- Vou dizer que eu estou um pouquinho com medo, porque eu nunca troquei uma fralda, nunca segurei um bebê recém-nascido. Eu tenho um priminho. Eu só fui pegá-lo no colo depois que tinha um mês, um mês e meio. Só assim - disse Zanetti.
Como todo atleta, o ginasta busca se preparar para o novo desafio. É preciso estar bem treinado para quando Liam chegar, lá para final de agosto, começo de setembro.
- Eu estava até pensando em comprar uma boneca mesmo, comprar umas fraldas e começar a treinar pelo menos para quando o bebê chegar não estar no zero, né!? Já tem uma experiência com uma boneca: onde que coloca, o sentido da fralda, né?
Graças à pandemia do coronavírus, Arthur está acompanhando de perto todos os momentos da gravidez de Jéssica. O adiamento das Olimpíadas para 2021, aliás, ajudou o ginasta a viver por inteiro o momento pré-paternidade. Ele iria ter de voltar às pressas do Japão para acompanhar o nascimento do filho.
- Nesse aspecto até agradeci que as Olimpíadas mudaram de data, porque eu iria perder quase que praticamente os dois últimos meses de gestação da Jéssica. A gente vai sempre antes para as competições, ainda mais no Japão, que a viagem é bem longa, a alimentação bem diferente. Então provavelmente a gente iria bem antes para conseguir se adaptar - contou Zanetti.
Agora, o campeão olímpico já planeja levar Liam ao Japão para acompanhar as Jogos. Não quer desgrudar do filho, e já recebeu o aval para isso.
- Eu até já conversei com a médica. Eu falei: "Então... as Olimpíadas mudaram pra 2021, né!? O Liam vai estar aí com uns sete, oito meses... Você acha que dá pra ele viajar?". Ela disse: "Dá para viajar tranquilo." Então posso dizer que é uma motivação a mais para eu continuar treinando e também, se der tudo certo, levar ele para assistir às Olimpíadas.
Liam Zanetti já seria o encerramento perfeito para mais um ciclo olímpico do papai campeão em Londres e prata na Rio 2016. Arthur busca ser o primeiro ginasta da história a conquistar três medalhas nas argolas em Olimpíadas.