Não era a Polônia tricampeã do mundo em quada. Apenas Bartosz Kwolek fez parte do grupo campeão no ano passado. O técnico Heynen Vital, então, escalou um time de jovens talentos locais. E surpreendeu. Diante de um rival pouco conhecido, a seleção não conseguiu manter o mesmo padrão da fase classificatória. Foi a segunda derrota do Brasil em toda a Liga das Nações.
O começo já indicou uma noite pouco inspirada. A Polônia abriu 5/1 logo de cara, e Renan Dal Zotto pediu tempo. Foi o suficiente para que a seleção acordasse. Logo, diminuiu a diferença para apenas um ponto (7/6). O empate veio com um bloqueio de Bruninho, marcando 11/11 no placar. A virada veio mais uma vez através do paredão brasileiro. Flávio apareceu bem e colocou o time à frente 15/14. O Brasil chegou a abrir três pontos, mas a Polônia empatou. A equipe europeia cresceu depois da inversão do 5-1. O oposto Mujaz fez a seleção polonesa embalar de vez e fechar o primeiro set em 25/23.
Na volta à quadra, o Brasil quis reagir. Abriu vantagem logo de cara, fazendo 6/2 no placar. Pouco depois, com uma defesa espetacular com o pé, Bruninho deu sequência a um rali de 32 segundos, com a seleção levando a melhor. A Polônia, porém, seguiu firme e conseguiu se recuperar. Chegou ao empate, e Renan tentou arrumar a casa com Cachopa e Alan. Em um primeiro momento, não funcionou, e os rivais passaram à frente. Mas o jogo seguiu equilibrado. E, dessa vez, o Brasil levou a melhor. No saque errado do time polonês, a seleção deixou tudo igual: 25/23.
Dois saques errados, um de cada lado, abriram o terceiro set. Mas o jogo seguiu duro. Nenhum dos dois times conseguiu se desgrudar no placar no início da parcial. Mas o Brasil, aos poucos, tomou a frente. Pelas mãos de Wallace e Lucarelli, disparou e fez 16/11. A Polônia, mais uma vez, foi buscar. Em um ataque de Lucarelli para fora, os rivais viraram para 20/19. Renan, então, parou o jogo. Só que tudo desandou de vez. O Brasil passou a errar muito, permitiu a virada e caiu por 25/21.
Ao Brasil, só restava a obrigação de se impor. O time de Renan Dal Zotto conseguiu abrir boa vantagem na volta à quadra, fazendo 9/4 no placar. Com Cachopa e Isac, o time cresceu. Mas os reservas da Polônia queriam resolver logo o jogo. Na marra, seguiram colados no placar. O Brasil abriu três pontos, os rivais buscaram. No duelo de xadrez entre os técnicos Renan e Heynen Vital, o Brasil soube controlar melhor os nervos na reta final: 25/21, depois de uma pancada de Leal.
No set decisivo, o Brasil se manteve instável. Até saiu na frente, mas deu brechas para que a Polônia abrisse 5/2. Foi a vez de a seleção buscar. Com uma pancada de Wallace, empatou em 6/6. Só que a reação parou por ali. A Polônia manteve o ímpeto e fechou em 15/9.
Brasil: Bruninho, Wallace, Flávio, Lucão, Lucarelli e Leal. Líberos: Thales e Maique. Entraram: Cachopa, Alan, Maurício Borges, Douglas Souza e Isac.
Polônia: Komenda, Lukasz Kaczmarek, Klos, Bartosz , Kwolek e Huber. Entraram: Janusz, Lukasik e Muzaj.