não foi. A viagem trouxe um desgaste físico. Esse desgaste físico tem interferência no rendimento hoje - disse.
Já mais tranquilo, Marcelo Chamusca fez uma análise da partida contra o Vozão. O Vitória abriu o placar logo no início do jogo, mas cedeu o empate na segunda etapa e passou sufoco. Ronaldo fez boas defesas.
- Acho que taticamente o jogo não foi ruim. Adversário foi superior, estava mais descansado. É um time que tem grande investimento. Nosso trabalho era para superar todas as dificuldades e tentar vencer o jogo. A gente esteve próximo porque estava ganhando, tomou gol no segundo tempo. Quando estava 1 a 0 teve uma oportunidade muito interessante e poderia ter feito 2 a 0
O treinador do Vitória também falou sobre a necessidade de reforçar a equipe e disse que a diretoria já está ciente dessa carência no elenco rubro-negro.
- Tenho falado em todas as entrevistas que existem uma intenção, desde o início, sempre falo que está avaliando o mercado e tem perdido muitas oportunidades por questões financeiras. Isso tem sido uma dificuldade, mas a diretoria está fazendo o possível para que a gente possa qualificar. O torcedor tem razão. Vem, quer ver o time ganhar, produzir. Além da qualificação, a gente precisa arcar nossos compromissos aqui - afirmou.
Pela Copa do Nordeste, o Vitória só volta a campo no dia sete de março, quando enfrenta o Botafogo-PB, no Barradão. Pelo Baianão, a equipe encara o Juazeirense no próximo domingo, no Adauto Moraes.
Confira outros trechos da coletiva de Marcelo Chamusca
Sente que há risco de não classificar?
- Não sinto. Com esse empate entramos na zona de classificação. A gente não jogou para empatar e não queria empatar. Em momento nenhum disse que não teve quatro empates. O que estou dizendo é que a análise tem que ser feita nos dois jogos. A gente tem que ser justo na análise. Com a vitória, estaria em primeiro ou segundo. A gente ainda tem uma sequência de jogos parta fazer, tem que se preparar melhor para conseguir os resultados. Falar agora que não vai classificar é muito prematuro.
Protesto da torcida
- Falar que o entorno, que é a torcida, opinião de vocês não tem interferência na performance, não está desassociado. O que a gente procurou fazer foi concentrar e focar nesse jogo contra o Ceará. A gente teve problemas em relação a lesão de jogadores, tinha um planejamento de colocar Erick no jogo de hoje, mas passou a semana tomando antibiótico, não tinha condição de jogar 90 minutos. As possibilidades que tinha foram muito prejudicadas por essa série de questões. A gente trabalhar o time, concentrar, focar, dar o suporte e confiança necessária.
Léo Ceará
- Eu discordo e concordo. Poderia ter chegado mais bolas, mas o jogo de hoje não proporcional isso porque o adversário ficou muito mais com a bola que nós. O adversário jogou muito mais. A gente sabia que eles iriam fazer um jogo de imposição. A característica do jogo fez com que ele fosse pouco acionado, mas ele teve um enfrentamento com o goleiro. Ele teve uma oportunidade clara de definição. Ali seria o 2 a 0. Não acho que a bola não tem chegado nele. A bola tem chegado, mas ele não tem sido feliz em finalizar. Isso faz parte. No jogo do Jequié aqui, ele teve seis ou sete finalizações. Tem jogo que a bola chega mais, tem jogo que chega menos. A função do 9 é assim. A gente não pode pegar um jogador que é ativo do clube, porque não está em um momento legal, descartar. Não abro mão e não desisto de atleta nenhum. Agora, a gente tem outras opções e está trabalhando outras opções
Apoio da torcida
- O que está acontecendo de fato é que nós chegamos agora, em janeiro, e estamos pagando uma conta que não é nossa. Sempre muito melhor ter sinergia com o torcedor. O time e a torcida junto. Mas entendo o sentimento do torcedor e respeito. A gente tem que aceitar, respeitar, desde que sejam ações que não ultrapassem a questão de agressão física, respeito moral. A arquibancada é o local mais democrático para isso. Ano passado as coisas não aconteceram, e a torcida vem saturada por isso tudo. Entendo o comportamento do torcedor
Preocupação
- Acho que o fato externo interfere. A gente consegue ter um controle de planejamento, carga, fisiologia, programação. Tudo isso sob nosso controle, só que o entorno, que é a imprensa e a torcida, não é controle nosso. A gente tem que saber lidar. Falo com os jogadores o que eu falo para eles falarem da mesma forma. A gestão é conseguir que os jogadores não percam o foco pelo que está acontecendo no entorno. Houve um resultado negativo, todo mundo ficou triste com isso. Fizemos de tudo para avançar na Copa do Brasil, infelizmente não avançou
O clima esquentou na entrevista coletiva concedida pelo técnico Marcelo Chamusca logo após o empate em 1 a 1 com o Ceará, em partida realizada na tarde deste sábado, no Barradão. Logo em sua primeira resposta, ele corrigiu um profissional da imprensa sobre as estatísticas da equipe na Copa do Nordeste e minimizou os quatro empates nos quatro jogos disputados, já que, em dois deles, o Vitória foi a campo com um time sub-23.
Interrompido por outro radialista, o treinador rubro-negro se irritou e chegou a ameaçar deixar a sala de imprensa do Barradão. Chamusca fez questão de lembrar que os dois últimos empates no torneio regional aconteceram diante de Ceará e Bahia, adversários de Série A.
- Dois empates contra dois adversários de Série A. Os dois outros empates foram com o sub-23. Eu não estava à frente e não tinha nenhum atleta desse grupo. Os dois últimos jogos foram contra Bahia e Ceará, com investimento muito alto, estão jogando Brasileiro e com uma coincidência: os dois deram continuidade ao trabalho do ano passado. Esse time do Ceará é a base que trabalhei em 2017. Ganha para qualquer time, inclusive pode jogar contra Barcelona e Real Madrid e ganhar. Mas essa sua estatística está furada. Esse grupo tem dois empates. Os outros dois empates foram com outra equipe - afirmou.
A gente empatou hoje contra o Ceará em casa em uma circunstância que os senhores [imprensa] não devem levar em consideração porque não estavam lá.
Depois de ser interrompido, Chamusca emendou:
- Se você não deixar eu falar, vou sair e não vai ter entrevista. Empatamos hoje em uma circunstância que perdemos duas noites. Uma para ir para São Luís, outra para voltar. Não tivemos tempo suficiente. Isso no sol que a gente jogou. Só isso que estou querendo falar. Só quero mostrar que minha equipe foi castigada pelo calendário, tem o desgaste emocional pelo jogo de quarta-feira, a gente acabou quase meia noite, saímos 3h pro aeroporto. Foram duas noites perdidas, isso tem um peso. Não tenho nada a ver com quem foi, quem não foi. A viagem trouxe um desgaste físico. Esse desgaste físico tem interferência no rendimento hoje - disse.
Já mais tranquilo, Marcelo Chamusca fez uma análise da partida contra o Vozão. O Vitória abriu o placar logo no início do jogo, mas cedeu o empate na segunda etapa e passou sufoco. Ronaldo fez boas defesas.
- Acho que taticamente o jogo não foi ruim. Adversário foi superior, estava mais descansado. É um time que tem grande investimento. Nosso trabalho era para superar todas as dificuldades e tentar vencer o jogo. A gente esteve próximo porque estava ganhando, tomou gol no segundo tempo. Quando estava 1 a 0 teve uma oportunidade muito interessante e poderia ter feito 2 a 0
O treinador do Vitória também falou sobre a necessidade de reforçar a equipe e disse que a diretoria já está ciente dessa carência no elenco rubro-negro.
- Tenho falado em todas as entrevistas que existem uma intenção, desde o início, sempre falo que está avaliando o mercado e tem perdido muitas oportunidades por questões financeiras. Isso tem sido uma dificuldade, mas a diretoria está fazendo o possível para que a gente possa qualificar. O torcedor tem razão. Vem, quer ver o time ganhar, produzir. Além da qualificação, a gente precisa arcar nossos compromissos aqui - afirmou.
Pela Copa do Nordeste, o Vitória só volta a campo no dia sete de março, quando enfrenta o Botafogo-PB, no Barradão. Pelo Baianão, a equipe encara o Juazeirense no próximo domingo, no Adauto Moraes.
Confira outros trechos da coletiva de Marcelo Chamusca
Sente que há risco de não classificar?
- Não sinto. Com esse empate entramos na zona de classificação. A gente não jogou para empatar e não queria empatar. Em momento nenhum disse que não teve quatro empates. O que estou dizendo é que a análise tem que ser feita nos dois jogos. A gente tem que ser justo na análise. Com a vitória, estaria em primeiro ou segundo. A gente ainda tem uma sequência de jogos parta fazer, tem que se preparar melhor para conseguir os resultados. Falar agora que não vai classificar é muito prematuro.
Protesto da torcida
- Falar que o entorno, que é a torcida, opinião de vocês não tem interferência na performance, não está desassociado. O que a gente procurou fazer foi concentrar e focar nesse jogo contra o Ceará. A gente teve problemas em relação a lesão de jogadores, tinha um planejamento de colocar Erick no jogo de hoje, mas passou a semana tomando antibiótico, não tinha condição de jogar 90 minutos. As possibilidades que tinha foram muito prejudicadas por essa série de questões. A gente trabalhar o time, concentrar, focar, dar o suporte e confiança necessária.
Léo Ceará
- Eu discordo e concordo. Poderia ter chegado mais bolas, mas o jogo de hoje não proporcional isso porque o adversário ficou muito mais com a bola que nós. O adversário jogou muito mais. A gente sabia que eles iriam fazer um jogo de imposição. A característica do jogo fez com que ele fosse pouco acionado, mas ele teve um enfrentamento com o goleiro. Ele teve uma oportunidade clara de definição. Ali seria o 2 a 0. Não acho que a bola não tem chegado nele. A bola tem chegado, mas ele não tem sido feliz em finalizar. Isso faz parte. No jogo do Jequié aqui, ele teve seis ou sete finalizações. Tem jogo que a bola chega mais, tem jogo que chega menos. A função do 9 é assim. A gente não pode pegar um jogador que é ativo do clube, porque não está em um momento legal, descartar. Não abro mão e não desisto de atleta nenhum. Agora, a gente tem outras opções e está trabalhando outras opções
Apoio da torcida
- O que está acontecendo de fato é que nós chegamos agora, em janeiro, e estamos pagando uma conta que não é nossa. Sempre muito melhor ter sinergia com o torcedor. O time e a torcida junto. Mas entendo o sentimento do torcedor e respeito. A gente tem que aceitar, respeitar, desde que sejam ações que não ultrapassem a questão de agressão física, respeito moral. A arquibancada é o local mais democrático para isso. Ano passado as coisas não aconteceram, e a torcida vem saturada por isso tudo. Entendo o comportamento do torcedor
Preocupação
- Acho que o fato externo interfere. A gente consegue ter um controle de planejamento, carga, fisiologia, programação. Tudo isso sob nosso controle, só que o entorno, que é a imprensa e a torcida, não é controle nosso. A gente tem que saber lidar. Falo com os jogadores o que eu falo para eles falarem da mesma forma. A gestão é conseguir que os jogadores não percam o foco pelo que está acontecendo no entorno. Houve um resultado negativo, todo mundo ficou triste com isso. Fizemos de tudo para avançar na Copa do Brasil, infelizmente não avançou
Autor: ,postado em 01/02/2019
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