Desde a primeira convocação, em agosto, Pia trabalhou com 46 jogadoras. Dessas, apenas a volante Vitória Yaya e as goleiras Carla Maria e Gabrielli não entraram em campo. Todas as outras tiveram, ao menos, uma oportunidade. Dessas, um grupo de 24 jogadoras, que atuaram em pelo menos três jogos, despontam como as favoritas à disputa das 18 vagas nos Jogos de Tóquio. Seriam 25, se a lateral-direita Letícia Santos não tivesse sofrido ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho no amistoso contra a França, no último sábado. Uma possível surpresa? A zagueira Rafaelle, que foi chamada para sete jogos mas só fez sua estreia com Pia nesta terça, contra o Canadá.
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Pia já tem seu grupo praticamente definido, e a próxima convocação já deverá ser uma prévia da equipe que irá a Tóquio. Obviamente, precisa manter a disputa acesa e todas as jogadoras motivadas, mas não há mais espaço para novidades. Se ainda há lugar para dúvida, não muitas, é apenas na equipe titular. Mesmo assim, é difícil escapar de um time muito diferente de Bárbara, Antônia, Daiane ou Kathelen, Erika e Tamires; Formiga, Luana, Marta e Andressa Alves/Ludmila/Andressinha (a formação tática será crucial aqui); Debinha e Bia Zaneratto. Essas são as jogadoras que mais atuaram com Pia.
Jogadoras que mais atuaram por posição com Pia Sundhage — Foto: Arte: Infoesporte
A polivalente Luana, jogadora que, junto com Debinha, esteve em campo em todos os amistosos com Pia Sundhage, será peça fundamental nesse quebra-cabeças. Se for deslocada para a lateral-direita, abre espaço para novas formações táticas. O mesmo vale para Andressinha. Testada mais adiantada contra França e Canadá, é outra opção para variar o sistema de jogo brasileiro.
Seleção evolui na defesa mas ainda busca meio-campo ideal
A treinadora sueca assumiu a seleção brasileira sem esconder sua preocupação com o sistema defensivo. A seleção do Canadá foi a única a fazer dois gols no Brasil, o segundo dele já quando tinha uma jogadora a mais, após a expulsão de Jucinara, a 15 minutos do fim. A evolução defensiva da seleção é evidente. No ataque, o bom momento de Bia Zaneratto e Debinha, junto com a experiência e o talento de Marta, já são garantia de preocupação para as defesas rivais.
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