Diante de tudo isso, fica a dúvida quanto ao ambiente que o time vai encontrar no jogo do próximo domingo, contra o Palmeiras, na Arena Fonte Nova. Na análise do técnico Roger Machado, a mágoa do torcedor é compreensível, mas só acontece por conta da própria competência do Tricolor na primeira parte do Brasileirão.
- Não tenha dúvida que esse momento pressiona. Pressiona time, jogadores, treinador. Passaram seis jogos, voltamos para casa e, na presença do nosso torcedor, não tivemos bons resultados nos últimos jogos. Naturalmente há pressão maior. Mas a pressão maior que nós temos é interna. Sabemos que podemos voltar ao nível que apresentamos no campeonato e nos credenciou a estar na parte de cima da tabela. Nossa campanha foi tão sólida que, passados seis jogos que não conseguimos um bom resultado, estamos em 9º lugar. A gordura que acumulamos permite que possamos estar na competição. Há uma pressão, mas hoje, mais que no começo do campeonato, acredito nesse time. No começo, a gente idealizava uma campanha e não esperava que fosse chegar nesse momento numa condição em que a não realização desses objetivos imediatos frustrou o torcedor.
"Entendo a mágoa do torcedor, a frustração, mas a frustração é proporcional à expectativa criada, ao que a gente já fez. Se eu pudesse escolher, ao invés de ter pouca gente no estádio, que tivesse muita gente, mesmo que fosse de forma apaixonada e em alguns momentos impaciente. Isso é prova de confiança no nosso time. O que nós queremos é que o torcedor continue confiando. O que a gente quer é fazer um final de ano que o torcedor se orgulho muito", completa Roger.
Em meio a toda essa pressão, Roger teve a semana livre para preparar o Bahia. Depois de fazer dez jogos em 30 dias, o treinador voltou a ter mais tempo para fazer ajustes no time. Na pauta certamente estão os substitutos de Juninho e Artur, que não vão poder jogar domingo porque pertencem ao Palmeiras.
Recuperação dos pequenos problemas. Hoje é o dia que todos estão indo para o campo. A semana, falando com o presidente, começou com motivação alta. Nosso elenco se ressente da semana aberta para trabalhar os princípios que nos levaram a esse momento. É repassar tudo, escolher as melhores opções para o jogo contra o Palmeiras. Não temos o Artur, o Juninho, Guerra... Escolher as melhores opções, estudar nosso adversário e ir confiante – acredita o treinador.
O tempo vem em boa hora para enfrentar um adversário que disputa o título do Brasileirão e conta com um longo período de invencibilidade sobre o Bahia. O Tricolor não bate o Verdão desde 2012, quando voltou da Arena Barueri com um triunfo por 2 a 0, gols de Souza.
- Palmeiras é o segundo colocado do campeonato. Empate do líder ontem ainda dá esperança ao Palmeiras de forma matemática. Os objetivos do Palmeiras são do Palmeiras, e os do Bahia são os nossos. Temos que fazer da melhor forma possível para conseguir o triunfo. Campeonato não tem facilidade. O que nós queremos é produzir bem, assim como parte do jogo do Flamengo. Isso vai nos dar garantia de manter o time competitivo.
O jogo está marcado para as 16h (horário de Brasília) deste domingo, na Arena Fonte Nova. Com 43 pontos, o Bahia ocupa a 9ª posição da Série a do Campeonato Brasileiro. O Palmeiras, por sua vez, é o vice-líder, com 67 pontos.