Coletivo de mulheres negras lança galeria virtual
As três artistas atuam com múltiplas linguagens visuais e, ao longo das suas trajetórias, discutem questões como memória, ancestralidade e o tempo na perspectiva de corpos negros. No mesmo dia, às 20h, acontece um bate-papo entre os artistas no aplicativo Zoom. As inscrições gratuitas estão abertas e os interessados devem preencher o formulário disponível no link acervoimediato. denda. com. br.
Segundo Stefane Silva, proponente e diretora artística do projeto, o projeto começou há dois meses com uma iniciativa paralela nas redes sociais. Na ocasião, foi usada a hashtag #acervoimediato para que outras pessoas pudessem compartilhar as próprias memórias. Integrante da Denda Coletiva, que reúne cinco mulheres negras produtoras culturais, Stefane afirmou que a ação é a primeira grande executada por elas.
Por isso, ter o projeto contemplado fez com que o coletivo conseguisse estruturar uma ação cultural que pudesse envolver uma equipe mais robusta, basicamente formada por mulheres negras. “O prêmio veio para dar um gás, para que pudesse produzir e estar em movimento. Isso foi importante no cenário que estamos vivendo por causa da Covid”, disse.
A partir de um processo imersivo, elas trouxeram à tona a questão de “Como construir a memória do presente?”. A pergunta, levantada pela Denda Coletiva, encara o sistema de invisibilidade da história e trajetória de pessoas negras no Brasil, como uma brecha para que as artes visuais possam provocar novos processos de reconstrução de imaginários e perspectivas de futuro e, dessa vez, partindo do olhar e sensibilidade de artistas negras.
Autor: ,postado em 22/04/2021
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